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Menstruação: o que é?

por Dr. Augusto Bussab



"Quando vamos falar sobre saúde sexual, alguns assuntos são fundamentais: é importante saber sobre as infecções sexualmente transmissíveis (IST), sobre fertilidade e também sobre planejamento familiar. Todos esses temas são muito importantes! Contudo, além desses tópicos, uma vida sexualmente saudável é aquela em que há […]"
Menstruação: o que é?

Quando vamos falar sobre saúde sexual, alguns assuntos são fundamentais: é importante saber sobre as infecções sexualmente transmissíveis (IST), sobre fertilidade e também sobre planejamento familiar. Todos esses temas são muito importantes!

Contudo, além desses tópicos, uma vida sexualmente saudável é aquela em que há segurança, informação e que seja baseada em uma boa autoestima.

Para que isso aconteça, frisamos a importância de tratar temas relacionados à reprodução de forma clara e acessível, ainda que alguns desses assuntos pareçam bastante corriqueiros a todos nós.

Sendo assim, neste texto, abordamos a menstruação, um fenômeno conhecido por todos, porém tratado de forma muito rasa e cercado de tabus! Aqui, pretendemos esclarecer mais sobre o assunto: como o sangue menstrual é formado, qual é o ciclo que o regula e quais são as consequências de suas alterações. Leia a seguir!

O que é a menstruação?

A primeira menstruação, conhecida como menarca, acontece no período da puberdade, quando a menina tem entre 10 e 15 anos de idade, embora possa acontecer mais cedo. O fenômeno se dá quando ocorre um sangramento pela vagina com uma duração de 3 a 8 dias. Ele indica que a mulher entrou em sua vida fértil, portanto já pode ter filhos.

A menstruação é a primeira etapa do ciclo menstrual. O sangue eliminado é resultado da descamação do endométrio, camada uterina interna que se torna mais espessa ao longo de todo o ciclo menstrual para receber o embrião. Caso não haja fecundação, não há motivo para ele continuar espesso, portanto o útero faz contrações para desprender essa camada e liberá-la sob a forma de menstruação.

A menstruação e o ciclo menstrual de forma geral param de acontecer quando a mulher entra na menopausa, já que não há mais chances de gravidez.

Características e funções do endométrio

O útero é um órgão muscular formado por uma parede bastante espessa e, internamente, é revestida por um tecido conhecido como endométrio.

Essa é uma camada ricamente vascularizada e tem um papel importantíssimo em uma gestação: é nela em que o embrião, formado a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, se fixa, processo chamado de nidação. Ali, ele permanece se desenvolvendo até que a placenta seja devidamente formada.

Isso só é possível por causa da ação dos dois hormônios sexuais femininos, o estrogênio e a progesterona. Sensível a eles, o endométrio se prepara para desempenhar essa importante função, aumentando em volume e espessura de acordo com a fase do ciclo menstrual. Falaremos mais sobre o assunto a seguir.

Porém, quando a nidação não ocorre, ou seja, nenhum óvulo é fecundado, ou há uma falha na implantação do embrião, o endométrio começa a se descamar e é expelido do corpo como sangue menstrual.

Em momentos anteriores a isso, em um período conhecido como tensão pré-menstrual (TPM), alguns sintomas podem ser percebidos pela mulher: pode haver dores de cabeça, inchaço, cólica abdominal, sensibilidade nas mamas, sensação de fadiga, além das comuns oscilações repentinas de humor, ansiedade, irritabilidade ou tristeza, e as alterações no sono.

Ciclo menstrual

Depois que acontece a menstruação, o processo de preparo do endométrio para a implantação do embrião recomeça e, assim, um novo ciclo menstrual se inicia.

A duração de cada ciclo varia de uma mulher para outra, mas geralmente tende a ser aproximadamente de 28 dias.

Esse evento acontece desde a menarca, a primeira menstruação, até a menopausa, que ocorre, em geral, entre 45 e 55 anos, mas também pode variar (existe uma condição chamada menopausa precoce, que provoca o fim da vide fértil da mulher precocemente, antes dos 40 anos). Nessa fase, é comum que ocorram algumas irregularidades menstruais.

O ciclo menstrual é dividido em três fases:

  • Fase folicular;
  • Fase ovulatória;
  • Fase lútea.

A fase folicular tem duração aproximada de 13 dias, indo do primeiro dia da menstruação, quando o endométrio é expelido, até o momento da ovulação.

A hipófise começa a secretar o hormônio FSH (folículo-estimulante) que, por sua vez, atua nos ovários preparando um óvulo para a fecundação. Cada óvulo é envolto por um “bolsa” chamada folículo, e, por isso, a fase recebe esse nome. O conjunto de todos os folículos é chamado “reserva ovariana” e é um fator fundamental da fertilidade feminina. Com o tempo, ela vai diminuindo, até se esgotar e provocar a menopausa.

A liberação do hormônio estrogênio também aumenta, e ele começa a atuar no endométrio, dobrando-o de volume. Assim, o corpo é preparado para uma possível fecundação e gravidez.

Inicia-se, então, a fase ovulatória. Nesse momento há um aumento do LH (hormônio luteinizante). O papel dele é promover o amadurecimento final do folículo dominante que, dentre tantos, se desenvolveu. Os níveis do hormônio se elevam para induzir o folículo ao rompimento e liberação do óvulo para uma possível fecundação.

Esse momento é conhecido como ovulação, e acontece por volta do 14º dia do ciclo. É o melhor período para engravidar!

Caso aconteça a fecundação, o embrião formado se fixa no endométrio e o folículo, agora sem o óvulo, se torna corpo-lúteo e passa a produzir progesterona, que mantém o endométrio preparado para a gravidez.

Caso o óvulo não seja fecundado, o folículo também começa a diminuir de tamanho, bem como as quantidades dos hormônios sexuais, até que o endométrio se descama e é expelido do corpo pela menstruação. Ocorre, então, o reinício de todo o ciclo.

Alterações menstruais e o que podem significar

Quando alguma alteração na menstruação é percebida pela mulher, seja na duração do ciclo menstrual, seja no volume do fluxo, inclusive ausência de menstruação, é importante consultar um médico.

Apesar de pequenas variações do ciclo serem comuns, quando ocorrem por mais tempo podem estar relacionadas a distúrbios hormonais, doenças como a endometriose e síndrome dos ovários policísticos (SOP), condições como a menopausa precoce ou até mesmo fatores emocionais. Muitas dessas condições podem também causar infertilidade, portanto exigem atenção.

Dependendo dos fatores de infertilidade, técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), podem ser indicadas para casais inférteis realizarem o sonho de ter filhos.

Para saber mais sobre o assunto, toque aqui!


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