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O que é infertilidade sem causa aparente?

por Dr. Augusto Bussab



"A Fertilidade Sem Causa Aparente acomete cerca de 10% dos casais, mas não é preciso descartar a gravidez. Os tratamentos corretos geram ótimos resultados."
O que é infertilidade sem causa aparente?

A infertilidade é diagnosticada quando um casal tenta engravidar por um ano sem utilizar métodos anticoncepcionais e não obtém sucesso. Caso a mulher tenha acima de 35 anos, esse tempo é reduzido para seis meses.

Passado esse período, o casal pode buscar auxílio médico para realizar a investigação da infertilidade e receber orientações. O médico orienta sobre o período fértil e outros aspectos importantes da fertilidade, além de solicitar exames para avaliar quais alterações podem estar afetando a fertilidade conjugal.

Caso os motivos da infertilidade não sejam identificados, o casal recebe o diagnóstico de infertilidade sem causa aparente (ISCA).

A constatação vem quando o casal já passou por todos os processos de análise sobre infertilidade e, ainda assim, não têm um resultado positivo em suas tentativas de engravidar. A ISCA, no entanto, pode ser superada com técnicas de reprodução assistida, como a FIV (fertilização in vitro).

Neste texto, quero explicar quando a ISCA é diagnosticada, quais os procedimentos para identificar o problema, como é o diagnóstico e, principalmente, quais as opções de tratamento para o casal. Confira.

O que é infertilidade sem causa aparente (ISCA)?

A ISCA é considerada quando um casal não apresenta alterações após a realização de uma investigação detalhada da infertilidade e ainda assim não consegue engravidar.

Estima-se que 1 em cada 10 casais que passam por esse tipo de dificuldade são diagnosticados com ISCA. No entanto, ainda há formas de reverter o quadro e conseguir ter um filho.

Como é feita a investigação da ISCA?

Alguns fatores precisam ser considerados na hora de investigar se o casal é ou não um caso de ISCA. A investigação e o diagnóstico envolvem:

  • Não apresentar genética alterada: alguns casais têm alterações genéticas que podem dificultar a gravidez, portanto é importante investigar;
  • Reserva de óvulos sem anormalidade: é realizada uma contagem de folículos antrais (avaliação da reserva ovariana) para identificar se não há falência da função ovariana. Isso é mais comum em mulheres acima dos 40 anos, mas pode ocorrer também em pacientes mais novas, condição chamada falência ovariana precoce;
  • Boa qualidade do sêmen: assim como é avaliada a reserva de óvulos na mulher, a qualidade do sêmen do homem precisa passar por exame. É feito um espermograma para detectar anormalidades;
  • Doenças que podem impedir a gestação: a endometriose é um exemplo. Ela pode comprometer alguns órgãos e impedir a gravidez. A prevalência da doença é relativamente alta e o diagnóstico é difícil, por isso muitas mulheres têm a doença e não sabem;
  • Útero sem alterações: qualquer alteração que ocorra no útero, como os miomas, pode dificultar a gravidez. É necessária a realização de um ultrassom para analisa o útero da paciente;
  • Cálculo do período fértil: ao longo do ciclo menstrual, a mulher tem um período mais fértil, que é na fase ovulatória, quando o óvulo é liberado pelo ovário e permanece na tuba uterina por cerca de 24h a 36h para ser fecundado. Sabendo calcular o período fértil, o casal tem mais chances de engravidar;
  • Ciclos menstruais regulares: a irregularidade dos ciclos menstruais dificulta o processo de fecundação, portanto a gravidez. Pacientes com ciclos menores de 25 dias e maiores de 35 dias têm mais dificuldades de ovulação e devem procurar auxílio médico para orientação.

Quando a infertilidade sem causa aparente é diagnosticada?

Mesmo depois de uma investigação detalhada da infertilidade, pode não ser identificado o motivo da infertilidade. Nesses casos, é feito o diagnóstico de ISCA. Em alguns casos, alguns exames podem ser refeitos como forma de comparação.

O diagnóstico de ISCA é fechado quando todos os recursos são utilizados e não são encontradas alterações aparentes. O casal, a partir daí, pode optar ou não por tratamentos de reprodução assistida para conseguir a gravidez.

Quais as indicações de tratamentos para casais com ISCA?

 

Quando o casal recebe diagnóstico de ISCA e tem o desejo de engravidar, indica-se a FIV, por ser o tratamento que permite o maior controle de todo o processo pré-gravidez, principalmente se a mulher tiver mais que 35 anos.

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV (fertilização in vitro) é a técnica de reprodução assistida mais complexa e mais indicada para casos de ISCA, uma vez que permite um controle maior sobre o ciclo menstrual, coleta e seleção de gametas, fecundação, acompanhamento do desenvolvimento do embrião e a transferência dos melhores embriões.

Além disso, na FIV podem ser realizadas técnicas complementares para casos específicos, como o teste genético pré-implantacional, que analisar os genes e os cromossomos do embrião para detectar alterações que possam dificultar a gravidez e o desenvolvimento de doenças futuramente, o hatching assistido, que permite a abertura por laser da zona pelúcida do embrião e facilita a implantação, e o ERA, teste de receptividade endometrial que avalia o melhor momento para transferir os embriões para o útero da mãe.

A complexidade da FIV aumenta suas taxas de sucesso, que ficam em cerca de 40%.

Quando indicar técnicas de reprodução assistida?

A FIV pode ser indicada (no caso de ISCA) quando o casal estiver planejando engravidar, não conseguir após 1 ano de tentativas sem sucesso e não houver indícios de infertilidade.

A ISCA é diagnosticada em cerca de 10% dos casais com dificuldade de engravidar.

As dúvidas são frequentes e, por isso, convido você a entender mais sobre o assunto em um pequeno guia sobre a ISCA. Se ainda assim ficarem dúvidas, basta deixar sua pergunta aqui embaixo, nos comentários.

 


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