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ISCA (infertilidade sem causa aparente): é possível engravidar?

por Dr. Augusto Bussab



"Mesmo com todos os avanços feitos na tecnologia e no campo da ciência médica, a ISCA, infertilidade sem causa aparente, ainda continua sendo objeto de pesquisa. Caracteriza-se como a impossibilidade de diagnóstico da causa da infertilidade, tanto masculina como feminina. Existem muitos casais que não conseguem conceber um […]"
ISCA (infertilidade sem causa aparente): é possível engravidar?

Mesmo com todos os avanços feitos na tecnologia e no campo da ciência médica, a ISCA, infertilidade sem causa aparente, ainda continua sendo objeto de pesquisa. Caracteriza-se como a impossibilidade de diagnóstico da causa da infertilidade, tanto masculina como feminina. Existem muitos casais que não conseguem conceber um filho e nem sempre é possível identificar a causa.

Cerca de um terço dos casos de infertilidade é devido a problemas femininos; outro terço é decorrente de alterações na fertilidade do homem; outro terço é devido a problemas médicos em ambos os parceiros. Por fim, cerca de 10% dos casos de infertilidade não têm sua causa diagnosticada.

Felizmente, existem muitos tratamentos seguros e eficazes que aumentam significativamente as chances de engravidar. Explicaremos!

O que é ISCA?

A ISCA ocorre quando uma razão específica para a incapacidade de um casal engravidar não pode ser encontrada após uma investigação detalhada. No sistema reprodutivo e para garantir que uma gravidez viável possa ocorrer, diversos fatores contribuem e qualquer alteração pode levar à infertilidade.

Como os especialistas chegam à infertilidade sem causa aparente?

Existem muitas causas e fatores de risco relacionados à infertilidade sem causa aparente. A endometriose, por exemplo, é uma doença que pode passar despercebida em exames de ultrassonografia. Dependendo de suas características, pode não causar sintomas, mas levar a mulher à infertilidade.

Por isso, a investigação da infertilidade precisa ser o mais detalhada possível, começando com exames mais simples e aprofundando tanto quanto for necessário para identificar o que está comprometendo a fertilidade.

Causas de infertilidade masculina e exames para identificá-las

  • Tamanho, forma, número e motilidade dos espermatozoides;
  • A presença de varicoceles (veias aumentadas nos testículos);
  • Bloqueios de dutos de transporte de espermatozoide;
  • A presença de infecções, incluindo as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
  • Desequilíbrios hormonais;
  • Fatores de risco, como peso excessivo, tabagismo, abuso de álcool e drogas, e histórico de distúrbios de fertilidade.

Para diagnosticar a ISCA no sexo masculino, os especialistas podem realizar: análises de sêmen ou espermograma, exames de próstata, ultrassonografias da bolsa testicular, biópsias testiculares, entre outros exames.

Causas de infertilidade masculina e exames para identificá-los

  • Síndrome dos ovários policísticos;
  • Falência ovariana prematura (FOP);
  • Tubas uterinas bloqueadas ou danificadas;
  • A presença de pólipos ou miomas no útero;
  • Endometriose;
  • Útero de formato anormal;
  • Irregularidade do período e duração do ciclo menstrual;
  • A presença de infecções, incluindo as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
  • Ganho de peso, crescimento de pelos faciais e fatores de estilo de vida.

Para identificar essas condições, o especialista pode realizar diferentes exames laboratoriais e de imagem, entre eles a avaliação da reserva ovariana, exames laboratoriais, ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética.

Diagnóstico continua inconclusivo? O que fazer?

A infertilidade sem causa aparente (ISCA) é essencialmente um processo de eliminação. Se o seu diagnóstico permanecer inconclusivo após uma investigação detalhada, ainda existem opões para você engravidar.

Tratamentos mais indicados para a ISCA

Um casal com ISCA ainda tem ótimas chances de engravidar com técnicas de baixa complexidade – relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA) –, embora isso dependa da idade da mulher e de outros fatores, e com a fertilização in vitro (FIV), que é de alta complexidade e pode ser indicada para quase todos os casos de infertilidade.

Para os casos em que os tratamentos de baixa complexidade falharem, a opção também passa a ser a fertilização in vitro (FIV). A técnica aumenta as chances de gravidez em qualquer caso de infertilidade, dos mais leves aos mais severos, contornando diferentes problemas que podem provocar falhas.

A dificuldade reprodutiva pode estar, por exemplo, relacionada a distúrbios genéticos em óvulos e espermatozoides, o que leva à má qualidade do embrião, podendo provocar falhas e abortamento.

Alterações mesmo sutis nos órgãos reprodutores femininos podem dificultar a fecundação e interferir no processo de gravidez. Alterações podem afetar o endométrio também, camada que reveste o útero internamente e na qual o embrião se fixa para começar a gravidez, o que pode comprometer a receptividade endometrial, fundamental para o sucesso da implantação e, consequentemente, da gravidez.

Técnicas complementares à FIV também podem ajudar a superar esses problemas na maioria dos casos, o que a tornou o tratamento de reprodução assistida com as maiores taxas de sucesso por ciclo, em média 50%. O PGT é a principal técnica complementar da FIV. Com ele é possível avaliar a qualidade genética do embrião. É principalmente indicado para casais que sabem que possuem doença genética que pode ser transferida aos descendentes.

O fato de a causa da infertilidade não ter sido encontrada nem sempre quer dizer que existe algum problema ou que ele não pode ser solucionado. Por isso, é importante procurar um especialista se após um ano ou mais de tentativas, sem o uso de contraceptivos, não houver concepção.

Mesmo diante do diagnóstico da ISCA é possível aumentar as chances de engravidar.

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