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Principais sinais de infertilidade feminina

por Dr. Augusto Bussab



"A infertilidade feminina é uma condição relativamente comum atualmente. Por isso, o conhecimento dos sinais que indicam as doenças que causam danos à função reprodutiva das mulheres pode ser decisivo na realização do planejamento familiar de muitos casais. Este texto aborda a infertilidade feminina, destacando […]"
Principais sinais de infertilidade feminina

A infertilidade feminina é uma condição relativamente comum atualmente. Por isso, o conhecimento dos sinais que indicam as doenças que causam danos à função reprodutiva das mulheres pode ser decisivo na realização do planejamento familiar de muitos casais.

Este texto aborda a infertilidade feminina, destacando os sinais que alertam para o problema. Aproveite a leitura!

O que pode provocar infertilidade feminina?

A infertilidade feminina pode ser provocada por alterações na dinâmica hormonal do ciclo reprodutivo, ou na morfologia dos órgãos e estruturas envolvidas na ovulação, fecundação e na gestação como um todo, sejam elas de origem genética ou adquirida.

Entre as principais doenças adquiridas, que podem prejudicar a função reprodutiva das mulheres, estão as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), especialmente a clamídia.

Estas doenças podem, inclusive, afetar a fertilidade de forma permanente, já que nos locais parasitados pelos microrganismos podem restar cicatrizes, em forma de aderências, que prejudicam a função.

As doenças estrogênio-dependentes, como miomas uterinos, pólipos endometriais, adenomiose e endometriose, em que a ação desse hormônio estimula o crescimento e desenvolvimento de massas tumorais benignas, são algumas das principais causas de infertilidade feminina.

De forma geral, a composição celular dessas massas tumorais varia de doença para doença: enquanto na endometriose observa-se o aparecimento de endométrio ectópico, ou seja, fora de seu local de origem, nos miomas os tumores benignos são compostos por células fibrosas e os pólipos se desenvolvem a partir da proliferação inadequada do endométrio, porém com mais receptores para estrogênio, do que para progesterona.

Os locais onde essas massas celulares se desenvolvem também variam de doença para doença. Os miomas podem se manifestar em qualquer uma das camadas que compõem a parede uterina e os pólipos sempre se projetam a partir da lâmina basal do endométrio, em direção à cavidade uterina.

Durante algum tempo a endometriose e adenomiose foram consideradas variantes da mesma doença. Contudo, atualmente sabe-se que se trata de duas condições distintas.

Na endometriose, o endométrio ectópico instala-se nas mais diversas estruturas da cavidade pélvica, como bexiga, intestinos, peritônio, útero, ovários e tubas uterinas, enquanto na adenomiose, o endométrio invade a zona juncional e atinge o miométrio, disparando processos inflamatórios locais, que prejudicam a função uterina.

Embora exista uma ação descontrolada dos estrogênios, nesses casos, a doença mais relacionada aos desequilíbrios da dinâmica hormonal por excelência é a SOP (síndrome dos ovários policísticos).

Na SOP, segundo algumas teorias, alterações no padrão pulsátil da secreção de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) provocam uma diminuição na concentração de FSH (hormônio folículo-estimulante) e um simultâneo aumento na concentração de LH (hormônio luteinizante), o que resulta no hiperestímulo da secreção de testosterona e diminuição na concentração de estrogênios.

O mecanismo por trás de cada uma dessas comorbidades está diretamente relacionado aos sinais e sintomas produzidos por elas, cujo conhecimento pode ser de extremo valor para as mulheres que estão tentando engravidar.

Como identificar a infertilidade feminina?

Embora cada doença por trás da infertilidade feminina se manifeste de forma específica, com sinais e sintomas próprios, é comum que a mulher seja assintomática e somente perceba que pode haver algum problema quando dá início às tentativas para engravidar.

De forma geral, a infertilidade conjugal é um diagnóstico do casal assintomático, que passa mais de 12 meses tentando engravidar e não consegue.

Os exames ginecológicos de rotina, também podem ser uma porta para a descoberta de doenças assintomáticas, por isso a importância de manter a regularidade na execução desses exames e consultas.

Em muitos outros casos, porém, a mulher pode identificar alguns sinais e sintomas relacionados às diversas doenças que provocam infertilidade, descritas no tópico anterior.

Entre os principais sintomas encontrados nas enfermidades envolvidas na infertilidade, destacamos os seguintes:

  • Alterações no volume do fluxo menstrual;
  • Alterações na intensidade do fluxo menstrual;
  • Dismenorreia (menstruação dolorosa);
  • Amenorreia (ausência de menstruação);
  • Oligomenorreia (poucos ciclos menstruais no período de 1 ano);
  • Dor pélvica;
  • Alterações urinárias;
  • Disúria (micção dolorosa);
  • Alterações intestinais;
  • Hiperandrogenismo;
  • Lactação fora do puerpério.

Na presença de qualquer um desses sinais, é importante que a mulher busque atendimento médico imediato e dê início ao processo de investigação da origem dos sintomas e as causas da infertilidade feminina.

Diagnóstico da infertilidade feminina

O diagnóstico da infertilidade feminina e das doenças que podem estar envolvidas nesse quadro pode ser feito no exame clínico, realizado normalmente na primeira consulta, além de exames de imagem e laboratoriais.

Entre os principais exames de imagem comumente solicitados estão a ultrassonografia pélvica, transvaginal e suprapúbica, ressonância magnética, histerossonografia e histeroscopia diagnóstica.

Exames de dosagem hormonal, dosagem do hormônio antimülleriano, Papanicolaou e exames de urina em geral, são exemplos dos laboratoriais mais comuns nos processos investigativos da ginecologia e medicina reprodutiva.

Tratamentos para infertilidade feminina

Os tratamentos para infertilidade devem ser prescritos de forma individualizada, considerando as doenças e condições envolvidas no diagnóstico.

Em alguns casos, é possível controlar os sintomas com auxílio de tratamento medicamentoso, como é o caso das mulheres com SOP e doenças estrogênio-dependentes, que não desejam ter filhos.

A ressecção de massas celulares pode ser indicada para alguns casos de endometriose, miomas uterinos e pólipos endometriais, em procedimentos normalmente realizados por histeroscopia cirúrgica e videolaparoscopia.

As mulheres que desejam engravidar e não encontram a reversão do quadro de infertilidade, mesmo após os tratamentos descritos, podem receber indicação para reprodução assistida.

Reprodução assistida

A medicina reprodutiva conta hoje com três técnicas de reprodução assistida principais: a FIV (fertilização in vitro), a RSP (relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial), que podem ser indicadas para diferentes casos de infertilidade feminina.

Os casos leves de infertilidade feminina por fator ovariano – SOP e endometriose ovariana – podem ser atendidos pelas técnicas de baixa complexidade RSP e IA.

Já os mais severos, além de outras demandas reprodutivas, costumam receber indicação para FIV.

Leia mais sobre infertilidade feminina tocando neste link.


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