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Reprodução assistida e gestação gemelar: qual a relação?

por Dr. Augusto Bussab



"Dentre as alternativas para viabilizar a gravidez se destacam as técnicas de reprodução assistida. Sejam de alta complexidade, sejam de baixa, as técnicas de reprodução assistida têm ajudado muitas pessoas todos os anos a realizar esse sonho. No entanto, antes de recorrer à reprodução assistida […]"
Reprodução assistida e gestação gemelar: qual a relação?

Dentre as alternativas para viabilizar a gravidez se destacam as técnicas de reprodução assistida. Sejam de alta complexidade, sejam de baixa, as técnicas de reprodução assistida têm ajudado muitas pessoas todos os anos a realizar esse sonho.

No entanto, antes de recorrer à reprodução assistida para engravidar, é importante saber em detalhes a relação entre reprodução assistida e gestação múltipla, também chamada de gemelar. De forma geral, os tratamentos de fertilidade estão associados ao aumento das chances desse tipo de gravidez.

Apesar de alguns casais se interessarem pela reprodução assistida justamente pela possibilidade de ter gêmeos, deve-se saber que esse tipo de gravidez oferece riscos para a paciente e para o bebê. Isso inclui o de parto prematuro, o que traz mais vulnerabilidade para o recém-nascido, e muitos precisam de cuidados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

Além disso, mulheres grávidas têm mais chances de desenvolver hipertensão arterial durante a gravidez. Outras complicações que podem ocorrer envolvem o descolamento precoce da placenta, maior probabilidade de desenvolvimento de diabetes gestacional e anemia para a paciente e de problemas congênitos para os bebês, como espinha bífida e outros defeitos do tubo neural, além de problemas do trato digestivo e do coração.

Por isso, a relação entre reprodução assistida e gestação múltipla demanda muita atenção. Para saber mais sobre o tema, continue a leitura.

Por que a gestação gemelar pode acontecer?

A gravidez múltipla ocorre quando mais de um embrião se implanta no endométrio, camada de revestimento interno do útero. Isso pode acontecer se a mulher liberar mais de um óvulo durante o ciclo menstrual e cada um for fertilizado por um espermatozoide. Às vezes, pode acontecer também quando um óvulo fertilizado se divide espontaneamente em dois, resultando em embriões idênticos.

Diferentes fatores podem estar associados a uma gravidez múltipla. Por exemplo:

  • hereditariedade: uma história familiar de gravidez múltipla aumenta as chances de as descendentes terem gêmeos;
  • idade: conforme a idade da paciente aumenta, eleva-se, também, a possibilidade de uma gestação gemelar;
  • alta paridade: ter uma ou mais gestações anteriores, especialmente uma gravidez múltipla, aumenta as chances de ter gêmeos.

Há, ainda, o fator reprodução assistida e gestação múltipla. Tanto as técnicas de alta complexidade, como a fertilização in vitro (FIV), quanto de baixa complexidade, como o coito programado, podem elevar as chances da gestação gemelar de diferentes formas.

Quais são os tipos de gravidez múltipla?

Entre os tipos principais de gravidez gemelar mais comuns estão:

Gravidez múltipla com gêmeos bivitelinos

Também chamados de gêmeos fraternos, ocorre quando, em vez de liberar apenas um óvulo no mês, a mulher libera dois, e eles são fecundados por dois gametas masculinos distintos. Nesse caso, ainda que gêmeas, as crianças serão bastante diferentes.

Gravidez múltipla com gêmeos univitelinos

Os gêmeos univitelinos são formados quando um único embrião se divide em dois. Cada um deles é geneticamente idêntico ao outro, então os bebês compartilham o mesmo DNA.

Dessa forma, os gêmeos têm o mesmo sexo e carga genética, sendo bastante semelhantes. Por isso, são chamados, muitas vezes, de gêmeos idênticos.

Reprodução assistida e gestação múltipla: qual é a relação?

Como foi visto, diferentes fatores podem levar a um aumento nas chances de gravidez gemelar, sendo as técnicas de reprodução assistida um desses fatores.

As três principais técnicas, fertilização in vitro (FIV), coito programado e inseminação artificial (IA), têm em comum a estimulação ovariana, primeira etapa em que são administrados hormonais para estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, aumentando as chances de fecundação.

Embora sejam utilizadas dosagens de acordo a reserva ovariana de cada paciente, avaliada por exames, e com a técnica utilizada, menores nas de baixa complexidade, por exemplo, algumas vezes a gestação gemelar pode ocorrer.

No coito programado e na IA, que são técnicas de baixa complexidade, por meio das quais a fecundação acontece espontaneamente, nas tubas uterinas, não em laboratório, é feita uma estimulação ovariana mais leve, para obter de 1 a 3 óvulos maduros, de acordo com cada caso.

Isso pode elevar as chances da gravidez gemelar em caso de fertilização de mais de um óvulo. Por esse motivo, é vital contar com as orientações e o acompanhamento de um especialista durante toda a jornada. A gestação gemelar deve ser evitada sempre.

Ele irá conduzir o processo de modo a evitar o alto risco desse tipo de gestação, tendo atenção ao total de folículos em desenvolvimento e orientando o cancelamento de ciclo quando mais de três estiverem em crescimento.

Por sua vez, na FIV, a relação entre reprodução assistida e gestação múltipla acontece de outra forma. Nesse caso, a elevação do risco de gêmeos ocorre em virtude do total de embriões transferidos para o útero da paciente.

Por esse motivo, a definição dessa quantidade deve ser cuidadosa, sendo discutida e alinhada entre médico e casal tentante e, ainda, estar em acordo com o limite determinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para mais informações sobre a FIV, toque aqui!


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