Muitas mulheres que estão tentando engravidar podem encontrar dificuldades no caminho. Para que a gravidez seja bem-sucedida o sistema reprodutor deve funcionar corretamente, com todos os órgão desempenhando sua função sem nenhum tipo de interferência.
Porém, algumas doenças e condições podem afetar o funcionamento adequado desses órgãos, resultando, dessa forma, em infertilidade.
Apesar de causar frustação e muitas vezes levar ao desenvolvimento de transtornos emocionais, como ansiedade ou depressão, a infertilidade atualmente tem solução na maioria dos casos. As técnicas de reprodução assistida são consideradas o tratamento padrão, indicadas para diferentes fatores de infertilidade feminina ou masculina, de acordo com a gravidade do problema.
Continue a leitura até o final para entender mais sobre a infertilidade e conhecer detalhadamente o funcionamento da reprodução assistida para as tentantes.
Infertilidade conjugal
Embora historicamente os problemas de infertilidade fossem atribuÃdos apenas à s mulheres, sabe-se hoje que os fatores masculinos podem contribuir em igual proporção. Ou seja, a dificuldade de engravidar do casal pode ser consequência do funcionamento inadequado dos órgãos reprodutores da mulher ou do homem, por isso, ambos devem ser avaliados.
Distúrbios de ovulação, obstruções nas tubas uterinas, alterações na receptividade endometrial e malformações uterinas estão entre os fatores de infertilidade feminina. Podem ser causados por doenças comuns durante a fase reprodutiva, como a sÃndrome dos ovários policÃsticos (SOP), endometriose, miomas uterinos e pólipos endometriais.
Alterações no sistema reprodutor masculino, por outro lado, geralmente resultam de obstruções que impedem ou dificultam o transporte dos espermatozoides para encontrar o óvulo ou de interferências na produção dos gametas masculinos, espermatogênese. Varicocele, doença em que ocorre a formação de varizes testiculares, processos inflamatórios nos órgãos reprodutores e distúrbios hormonais, por exemplo, são as principais causas.
O casal é considerado infértil após 12 meses de tentativas malsucedidas para engravidar sem o uso de nenhum método contraceptivo. O intervalo para mulheres acima de 36 anos é menor, de seis meses, uma vez que a reserva ovariana naturalmente diminui com o envelhecimento. A infertilidade feminina também é caracterizada quando há ocorrência de abortamento repetidos por mais do que dois meses consecutivos.
A reprodução assistida para tentantes é indicada após a investigação da saúde reprodutiva do casal, o que é feito por diferentes exames laboratoriais e de imagem. Geralmente, o primeiro solicitado à s mulheres é a avaliação da reserva ovariana, que permite definir a quantidade de folÃculos com capacidade para ovular no momento.
Já para o homens, inicialmente é solicitado o espermograma, exame que analisa as condições do sêmen e dos espermatozoides presentes nas amostras, indicado problemas como a baixa concentração ou ausência dos gametas no sêmen, condição chamada azoospermia, considerada a causa mais comum de infertilidade masculina, assim como aponta possÃveis alterações na morfologia e motilidade dos gametas masculinos.
Os resultados diagnósticos possibilitam a indicação da técnica de reprodução assistida para tentantes mais adequada em cada caso.
Reprodução assistida para tentantes
Hoje, as três principais técnicas de reprodução assistida para tentantes são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). A RSP e a IA são classificadas como de baixa complexidade, pois a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, enquanto na FIV, classificada como de alta complexidade, é realizada em laboratório.
Saiba abaixo como cada uma delas funciona e em quais situações são normalmente indicadas:
Relação sexual programada (RSP)
A RSP é a mais simples das técnicas de reprodução assistida para tentantes, por isso, é mais adequada para o tratamento de fatores de infertilidade feminina menos graves, como distúrbios ovulatórios leves. Para utilizá-la, a mulher deve ter até 35 anos, idade em que os nÃveis da reserva ovariana ainda estão mais altos e as tubas uterinas permeáveis, uma vez que elas sediam a fecundação natural.
O tratamento prevê a estimulação ovariana, procedimento realizado com medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folÃculos, e a programação do melhor perÃodo para intensificar a relação sexual, definido por exames de ultrassonografia transvaginal periódicos, que acompanham o desenvolvimento folicular.
Assim, os espermatozoides do parceiro devem obrigatoriamente estar dentro dos padrões de normalidade, critério apontado pelo espermograma.
Inseminação artificial (IA)
A IA também é indicada para casos menos graves de infertilidade, feminina ou masculina. Possibilita, por exemplo, o tratamento de distúrbios de ovulação leve e quando há problemas no muco cervical, se houver pequenas alterações na estrutura dos espermatozoides ou dificuldades de ejaculação.
Além da estimulação ovariana, as amostras de sêmen do parceiro são submetidas ao preparo seminal, técnica que capacita os espermatozoides por diferentes métodos proporcionando a seleção dos mais saudáveis.
Os melhores espermatozoides são, então, inseridos em um cateter e depositados no útero da parceira durante o perÃodo fértil apontado pelos exames de ultrassonografia transvaginal. A mulher deve estar enquadrada nos mesmos critérios de idade e permeabilidade tubária para utilizar a técnica.
Fertilização in vitro (FIV)
Na FIV, logo após a estimulação ovariana os folÃculos maduros são coletados por punção folicular e os óvulos extraÃdos e selecionados em laboratório. As amostras de sêmen do parceiro passam da mesma forma pelo preparo seminal para a seleção dos melhores espermatozoides.
Porém, em homens com azoospermia, quando eles não estão presentes no sêmen, podem ser coletados diretamente dos epidÃdimos, ductos que os armazenam após serem produzidos, ou dos testÃculos, local em que a produção ocorre nos túbulos seminÃferos.
A fecundação normalmente é realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), técnica em que cada um é injetado diretamente no citoplasma do óvulo. Os embriões que resultam desse processo se desenvolvem por alguns dias e são posteriormente transferidos ao útero para que a implantação aconteça naturalmente.
Implantação do embrião é o evento que marca o inÃcio da gestação, quando eles se fixam no endométrio, camada que reveste internamente o útero.
Ainda que as técnicas de reprodução assistida para tentantes tenham diferentes graus de complexidade, quando são corretamente indicadas todas aumentam as chances de sucesso gestacional.
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