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O que é GnRH?

por Dr. Augusto Bussab



"Diferentes sistemas estão envolvidos no processo reprodutivo. Por exemplo, para gerar uma nova vida, além dos funcionamento correto dos sistemas reprodutores de mulheres e homens, o sistema endócrino, conjunto de glândulas responsáveis pela produção e/ou secreção de hormônios, também deve cumprir adequadamente sua função. O […]"
O que é GnRH?

Diferentes sistemas estão envolvidos no processo reprodutivo. Por exemplo, para gerar uma nova vida, além dos funcionamento correto dos sistemas reprodutores de mulheres e homens, o sistema endócrino, conjunto de glândulas responsáveis pela produção e/ou secreção de hormônios, também deve cumprir adequadamente sua função.

O sistema reprodutor é composto por diferentes órgãos que trabalham em sincronia para possibilitar a gravidez. Ovários, tubas uterinas, útero e vagina são os femininos, enquanto os masculinos são os testículos, epidídimos, ductos deferentes, próstata, vesículas seminais e pênis.

Hormônios, por outro lado, são substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea que regulam funções importantes do corpo, como a reprodução. O GnRH está entre os principais e é essencial para a fertilidade.

Continue a leitura deste texto até o final para saber o que é GnRH e conhecer em detalhes sua importância para o sucesso gestacional. Confira!

O que é GnRH e como é produzido?

O mecanismo que orienta a produção dos hormônios reprodutivos é o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, formado pelo hipotálamo, hipófise e pelas gônadas, as glândulas sexuais de mulheres e homens, ovários e testículos respectivamente.

GnRH, e a sigla em inglês para gonadotropin releasing hormone, ou hormônio estimulador das gonadotrofinas. É produzido pelo hipotálamo, região localizada no encéfalo, centro do sistema nervoso central, que além de produzir hormônios essenciais como o GnRH, controla a secreção hipofisária por sinais hormonais e nervosos.

A hipófise, por sua vez, é a principal glândula do sistema endócrino. Localizada na base do cérebro, secreta e orienta o funcionamento de outras, incluindo ovários e testículos.

Os ovários são responsáveis pelo armazenamento dos folículos ovarianos, estruturas que contêm o óvulo imaturo, célula sexual feminina com as informações genéticas da mãe, enquanto os testículos respondem pela produção dos espermatozoides, a célula sexual masculina que carrega os genes paternos.

O GnRH, quando é liberado na corrente sanguínea estimula a secreção das gonadotrofinas pela hipófise, o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), necessários para o desenvolvimento folicular e posterior liberação do óvulo, bem para a produção dos espermatozoides.

É exatamente a fusão das células sexuais, também chamadas gametas, que vai originar a primeira célula do futuro ser humano.

Entenda como o GnRH atua fertilidade

A capacidade reprodutiva é ativada na puberdade. A primeira menstruação das mulheres marca o início dos ciclos menstruais e, a última, o final, quando atingem a menopausa. O período de maior fertilidade feminina, portanto, está situado entre essas duas etapas.

Os homens também começam a produzir espermatozoides na puberdade, porém esse processo, conhecido como espermatogênese, é contínuo, acontece durante toda a vida.

Quando o ciclo menstrual se inicia, o hipotálamo libera o GnRH na corrente sanguínea, que estimula a hipófise a secretar o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH).

Na primeira fase do ciclo menstrual, folicular, vários folículos são recrutado e crescem estimulados pelo FSH, porém apenas um deles se desenvolve o suficiente e amadurece, estimulado pelo LH. Durante seu desenvolvimento, secreta estrogênio, hormônio responsável pelo espessamento do endométrio, tecido que reveste o útero internamente, preparando-o para receber um possível embrião.

Na segunda fase do ciclo menstrual, a ovulatória, um pico de LH induz o folículo ao amadurecimento final e rompimento para liberação do óvulo, também maduro, que é captado pela tubas uterinas, órgãos em que a fecundação, fusão dos gametas, acontece.

Após liberar o óvulo, o folículo, estimulado pelo LH se transforma em corpo lúteo, glândula endócrina temporária que responde pela secreção de progesterona, hormônio que atua no preparo final do endométrio.

Quando a fecundação não acontece, o corpo lúteo se degenera, os níveis hormonais diminuem provocando a descamação do endométrio e a menstruação. Um novo ciclo menstrual, então, tem início.

O GnRH também é liberado para estimular a produção de novos espermatozoides. Quando atinge a hipófise, as gonadotrofinas FSH e LH induzem a secreção de testosterona, hormônio masculino que atua na espermatogênese, e controlam o processo de divisão e diferenciação das espermátides, células percussoras dos gametas masculinos.

Alterações em qualquer um dos componentes do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, portanto, podem resultar em desequilíbrio hormonal e, consequentemente, em infertilidade feminina ou masculina.

Distúrbios de ovulação e o preparo inadequado do endométrio, são as principais consequências do desequilíbrio hormonal nas mulheres, dificultando ou impedindo a ovulação e, assim, a fecundação ou a implantação do embrião, levando, nesse caso, a falhas e abortamento.

Nos homens, interfere na espermatogênese, resultando na baixa concentração de espermatozoides no sêmen, condição denominada oligozoospermia, ou na ausência deles, azoospermia. Em ambos os casos a fecundação também é mais difícil ou não acontece.

Infertilidade e reprodução assistida

O desequilíbrio hormonal geralmente pode ser corrigido por medicamentos, embora algumas causas que levaram ao problema possam precisar de cirurgia. Os tratamento de reprodução assistida são a principal alternativa para quem pretende engravidar.

As mulheres, por exemplo, são submetidas à estimulação ovariana, procedimento em que medicamentos hormonais induzem o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos ovarianos.

As técnicas de baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA) utilizam dosagens hormonais mais baixas para obter entre 1 e 3 folículos maduros, uma vez que preveem a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. Por isso, são indicadas quando há distúrbios de ovulação mais leves.

Já na fertilização in vitro (FIV), mais complexa, as dosagens hormonais são mais altas. Isso porque, nessa técnica a fecundação é realizada em laboratório e os embriões formados são transferidos diretamente ao útero.

Assim, é importante obter aproximadamente 10 óvulos, considerando que alguns podem ser perdidos, o que reduz o número de embriões, da mesma que nem todo embrião pode se desenvolver de forma adequada.

Na FIV, os folículos maduros são coletados por aspiração folicular, os óvulos extraídos e selecionados em laboratório para serem usados na fecundação.

A técnica é ainda indicada quando o desequilíbrio leva à baixa concentração de espermatozoides ou ausência deles no sêmen. Os gametas masculinos podem ser coletados diretamente dos testículos ou dos epidídimos, ductos que são armazenados e amadurecem após a produção.

Depois da coleta, são capacitados pelo preparo seminal, técnica que possibilita a seleção dos mais saudáveis para a fecundação.

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