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Zigoto e embrião: qual é a relação?

por Dr. Augusto Bussab



"Mulheres que estão tentando engravidar, muitas vezes ficam confusas com a diversidade de elementos envolvidos no processo reprodutivo, o que é bastante natural, devido à sua complexidade. A relação entre zigoto e embrião, por exemplo, é uma dúvida frequente, uma vez que ambos estão associados […]"
Zigoto e embrião: qual é a relação?

Mulheres que estão tentando engravidar, muitas vezes ficam confusas com a diversidade de elementos envolvidos no processo reprodutivo, o que é bastante natural, devido à sua complexidade.

A relação entre zigoto e embrião, por exemplo, é uma dúvida frequente, uma vez que ambos estão associados à fecundação, etapa da gravidez em o espermatozoide penetra o óvulo, cujo sucesso é fundamental para que uma nova vida seja gerada.

Para saber sobre essa relação e conhecer as principais etapas inicias da gravidez, os elementos envolvidos e o papel de cada um, continue a leitura do texto até o final. Confira!

O que é zigoto e como ele se forma?

Os principais órgãos do sistema reprodutor feminino são os ovários, tubas uterinas e útero. Cada um exerce uma função essencial ao processo gestacional.

A cada ciclo menstrual, evento cíclico coordenado por diferentes hormônios que ocorre durante a fase fértil das mulheres, vários folículos, que contêm o óvulo imaturo, são recrutados e crescem estimulados pelo FSH (hormônio folículo-estimulante). Entre eles, um se torna dominante destacando-se, desenvolve e amadurece e rompe motivado pelo LH (hormônio luteinizante).

Ao se romper o folículo libera o óvulo, também maduro, na ovulação, capturado pelas tubas uterinas, órgãos que fazem a ligação entre os ovários e o útero em que a fecundação acontece, e aguarda por 24 horas o encontro com o espermatozoide.

Quando ocorre a ejaculação, milhões de espermatozoides são lançados no colo do útero, e viajam pela extremidade uterina das tubas durante um período que pode variar entre 2 e 7 horas. No trajeto, os menos capacitados são naturalmente eliminados e apenas um alcança o óvulo para fecundá-lo.

Para penetrar o óvulo, o espermatozoide deve romper a zona pelúcida, camada de glicoproteínas que o protege. Após penetrá-lo, ocorre a fusão dos pronúcleos dos dois gametas, com o material genético dos pais, originando a primeira célula do futuro bebê, conhecida como célula-ovo ou zigoto. Ou seja, zigoto é a célula primordial responsável por formar todo o organismo humano.

O que é embrião?

Embrião é o termo científico utilizado para definir o estágio inicial de desenvolvimento do futuro bebê, cuja primeira célula, portanto, é o zigoto, que ainda nas tubas uterinas sofre sucessivas divisões celulares enquanto é transportado ao útero, formando os grupos celulares que vão ser responsáveis pela constituição dos sistemas do corpo humano.

O embrião chega ao útero no quinto dia de desenvolvimento, fase chamada de blastocisto em que já possui as células formadas e divididas por função. O grupo celular externo é responsável por formar a placenta e os anexos embrionários, enquanto o interno, embrioblasto, vai formar o embrião propriamente dito.

Já no útero, o embrião deve se implantar no endométrio, etapa que marca o início da gestação. Para que isso aconteça dois fatores são essenciais, a saúde do embrião e o preparo adequado do endométrio.

O preparo do endométrio inicia na primeira fase do ciclo menstrual, quando o folículo dominante passa a secretar estrogênio enquanto se desenvolve, hormônio que torna esse tecido mais espesso e vascularizado, o que vai permitir a troca de nutrientes pelo sangue materno. Na última fase, o folículo rompido se transforma em corpo lúteo, estrutura que secreta progesterona, hormônio que finaliza o preparo, estratificando esse processo.

Embriões de má qualidade, por outro lado, não conseguem interagir com o endométrio e se implantar, o que pode ser consequência da qualidade inadequada dos gametas ou de erros no processo de divisão celular, levando a falhas e abortamento.

Óvulos e espermatozoides naturalmente perdem em qualidade com o envelhecimento, porém, isso pode ser provocado por diversas condições, como os processos inflamatórios nos órgãos reprodutores, que geralmente são resultado de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), doenças femininas como a endometriose e SOP (síndrome dos ovários policísticos), e masculinas como a varicocele.

Essas condições podem comprometer, ainda, o processo de desenvolvimento e amadurecimento folicular, impedindo a liberação do óvulo e, dessa forma, a fecundação e formação do zigoto; bem como interferir no preparo adequado endométrio, o que causa igualmente falhas na implantação e abortamento.

Zigoto e embrião na reprodução assistida

Reprodução assistida é a área da medicina que reúne um conjunto de técnicas e procedimento para auxiliar a gestação. Hoje, as três principais disponíveis são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).

RSP e IA são consideradas de baixa complexidade por preverem a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. Assim, a formação do zigoto, os estágios iniciais de desenvolvimento embrionário e a implantação do embrião, acontecem como na gestação espontânea.

Na FIV, por outro lado, a formação do zigoto e o desenvolvimento inicial do embrião acontecem de forma controlada; a fecundação é realizada em laboratório, os embriões formados são posteriormente acomodados em incubadoras, em meios de cultura que simulam o ambiente natural, desenvolvendo-se até o blastocisto, quando são transferidos ao útero para se implantar naturalmente.

A fecundação para a formação do zigoto, o desenvolvimento adequado do embrião e a implantação embrionária são, portanto, etapas essenciais para o sucesso gestacional, na gestação espontânea e na reprodução assistida. Após se implantar, o embrião continua o processo de desenvolvimento até ser reconhecido como feto, o que acontece da 8ª semana ao nascimento.

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