A realização de exames de rotina como forma de prevenção de doenças é algo muito importante na vida de qualquer pessoa. Para as mulheres, existem alguns procedimentos que devem ser feitos periodicamente e que, quando realizados corretamente, obedecendo o prazo ideal, podem evitar problemas graves como o câncer, por exemplo.
A partir do início da vida sexual, as mulheres precisam incluir em sua rotina o exame chamado papanicolau, a fim de se prevenir e de detectar possíveis doenças que podem até mesmo interferir em sua fertilidade.
Saiba o que é o exame, como é realizado, quais doenças ele pode prevenir e qual a sua relação com a fertilidade feminina:
O que é o exame papanicolau?
O exame Papanicolau analisa as células na região do colo uterino, com o objetivo de obter um diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, além de identificar possíveis infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Também conhecido como exame preventivo, trata-se de um exame ginecológico indicado para mulheres que possuem uma vida sexual ativa.
É um teste simples, porém bastante poderoso. Através da coleta do material do colo do útero feito com uma “colher de raspagem”, é possível obter resultados muito importantes para a prevenção de doenças.
Pode ser realizado no próprio consultório ginecológico e não causa dor, trazendo apenas um desconforto ou pressão no interior da vagina para a paciente.
Para que serve o exame?
Sua principal finalidade é detectar lesões ou alterações do tecido uterino que possam indicar HPV, que é um dos grandes responsáveis pelos casos de câncer de colo do útero.
Quando há um diagnóstico precoce da doença, ou seja, quando é descoberta em seus estágios iniciais, o tratamento pode ser um pouco mais simples e mais eficaz.
Também pode identificar infecções vaginais, como a candidíase, tricomoníase ou vaginose bacteriana, por exemplo. Outra finalidade do Papanicolau é detectar infecções sexualmente transmissíveis como a gonorreia, clamídia e sífilis.
O exame também pode encontrar pequenos nódulos no colo do útero que são formados por acúmulo de líquido, liberado por glândulas encontradas no colo uterino.
Como é realizado o papanicolau?
O exame Papanicolau é simples e rápido, sendo realizado no próprio consultório médico nas consultas de rotina.
Deitada em posição ginecológica, mantendo as pernas elevadas e apoiadas em um suporte, a mulher é submetida ao exame. O ginecologista utiliza um especulo, aparelho que lembra um bico de papagaio, para abrir caminho.
O médico extrai as células da parede vaginal e do colo uterino por meio de uma espátula e uma cerda. Após essa etapa, o material é enviado para um laboratório para que possa ser analisado.
É recomendado que seja realizado fora do período menstrual, que a mulher não realize duchas vaginais e nem faça o uso de cremes intravaginais por pelo menos 48 horas antes do exame e que evite ter relações sexuais pelo mesmo período.
Quando fazer o exame?
É indicado principalmente para mulheres de todas as idades a partir do início da vida sexual, porém é priorizado entre os 25 e 65 anos.
Deve ser realizado anualmente, mas em casos de resultados negativos por 2 anos seguidos, o exame pode passar a ser feito a cada 3 anos.
Recomenda-se este tempo devido ao tempo de evolução do câncer de colo do útero ser lenta, fazendo com que as lesões pré-cancerígenas e cancerígenas possam ser identificadas precocemente e o tratamento iniciado o quanto antes.
O exame não é realizado em mulheres que nunca tiveram relações sexuais. Já as gestantes podem realizá-lo e ele deve ser incluído nos exames do pré-natal.
O papanicolau e sua relação com a infertilidade
O exame não possui relação direta com a fertilidade da mulher, mas é um grande facilitador no que se refere a investigar possíveis problemas causadores dessa infertilidade.
Deve ser incluído na lista de exames necessários da mulher que tenta engravidar por mais de um ano e não obtém sucesso.
Por meio do Papanicolau é possível identificar doenças que são fatores influenciadores no processo da gravidez, causando a infertilidade.
Quando esses problemas são identificados, além do tratamento das doenças, é possível encontrar a melhor solução para alcançar uma gestação. Atualmente, as melhores opções são as técnicas de reprodução assistida.
Entre as principais as técnicas estão: fertilização in vitro (FIV) por ICSI, inseminação intrauterina (IIU) e relação sexual programada (RSP).
Fertilização in vitro (FIV)
É um método de alta complexidade e é indicado por ser a que garante maior chance de sucesso na realização de uma gestação.
Nesse procedimento, a fecundação ocorre fora do corpo da mulher, em um laboratório, e o embrião desenvolvido é posteriormente implantado no útero.
Inseminação intrauterina (IIU)
Ao contrário da FIV, a inseminação artificial é realizada de forma um pouco mais natural, pois a fertilização ocorre no corpo da mulher. A diferença é que os espermatozoides são coletados e preparados em laboratório, e apenas os de melhor qualidade são injetados diretamente no útero.
É um método indicado principalmente para os casos de infertilidade masculina, quando há baixa contagem de espermatozoides e leves alterações de morfologia.
Relação sexual programada (RSP)
É a técnica mais simples e pode ser a primeira sugerida pelo médico quando as causas de infertilidade forem leves ou bem específicas, como no caso de distúrbios de ovulação.
Possui baixa taxa de complexidade e é caracterizada pela estimulação ovariana e a orientação sobre o período fértil. O médico faz o cálculo para chegar aos dias mais férteis da mulher, para que o casal programe suas relações sexuais para quando a possibilidade de engravidar seja maior.
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