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Torção testicular: sintomas

por Dr. Augusto Bussab



"Entre os órgãos que compõem o organismo humano estão os reprodutores, cuja função é a produzir as células sexuais de mulheres e homens, óvulos e espermatozoides, e os principais hormônios responsáveis femininos e masculinos, que atuam no desenvolvimento de características sexuais secundárias e no processo […]"
Torção testicular: sintomas

Entre os órgãos que compõem o organismo humano estão os reprodutores, cuja função é a produzir as células sexuais de mulheres e homens, óvulos e espermatozoides, e os principais hormônios responsáveis femininos e masculinos, que atuam no desenvolvimento de características sexuais secundárias e no processo reprodutivo.

Os órgãos reprodutores masculinos são os testículos, epidídimos, ductos deferentes, ductos ejaculatórios, uretra, vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais, localizados internamente, pênis e bolsa testicular, externamente.

A produção de espermatozoides, espermatogênese, acontece nos testículos, as gônadas ou glândulas sexuais, em estruturas denominadas túbulos seminíferos, que têm um formato enovelado e ficam localizadas nos lóbulos testiculares.

Os testículos são formados durante o desenvolvimento intrauterino, fixados na parte superior pelo cordão espermático, que fornece sangue para a região e inferiormente pela bolsa testicular, que os armazena, protege e mantêm na temperatura ideal para espermatogênese, abaixo da corporal.

A torção testicular, apesar de ser uma condição rara é uma emergência médica, pode causar infertilidade masculina e a perda do testículo afetado. A identificação dos possíveis sintomas é um recurso importante para procurar auxílio com urgência. Acompanhe o texto até o final e saiba mais! Confira!

Entenda melhor o que é torção testicular

A torção testicular ocorre quando o cordão espermático se torce e interrompe o fluxo sanguíneo para o testículo, resultando em dor intensa; o testículo gira em torno de seu próprio eixo, sobre o cordão espermático.

Geralmente, afeta o esquerdo, embora possa ser bilateral e acontece mesmo durante o sono, quando o corpo está em repouso. As causas podem ser congênitas, genéticas ou provocadas:

  • congênita: durante o desenvolvimento intrauterino a fixação dos testículos pode não ocorrer corretamente. Dessa forma, eles podem ser movimentar livremente na bolsa testicular, o que é conhecido como deformidade de badalo, aumentando as chances de torção testicular;
  • genética: segundo estudos, filhos de pais com a deformidade de badalo podem não ter seus testículos corretamente fixados e, consequentemente são mais propensos à torção;
  • traumas testiculares: traumas nos testículos, são considerados igualmente um risco;
  • prática excessiva de atividades físicas: entre as atividades físicas o ciclismo é o mais associado ao problema, embora outras que possam causar impactos na região, como a ginástica olímpica, possam levar a traumas testiculares aumentando, assim, o risco de torção.

A torção testicular é mais comum em homens com menos de 25 anos, principalmente na adolescência, os 12 anos e 18 anos. Porém, os mais velhos, crianças e até mesmo bebês podem ter seus testículos torcidos.

Quais são os principais sintomas da torção testicular?

A dor súbita e intensa é o principal sinal de alerta para a torção testicular, embora outros sintomas também possam surgir como consequência do problema, principalmente quando o tratamento não é imediato, incluindo:

  • assimetria testicular consequente do encolhimento do testículo afetado;
  • inchaço do testículo afetado;
  • alterações na cor da bolsa testicular, como vermelhidão ou escurecimento;
  • dor abdominal;
  • micção frequente;
  • náuseas e vômito;
  • febre.

No entanto, independentemente de qualquer outro sintoma, dor ou desconforto repentinos indicam a necessidade procurar auxílio médico com urgência para evitar danos testiculares irreversíveis.

Quais são os riscos da torção testicular?

A confirmação da torção é feita pelo exame físico e por ultrassonografia testicular, que permite determinar se há ou não fluxo sanguíneo na região. O tratamento envolve a rotação manual dos testículos com correção por cirurgia.

Se não for tratada imediatamente, a torção testicular pode levar à morte do tecido testicular (necrose), infertilidade e perda do testículo afetado. As chances de salvá-lo são mais altas quando o tratamento é realizado nas seis horas seguintes, até 98%, reduzem para metade após 12h e são quase nulas depois de 24h.

Vários estudos sugerem diminuição do potencial de fertilidade em pacientes com histórico de torção testicular. A infertilidade pode ser consequência mesmo quando o tratamento é feito no tempo certo, pois a falta de circulação sanguínea impede a oxigenação dos tecidos testiculares interferindo na espermatogênese, resultado em quadros de oligozoospermia, baixa concentração de espermatozoides no sêmen e azoospermia, ausência total, uma das causas mais comuns.

Homens que pretendem ser pai biológicos, entretanto, podem contar com auxílio da reprodução assistida.

Reprodução assistida

A técnica indicada para infertilidade masculina por fatores mais graves, incluindo a torção testicular é a fertilização in vitro com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), que prevê a fecundação em laboratório após a coleta e seleção dos melhores espermatozoides e o desenvolvimento inicial dos embriões formados, posteriormente transferidos ao útero materno.

Durante a fecundação, cada espermatozoide é injetado diretamente no citoplasma do, o que aumenta as chances de sucesso quando o quadro é de oligozoospermia. Se for de azoospermia os espermatozoides podem ser coletados diretamente dos testículos ou dos epidídimos, ductos que os armazena após serem produzidos, selecionados e usados na fecundação.

As chances de sucesso gestacional proporcionadas pela FIV são bastante altas, com milhares registros anuais de bebês saudáveis no mundo todo.

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