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O que é ressonância magnética?

por Dr. Augusto Bussab



"A primeira técnica de diagnóstico por imagem foi desenvolvida no final do século XIX, em 1895. Até a ocasião, as doenças eram investigadas por exames de palpação e por cirurgia aberta, o que resultava muitas vezes em outros problemas para a saúde dos pacientes, como […]"
O que é ressonância magnética?

A primeira técnica de diagnóstico por imagem foi desenvolvida no final do século XIX, em 1895. Até a ocasião, as doenças eram investigadas por exames de palpação e por cirurgia aberta, o que resultava muitas vezes em outros problemas para a saúde dos pacientes, como o risco de infecções.

Porém, com o avanço tecnológico, as técnicas de imagem evoluíram e atualmente permitem diagnosticar praticamente todas as doenças e condições que afetam o organismo humano de forma não invasiva ou minimamente invasiva.

Exemplos das não invasivas incluem a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Já entre as minimamente invasivas se destacam a vídeo-histeroscopia e a videolaparoscopia, que também têm função cirúrgica, permitindo em muitos casos que diagnóstico e tratamento sejam realizados no mesmo procedimento, o que é conhecido na prática médica como see and treat.

Embora todas as técnicas atuais ocupem um lugar de importância na medicina moderna, a ressonância magnética é a única que possibilita examinar de forma contínua e detalhada todos os órgãos e tecidos o corpo humano, alguns, como o coração, em movimento, além de cartilagens, articulações, ligamentos, músculos e tendões, que não podem ser visualizados por outros métodos.

Por essa característica, tornou-se, inclusive, um dos principais recursos para investigação e identificação de diferentes condições que podem interferir na capacidade reprodutiva de mulheres e homens.

Continue a leitura até o final e saiba em detalhes o que é ressonância magnética, como o exame funciona e quais condições associadas à infertilidade o exame pode diagnosticar . Confira!

Saiba mais sobre a ressonância magnética

O desenvolvimento da técnica de ressonância magnética teve como base os fenômenos da ressonância magnética nuclear, capacidade de certos núcleos atômicos de interagir com um campo magnético pela propriedade de spin, associada a partículas elementares tais como elétrons ou prótons.

O estudo é feito por um scanner, em forma de tubo, geralmente com as extremidades abertas, formado por imãs potentes que criam um campo magnético em volta do corpo forçando os prótons a se alinharem a ele, enquanto ondas de radiofrequência são enviadas e recebidas originando imagens em diversos planos, sem que seja necessário mudar os pacientes de posição.

Na maioria dos casos, não é utilizado nenhum preparo especial para a realização da ressonância magnética, porém de acordo com a área estudada pode ser necessária a administração intravenosa de um contraste especial com gadolínio, elemento químico que acelera a velocidade de realinhamento dos prótons ao campo magnético aumentando a qualidade de definição das imagens geradas.

Além disso, qualquer tipo de objeto metálico pode causar interferências, como joias, próteses dentárias, aparelhos auditivos, por exemplo, que devem ser removidos.

Pessoas que sofrem com claustrofobia ou ansiedade podem receber medicamentos para ajudar a relaxar, bem como é comum fones ou tampões de ouvido serem oferecidos aos pacientes para minimizar os altos ruídos emitidos pelo scanner.

Hoje, a ressonância magnética é aplicada na rotina diagnóstica de quase todas as áreas da medicina, como opção primária ou complementar, de acordo com cada caso.

Quais condições associadas à infertilidade a ressonância magnética diagnostica?

Geralmente, o primeiro exame solicitado a mulheres e homens para investigar as possíveis causas de infertilidade é a ultrassonografia. No caso feminino, a versão transvaginal e, no masculino a testicular, que permitem analisar com precisão os órgãos reprodutores identificando possíveis alterações.

No entanto, em alguns casos a ressonância magnética pode ser a escolha inicial, como a avaliação de mulheres com suspeita de endometriose nos estágios iniciais, que tem como característica pequenas lesões planas e rasas, muitas vezes não identificadas pelo exame de ultrassonografia transvaginal.

É ainda quando outros exames apresentam resultados inconclusivos ou de forma complementar aos diagnósticos. Entre as condições femininas que a ressonância magnética pode identificar estão:

  • obstruções nas tubas uterinas;
  • todos os tipos de miomas uterinos;
  • endometriose em estágios iniciais ou avançados;
  • endometriomas, um tipo de cisto característico da endometriose, identificando quantidade e tamanhos;
  • múltiplos cistos característicos da Síndrome dos ovários policísticos;
  • pólipos endometriais.

Também confirma a suspeita de gravidez ectópica, quando o embrião implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero, condição potencialmente perigosa para as mulheres.

Já entre as masculinas estão:

  • lesões testiculares, que podem comprometer a espermatogênese, processo de produção dos espermatozoides;
  • obstruções em ductos como os epidídimos, que impedem o transporte dos gametas masculinos para fecundar o óvulo.

Os resultados apontados pela ressonância magnética e outros exames diagnósticos orientam o tratamento mais adequado para cada paciente, sempre individualizado.

 Infertilidade e reprodução assistida

As técnicas de reprodução assistida são consideradas o tratamento padrão para infertilidade feminina e masculina. Podem ser indicadas após o insucesso de abordagens iniciais ou como primeira escolha, de acordo com cada caso.

Hoje, as três principais disponíveis são a relação sexual programa (RSP) e a inseminação artificial (IA), de baixa complexidade, e, a fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade.

A RSP e IA recebem essa classificação, pois a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, por isso elas devem estar permeáveis, sem nenhum tipo de obstrução. Também são mais adequadas para mulheres com até 37 anos, idade em que os níveis da reserva ovariana ainda estão altos, quantidade de folículos, que contêm o óvulo imaturo.

Na RSP, como o objetivo do tratamento é estimular os ovários por medicamentos hormonais para obter mais óvulos disponíveis para a fecundação e programar o melhor momento para intensificar a relação sexual, os espermatozoides do parceiro também devem estar dentro dos padrões de normalidade.

A IA, por sua vez, permite o tratamento quando há pequenas anormalidades nos gametas masculinos, uma vez que eles são selecionados por métodos de preparo seminal; s amostras de sêmen com os melhores inseridas em um cateter e depositadas no útero da parceira durante o período fértil.

Na FIV, etapas importantes da gravidez são reproduzidas em laboratório, como a fecundação e o desenvolvimento inicial dos embriões formados nesses processo, posteriormente transferidos diretamente ao útero materno.

Assim, a técnica permite o tratamento de praticamente todos os fatores de infertilidade femininos e masculinos, de maior ou menor gravidade, bem como atende a outras necessidades reprodutivas das sociedades contemporânea.

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