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Inseminação artificial: veja se ela é indicada para você

por Dr. Augusto Bussab



"A IA (inseminação artificial) foi a principal técnica de reprodução assistida até o final da década de 1970, quando a FIV (fertilização in vitro) foi desenvolvida e, em 1979, nasceu o primeiro bebê cuja fecundação foi realizada por essa técnica. Atualmente, o termo inseminação artificial […]"
Inseminação artificial: veja se ela é indicada para você

A IA (inseminação artificial) foi a principal técnica de reprodução assistida até o final da década de 1970, quando a FIV (fertilização in vitro) foi desenvolvida e, em 1979, nasceu o primeiro bebê cuja fecundação foi realizada por essa técnica.

Atualmente, o termo inseminação artificial vem sendo sistematicamente substituído pelo termo inseminação intrauterina, ou IIU, mais específico e por isso mais facilmente distinguível da FIV.

A escolha da técnica de reprodução assistida mais adequada para cada caso deve ser direcionada pelo diagnóstico que determinou a infertilidade. Por isso, conhecer as indicações de cada uma das técnicas é importante para aumentar as chances de gestação.

O objetivo deste texto é mostrar quais as principais situações em que a IA é indicada como a melhor abordagem para levar um casal, com problemas reprodutivos, a ter filhos.

O que é IA (inseminação artificial)?

A IA é uma técnica de reprodução assistida de baixa complexidade que consiste em introduzir uma amostra de sêmen previamente coletada e preparada em laboratório no interior da cavidade uterina com o objetivo de aumentar o potencial de fecundação desses espermatozoides.

Quais são as indicações e contraindicações da IA?

As indicações e contraindicações da IA são determinadas tanto pelas restrições impostas pela metodologia da técnica quanto pelo funcionamento da doença ou condição que levou ao quadro de infertilidade conjugal.

Como na IA a fecundação ocorre dentro do corpo da mulher, é importante que as tubas uterinas estejam íntegras e também que o endométrio não apresente alterações relevantes, permitindo que a fecundação e a fixação do embrião ocorram sem maiores problemas.

Da mesma forma, em razão de a amostra de sêmen na IA ser obtida por masturbação, é imprescindível que o quadro de infertilidade conjugal não seja causado por problemas que obstruam o cordão espermático e impeçam que os espermatozoides componham o líquido ejaculado.

Vamos compreender de forma mais detalhada em quais situações a IA pode ser indicada.

ISCA (infertilidade sem causa aparente)

 

A ISCA indica que não foi possível determinar os motivos pelos quais um casal não está conseguindo ter filhos. Isso acontece quando, após a investigação das causas da infertilidade, não foi identificada qualquer alteração relevante que justificasse esse quadro.

Nesses casos, a trajetória de escolha das técnicas de reprodução assistida costuma buscar procedimentos progressivamente mais complexos. Assim, é comum que um casal com ISCA recorra à IA após a realização de ciclos malsucedidos de RSP (relação sexual programada), mas na maioria dos casos o casal tenta RSP e depois a FIV.

Irregularidades na ovulação (oligovulação)

Alguns casos de irregularidades ovulatórias leves também podem ser atendidos pela IA, especialmente porque as duas etapas iniciais dessa técnica preveem a estimulação ovariana, que potencializa o ciclo reprodutivo natural, e a indução da ovulação, que auxilia o rompimento do folículo para a liberação do óvulo.

No entanto, é preciso cuidar que distúrbios ovulatórios mais severos, como aqueles decorrentes da SOP (síndrome dos ovários policísticos) e da endometriose ovariana (endometriomas), sejam devidamente descartados, já que os protocolos de estimulação ovariana da IA utilizam doses baixas de hormônios sexuais.

Alterações seminais

A IA é mais indicada para infertilidade masculina leve. Isso significa que não pode haver um comprometimento grave dos parâmetros seminais, já que a IA precisa de uma quantidade mínima de gametas para fazer a fecundação.

O desenvolvimento das técnicas de preparo seminal foi fundamental para aumentar as taxas de sucesso da IA, possibilitando o descarte dos espermatozoides de baixa qualidade e aumentando as chances de gestação.

Mulheres que desejam uma gestação independente

Muitas mulheres hoje desejam realizar o sonho de ter filhos, mas não querem um parceiro. A reprodução assistida oferece essa possibilidade.

Quando essas mulheres não apresentam problemas relacionados à infertilidade, a IA é a abordagem com melhor custo-benefício, e pode ser realizada com sêmen doado, obtido em bancos de sêmen.

Mulheres em união homoafetiva que desejam ter filhos

Em 2013, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou a realização de reprodução assistida para atender a demanda de casais em união homoafetiva que desejam ter filhos.

Para as uniões homoafetivas femininas, além da FIV, também a IA oferece boas taxas de sucesso e bom custo-benefício. Nesses casos, a fecundação também deve ser realizada com sêmen de um doador.

Como é feita a inseminação artificial?

A primeira etapa da IA é a estimulação ovariana, que tem início no primeiro dia do ciclo menstrual e consiste na administração de doses diárias das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) para estimular o crescimento dos folículos ovarianos.

Essa etapa deve ser monitorada por ultrassonografia transvaginal, para que seja possível identificar quando os folículos antrais chegam ao final do seu processo de crescimento.

Nesse momento, tem início a segunda etapa da IA, em que a mulher recebe uma dose única de hCG (gonadotrofina coriônica humana) com o objetivo de induzir a ovulação.

Simultaneamente a essa etapa, deve ser realizada a coleta de espermatozoides para serem inseminados no útero. A coleta é feita por masturbação e a amostra de sêmen é encaminhada para o laboratório.

É nesse momento que o preparo seminal pode ser realizado, permitindo a seleção dos gametas masculinos mais saudáveis.

As células reprodutivas selecionadas são, então, inseminadas no interior da cavidade uterina da mulher, por via transvaginal, com auxílio de uma agulha especial ligada a um cateter. Recomenda-se que a mulher faça repouso por pelo menos uma hora após o procedimento.

E se a inseminação artificial não funcionar?

Quando o casal que procura auxílio da medicina reprodutiva para ter filhos apresenta um diagnóstico de infertilidade que não pode ser atendido pela IA, a saída mais aconselhada é a FIV (fertilização in vitro).

A FIV é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade, que atende à demanda da maior parte dos casos de infertilidade, e também para aqueles em que homens ou mulheres desejam viver a maternidade ou a paternidade de forma independente, além de proporcionar aos casais homoafetivos, de ambos os sexos, a possibilidade de gerar filhos biológicos.

Quais são as taxas de sucesso da IA e da FIV?

As taxas de sucesso da IA, quando indicada para os casos adequados, é de aproximadamente 18% a 20% de chance de engravidar a cada ciclo.

Para a FIV, essas taxas aumentam para cerca de 40%, alcançando o patamar de 70% de chance de conseguir uma gestação, dependendo do caso.

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