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O que é ovodoação e quem pode doar?

por Dr. Augusto Bussab



"Você sabe que, por meio da ovodoação, é possível ajudar mulheres inférteis a ter filhos? Entenda como o procedimento pode recuperar a capacidade reprodutiva em quem sofre com disfunções ovulatórias e outras condições de saúde. Acesse o link e leia no blog."
O que é ovodoação e quem pode doar?

A infertilidade feminina é um problema que acontece no mundo todo por diversos motivos, principalmente, condições relacionadas à capacidade de ovulação da mulher e a qualidade de sua reserva ovariana. Naturalmente, com a aproximação da menopausa, a dificuldade de conceber é reduzida, portanto, nesse sentido, a ovodoação é um procedimento muito importante para pacientes que desejam engravidar.

Após os 35 anos e, principalmente, depois dos 40, a mulher começa a apresentar redução significativa em sua reserva ovariana, por isso, pode não ter mais óvulos em quantidade ou qualidade suficiente para a fecundação e a gravidez natural. Assim, busca na reprodução assistida a solução para a realização do sonho da maternidade.

Quando tem problemas ovulatórios e quer sentir todas as sensações da gestação, pode encontrar na doação de óvulos a resposta e, para isso, precisa da ajuda de outra mulher que, com esse grande ato de amor e solidariedade, está disposto a ajudar na formação de uma família.

Este texto esclarece quem pode contribuir para a ovodoação e a quem o procedimento pode beneficiar, além de explicar como a doação acontece. Se você quer contribuir com o sonho de outra mulher ou se tem disfunções ovulatórias e deseja ter um filho por meio da técnica, acompanhe o artigo e descubra mais sobre o assunto.

O que é ovodoação?

A ovodoação é uma técnica complementar à FIV (fertilização in vitro) que consiste na doação de óvulos de uma mulher fértil e saudável, geralmente mais jovem, para uma paciente em tratamento contra infertilidade devido a, principalmente, disfunções ovulatórias.

O procedimento pode acontecer em formato voluntário, quando a doadora realiza o ato apenas pelo altruísmo, ou compartilhado, quando ela também está em um ciclo de FIV.

Em casos como esse, a ovodoadora deve estar em tratamento devido a um fator masculino, como quando seu marido é portador de azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen) ou tem baixa qualidade de gametas, fatores tubários ou ISCA (infertilidade sem causa aparente), já que ela deve ser dona de uma boa reserva ovariana para poder contribuir com a gestação de outra paciente.

Quem pode ser ovodoadora e ovoreceptora?

A resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) regula vários aspectos da reprodução assistida e, no que diz respeito à ovodoação, define que a cedente deve ter até 35 anos de idade, boas condições de saúde — inclusive histórico negativo de doenças genéticas transmissíveis e teste negativo para ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) —, boa reserva ovariana e sem fator aparente de infertilidade que prejudique a qualidade de seus gametas.

Ao realizar o procedimento, a ovodoadora repassa para a beneficiária a chance de engravidar em um determinado ciclo menstrual, o que não a impede de ter filhos no futuro.

Esse procedimento não pode, no entanto, ser realizado entre amigos ou familiares específicos. A ovodoação deve ser realizada em anonimato e é papel da clínica de reprodução assistida escolher a cedente, de acordo com características e preferências dos pacientes, conforme normas brasileiras.

As características que norteiam esse processo são registradas em um questionário respondido no início do procedimento de doação. No documento constam detalhes da vida pessoal e médica da ovodoadora, por meio de dados como peso, estatura, cor da pele, dos cabelos e informações sobre seu histórico familiar.

Além da ficha, a cedente deve realizar exames clínicos e laboratoriais para constatar sua fertilidade, principalmente a qualidade de sua reserva ovariana, e excluir hipóteses de doenças.

Após esse processo e a doação em si, os óvulos são congelados, por meio da criopreservação, até que a clínica de reprodução assistida encontre uma ovoreceptora com características compatíveis.

Para a beneficiária, os requisitos são mínimos. Existe apenas o limite de 50 anos de idade que, na verdade, é uma regra geral das candidatas à gestação por técnicas de reprodução assistida. No entanto, se o médico considerar o procedimento seguro e se a paciente estiver ciente dos riscos associados, pode haver exceções.

Esse procedimento é, novamente, muito importante para mulheres que sofrem por não poder engravidar devido à aproximação da menopausa, à FOP (falência ovariana precoce), a disfunções ovulatórias, a doenças como miomas e endometriose e até como consequência de um tratamento contra câncer.

Como acontece a ovodoação?

A ovodoação só é possível no contexto da FIV, pois esta é a única entre as técnicas da reprodução assistida que viabiliza a manipulação de gametas femininos.

O procedimento é muito simples e se inicia com a realização de exames clínicos e laboratoriais, pela ovodoadora, que possibilita eliminar a hipótese de doenças, fazer a tipagem sanguínea e cariótipo e avaliar a reserva ovariana.

Após diagnósticos, a ovodoadora passa pelo processo de estimulação ovariana, primeira etapa da FIV. O procedimento consiste na administração hormonal com o intuito de potencializar a produção de mais óvulos em um ciclo menstrual, o que aumenta as chances de fecundação e gravidez.

Durante esse período, a ovodoadora é acompanhada com exames de ultrassonografia, o que permite avaliar o crescimentos dos folículos ovarianos e identificar o momento ideal para a fase posterior.

Na etapa da punção, os gametas são coletados em laboratório com auxílio de uma agulha, procedimento realizado sob anestesia e, portanto, indolor. A partir de então, os óvulos são congelados até que surja a necessidade de utilizá-los.

Nessa fase, surge a principal diferença entre a ovodoação voluntária e a compartilhada. Quando a cedente realiza o ato apenas para ajudar a formação de uma família, todos os óvulos coletados são destinados à gestação de outra mulher.

No entanto, quando ela mesma está em tratamento, os materiais são divididos entre as pacientes, em uma proporção que pode variar entre clínicas.

Os procedimentos seguintes envolvem a fertilização do óvulo doado com o espermatozoide do parceiro — ou de um banco de sêmen, caso haja fator masculino de infertilidade envolvido —, o cultivo e a transferência embrionária — após preparo endometrial da paciente, realizado por meio da administração de hormônios —, e, por fim, os testes que confirmam a gravidez.

A ovodoação é um procedimento muito importante para mulheres que sofrem de infertilidade devido a problemas relacionados à capacidade ovulatória e um ato de solidariedade para aquelas que escolhem ajudar na realização do sonho maternal comum a muitas mulheres.

Para doar, a cedente, deve ter até 35 anos, bom histórico de saúde, reserva ovariana de qualidade e aceitar realizar os exames e a estimulação ovariana. Procedimentos rápidos, indolores e simples, mas de caráter altruísta e, certamente, recompensador.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, confira agora a página doação de óvulos.

 

 


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