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O que é infertilidade sem causa aparente (ISCA)?

por Dr. Augusto Bussab



"Os exames de infertilidade não conseguiram indicar o motivo pelo qual você ainda não conseguiu ter filhos? Seu problema pode ser a ISCA (infertilidade sem causa aparente). Acesse o link, leia o artigo e entenda o assunto no blog."
O que é infertilidade sem causa aparente (ISCA)?

Casais podem ter problemas para conseguir engravidar naturalmente devido a diversas condições de saúde, que podem ser investigadas por meio de exames que variam conforme cada caso individual. No entanto, há situações em que os médicos não conseguem, mesmo após muitas análises, indicar a causa da dificuldade, quadro que caracteriza a ISCA (infertilidade sem causa aparente).

Naturalmente, para chegar a essa conclusão, é preciso considerar diversas possibilidades — e, portanto, realizar diferentes exames —, para excluir a hipótese de doenças associadas à infertilidade que, aliás, pode ser causada por fatores masculinos, femininos ou conjugais.

O artigo esclarece o que é a ISCA, como os médicos chegam a essa conclusão e de que maneira casais podem engravidar mesmo com o diagnóstico. Se você acredita estar nessa condição, acompanhe o texto e entenda melhor o assunto.

O que é ISCA (infertilidade sem causa aparente)?

Antes de chegar à conclusão da ISCA, é preciso diagnosticar a infertilidade. O problema só é considerado clinicamente após o período de um ano de relações sexuais sem o uso de anticoncepcionais — embora seja recomendável que mulheres com mais de 35 anos consultem um especialista em reprodução assistida após seis meses, devido ao risco de diminuição da reserva ovariana.

Para diagnosticar o problema e indicar o melhor tratamento, o especialista deve solicitar alguns exames, de acordo com os sintomas e outros fatores, como o tempo de infertilidade e idades dos pacientes.

Há casos, no entanto, que mesmo após diversos exames, não se consegue encontrar o motivo do problema, já que não há nenhuma alteração orgânica ou fisiológica no sistema reprodutor. Em situações como essas, é considerado, então, um quadro de infertilidade inexplicável ou ISCA (infertilidade sem causa aparente).

Este é um processo que exige muito cuidado, pois antes de chegar a essa conclusão, o especialista deve tentar encontrar o motivo causador da infertilidade de diferentes maneiras e, se preciso, repetir exames com maior nível de especialização e equipamentos mais adequados, especialmente se as avaliações foram realizados há mais tempo.

A avaliação pode investigar diversos fatores de infertilidade masculina e feminina, como a quantidade e a qualidade dos gametas, a existência de endometriose, a saúde das trompas de Falópio e até a regularidade sexual dos pacientes.

Por que a ISCA ocorre?

Quando após exames o médico chega a conclusão de Infertilidade sem Causa Aparente, geralmente, isso quer dizer que os exames não foram eficazes em encontrar a causa do problema, devido aos limites da medicina ou da tecnologia e, portanto, não há como determinar a razão pela qual o homem e a mulher não consegue ter filhos.

No entanto, a explicação mais aceita é que o problema tenha origem em alguma condição de saúde ou doença ainda em fase inicial, em um estágio ainda indetectável pela tecnologia utilizada nos exames ou, ainda, que há fatores muito leves de infertilidade, mais que quando associados, impedem a gestação.

A ISCA pode ser considerado, por exemplo, em mulheres com endometriose, doença que, principalmente na fase inicial, possui um diagnóstico difícil e suas dores associadas podem ser confundidas com cólicas rotineiras da menstruação.

Nesse caso, o tratamento poderia ser muito mais simples, o que explica a importância de um diagnóstico cuidadoso.

A ISCA ainda pode ser ocasionada por alterações genéticas nos embriões, o que pode acontecer devido a uma incompatibilidade genética, alterações específicas no sêmen, envelhecimento precoce do ovário e alterações no útero ou nas trompas de Falópio, indetectáveis em exames mais simples como a ultrassonografia.

Como as técnicas de reprodução assistida podem ajudar?

O diagnóstico de ISCA não elimina, necessariamente, a possibilidade de o casal ter filhos biológicos. A reprodução pode ser, no entanto, mais difícil e possível apenas por meio de técnicas de reprodução assistida.

Inicialmente, pode-se optar pela RSP (relação sexual programada), técnica simples que consiste em acompanhar o ciclo menstrual e ovulatório da mulher, por meio de exames de ultrassom, para indicar o período fértil da mulher e aumentar as chances de fecundação.

A IA (inseminação artificial) pode ser a segunda opção de tratamento, especialmente se houver suspeita de infertilidade por fator masculino e se a mulher tiver trompas de Falópio em perfeitas condições. A técnica consiste na coleta de uma amostra de sêmen, seleção dos melhores espermatozoides e introdução no útero, por meio de um fino cateter, para fecundação.

Existem casos mais avançados que exigem a FIV (fertilização in vitro), técnica especialmente indicada para mulheres com mais de 35 anos de idade, tentando engravidar há mais de dois anos, ou após falhas nos métodos mais simples. A FIV permite não só a seleção dos espermatozoides, mas também dos óvulos e embriões antes da transferência para o endométrio da mulher responsável pela gestação, o que garante, ainda, estudar outras hipóteses para a causa da infertilidade.

Existem diversos motivos pelos quais casais podem enfrentar dificuldades para ter filhos e muitos exames são utilizados para diagnosticar a causa do problema. Há, no entanto, casos em que os resultados são inconclusivos, situação que caracteriza a ISCA (infertilidade sem causa aparente). O problema geralmente ocorre por influência de doenças em estágio inicial ou leves alterações que, somadas, dificultam a gestação, mas esta ainda é possível por meio de uma ou mais técnicas de reprodução assistida.

Se você quiser saber mais sobre as possíveis causas da condição, acesse a nossa página sobre ISCA (infertilidade sem causa aparente).


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