Dr. Augusto Bussab | Reprodução Humana | WhatsApp
Ebook SOP Baixe agora o e-book sobre Síndrome dos Ovários Policísticos e entenda tudo sobre essa doença! Clique Aqui!
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta agora! Clique Aqui!

O que é fase folicular no ciclo menstrual?

por Dr. Augusto Bussab



"As mulheres se tornam férteis a partir da puberdade, quando iniciam os ciclos menstruais ou reprodutivos, evento marcado por diferentes alterações fisiológicas, que preparam o corpo feminino para a gravidez. O ciclo menstrual é um processo contínuo, que dura durante toda a fase fértil, período […]"
O que é fase folicular no ciclo menstrual?

As mulheres se tornam férteis a partir da puberdade, quando iniciam os ciclos menstruais ou reprodutivos, evento marcado por diferentes alterações fisiológicas, que preparam o corpo feminino para a gravidez.

O ciclo menstrual é um processo contínuo, que dura durante toda a fase fértil, período localizado entre a puberdade e a menopausa, em que é utilizada a reserva ovariana, estoque de folículos, que contêm os óvulos imaturos, as células sexuais femininas.

Inicia no primeiro dia da menstruação e se encerra no anterior a última; geralmente tem a duração de 28 dias com pequenas variações, o que é chamado de ciclo regular, embora algumas mulheres possam ter um ciclo irregular, ou seja, sempre fora desse intervalo.

Para a gravidez ser bem-sucedida todos os eventos do ciclo menstrual devem ocorrer de forma adequada, interferências podem resultar em infertilidade feminina. Acompanhe o texto até o final e saiba o que é fase folicular no ciclo menstrual, quando começa, quanto tempo dura e sua importância para o sucesso gestacional. Boa leitura!

Fase folicular do ciclo menstrual

Três fases dividem esses eventos, a fase folicular é a primeira delas, seguida da ovulatória e finalizando com a lútea. Os eventos que acontecem são estimulados por diferentes hormônios, coordenados pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal.

O hipotálamo, região localizada no centro do sistema nervoso, produz o GnRH, hormônio liberador de gonadotrofina, que ao ser liberado na corrente sanguínea no início do ciclo menstrual, estimula a hipófise, glândula situada na base do cérebro, a secretar as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que viajam pela corrente sanguínea até os ovários, a gônadas femininas.

A fase folicular inicia no primeiro dia da menstruação, tem a duração de aproximadamente 13 dias e é estimulada pelo hormônio FSH, que atua no recrutamento e crescimento de vários folículos ovarianos.

Segundo estudos, as mulheres nascem com aproximadamente 2 milhões de folículos, quantidade que diminui até a puberdade, quando reduz para cerca de 400 mil. A cada ciclo, mais ou menos 1.000 folículos são recrutado na fase folicular, no entanto, apenas um entre eles se torna dominante, desenvolve e amadurece estimulado pelo LH.

Enquanto se desenvolve, esse folículo que se destacou passa a secretar estrogênio, hormônio que inicia o preparo do endométrio, tecido que reveste internamente o útero, tornando-o mais espesso e vascularizado para receber um possível embrião; nessa camada ele se implanta para dar início à gestação.

A fase folicular se encerra no 13º dia, no 14º tem início a ovulatória, quando um pico de LH induz o folículo ao amadurecimento final e rompimento para liberação do óvulo, capturado pelas tubas uterinas, órgão em que permanece por 24h, período em que pode ser fecundado pelo espermatozoide.

Na fase lútea o folículo rompido se transforma em corpo lúteo, estrutura responsável pela liberação de progesterona, hormônio que finaliza o preparo endometrial. Quando a fecundação não acontece, os níveis hormonais diminuem, levando à descamação do endométrio, menstruação e um novo ciclo começa com a fase folicular.

Em mulheres com ciclos irregulares, os eventos da fase lútea podem não ocorrer de forma adequada, resultando em distúrbios de ovulação, como dificuldades no desenvolvimento e amadurecimento do folículo dominante. Dessa forma, não há ovulação, condição denominada anovulação, ou a liberação do óvulo também pode ser irregular, ou seja, ocorrer apenas em alguns ciclos, oligovulação.

Um ciclo é considerado clinicamente irregular quando durante seis meses a maioria está fora dos intervalos regulares. E pode ser percebido por menstruações pouco ou muito frequentes ou ausentes.

Diferentes condições podem causar ciclos irregulares, incluindo, por exemplo, a síndrome dos ovários policísticos (SOP), miomas uterinos, pólipos endometriais, falência ovariana prematura (FOP), distúrbios da tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, além de hábitos de vida, como alimentação inadequada, prática intensiva de exercícios físicos e uso de drogas recreativas em excesso.

Mulheres com infertilidade como consequência de ciclos irregulares, entretanto, podem contar com a reprodução assistida para engravidar quando os tratamentos primários não são bem-sucedidos.

Reprodução assistida

A infertilidade por distúrbios de ovulação, pode ser tratada por duas técnicas de reprodução assistida, a relação sexual programada (RSP) e a fertilização in vitro (FIV), de complexidade diferentes, indicadas de acordo com a severidade de cada caso.

Mulheres cujo problema é a oligovulação, ovulação irregular, podem iniciar o tratamento com a RSP, técnica mias simples e de baixa complexidade, que prevê a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas.

No entanto, para utilizar essa técnica, devem ter até 37 anos e bons níveis de reserva ovariana, assim como as tubas uterinas e o espermatozoides do parceiro devem ser saudáveis, uma vez que o objetivo é estimular os ovários com medicamentos hormonais, procedimento chamado estimulação ovariana e programar o melhor período para intensificar a relação sexual.

Na FIV, por outro lado, a fecundação acontece em laboratório. Para coletar os óvulos, as mulheres também são submetidas à estimulação ovariana, porém são usadas dosagens hormonais mais altas.

Por isso, é indicada para mulheres com anovulação, acima dos 37 anos, quando já redução dos níveis da reserva ovariana, bem como possibilita o tratamento quando há outros problemas de fertilidade associados, como obstruções tubárias, pois a função dos órgãos não é necessária, ou alterações graves nos espermatozoides do parceiro, uma vez que eles também são previamente coletados e selecionados.

Ambas, quando bem indicadas, proporcionam a gravidez com ótimos percentuais de sucesso.

Siga o link e conheça outras condições que podem resultar em infertilidade feminina. Confira!


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Pr¨®xima leitura
Mórula, embrião e blastocisto: qual é a relação?

A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]

Ler mais...