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Oligovulação: o que é e quando ocorre?

por Dr. Augusto Bussab



"A Organização Mundial da Saúde define infertilidade como a dificuldade de conseguir uma gestação – ou de levá-la até o final – mesmo após um casal, em idade reprodutiva, permanecer tentando durante aproximadamente 12 meses, sem fazer uso de qualquer tipo de contraceptivo. Entre as […]"
Oligovulação: o que é e quando ocorre?

A Organização Mundial da Saúde define infertilidade como a dificuldade de conseguir uma gestação – ou de levá-la até o final – mesmo após um casal, em idade reprodutiva, permanecer tentando durante aproximadamente 12 meses, sem fazer uso de qualquer tipo de contraceptivo.

Entre as principais causas da infertilidade feminina, destacamos:

Algumas provocam infertilidade por afetar os processos ovulatórios. Quando a enfermidade impede a ovulação, chamamos anovulação ou ausência de ovulação.

Contudo, muitas vezes as alterações apenas diminuem a quantidade de ciclos reprodutivos ovulatórios, condição conhecida como oligovulação, termo que significa “pouca ovulação”.

Acompanhe na leitura do texto a seguir e compreenda melhor o que é a oligovulação e quando essa condição afeta a fertilidade das mulheres.

O que é ovulação?

A ovulação é um termo que se refere ao momento de ruptura do folículo ovariano para liberação do óvulo contido em seu interior, incentivado por um pico na concentração dos hormônios hipofisários LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo-estimulante), e do estrogênio, produzido nos ovários, como resultado da ação das gonadotrofinas mencionadas.

A ovulação determina também o que chamamos de período fértil, quando a mulher apresenta as maiores chances de engravidar durante todo o ciclo reprodutivo.

Como cada mulher possui especificidades, ainda que pequenas, em seus processos ovulatórios, considera-se o período fértil não somente o momento da ovulação, mas também os dois dias que antecedem o evento e os dois posteriores a ele, em média.

A ovulação é uma das fases do ciclo menstrual da mulher, chamada ovulatória. Na seguinte, fase lútea, o folículo rompido se transforma em corpo lúteo, estrutura responsável pela secreção de progesterona.

Durante o ciclo menstrual, também ocorrem alterações no útero: o endométrio, camada que o reveste internamente, se torna mais espesso pela ação dos estrogênios e completamente preparado para receber um possível embrião pela ação da progesterona.

Ao final de um ciclo menstrual em que não houve fecundação, a diminuição gradual nas concentrações de estrogênio e progesterona levam à descamação do endométrio, que é expelido em forma de sangue menstrual, marcando o início de um novo ciclo.

O que é oligovulação?

Qualquer alteração na dinâmica do ciclo menstrual pode afetar os processos ovulatórios em maior ou menor intensidade.

Os quadros de oligovulação e anovulação, por exemplo, geralmente são frequentes em mulheres com infertilidade, mas que não demonstram qualquer outra alteração anatômica ou funcional nas demais estruturas do sistema reprodutivo.

Enquanto anovulação é a ausência completa da ovulação durante os ciclos, o quadro de oligovulação é mais sutil: a mulher não deixa de ovular, porém apresenta uma média de ovulações bastante baixa, inferior a nove ciclos ovulatórios anuais.

Isso significa que, enquanto a mulher com anovulação não consegue uma gestação por vias naturais, aquela que apresenta oligovulação pode engravidar naturalmente, mas apresenta grandes dificuldades, já que seus ciclos reprodutivos férteis acontecem, porém são escassos.

Quando a mulher pode apresentar oligovulação?

A ovulação pode sofrer prejuízos em função de doenças que provocam alterações hormonais – como é o caso da SOP – ou a formação de cistos ovarianos – como acontece na endometriose ovariana.

O que é a SOP (síndrome dos ovários policísticos)?

A SOP é uma doença de origem multifatorial, em que alterações na secreção de gonadotrofinas provocam um aumento anormal na concentração de testosterona, simultaneamente a uma diminuição na de estrogênio.

Enquanto o rebaixamento de estrogênio é um dos principais fatores envolvidos nas alterações ovulatórias provocadas pela SOP, o aumento na testosterona está relacionado principalmente aos sintomas de hiperandrogenismo, também comuns na doença.

Dependendo da gravidade da SOP, as alterações podem ser maiores e a mulher apresentar anovulação, ou podem ser mais leves, prejudicando o processo ovulatório sem interrompê-lo completamente.

A oligovulação tem tratamento?

Os tratamentos para regular a ovulação são realizados a partir de medicamentos hormonais, principalmente contraceptivos orais combinados de estrogênio e progesterona.

Contudo, os distúrbios ovulatórios, principalmente aqueles provocados pela SOP, são considerados doenças crônicas, ou seja, a medicação hormonal pode controlar as alterações do ciclo reprodutivo, porém não reverte a infertilidade.

Além disso, o tratamento com contraceptivos não é indicado para mulheres que desejam engravidar, pois esse tipo de abordagem resulta na ausência de ovulação, ainda que exerça a função de regulação da dinâmica hormonal.

Dessa forma, os principais tratamentos indicados para as mulheres com oligovulação que desejam engravidar são as diversas técnicas de reprodução assistida.

Oligovulação e reprodução assistida

A reprodução assistida pode ajudar mulheres com oligovulação por suas três principais técnicas: a FIV (fertilização in vitro), a RSP (relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial).

O que todas essas técnicas têm em comum, e traz enormes benefícios para a mulher com infertilidade por oligovulação, é etapa inicial de estimulação ovariana. Realizada a partir da administração de medicamentos hormonais com o objetivo de potencializar a ação dos hormônios envolvidos na ovulação, aumentando as chances de o evento ocorrer.

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