Com a evolução da reprodução assistida, diversas técnicas surgiram para permitir que casais com dificuldades de engravidar realizassem o sonho de ter filhos. Dentre as principais delas, destacam-se a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV).
Apesar de serem bastante conhecidas, ambas são muito confundidas e cercadas de mitos. Foi para esclarecer o assunto que respondemos aqui as principais dúvidas sobre esses dois procedimentos.
Continue a leitura e entenda a diferença entre inseminação artificial e FIV.
O que é inseminação artificial?
É a técnica que introduz o sêmen no útero por meio de um cateter para facilitar o encontro dos espermatozoides com o óvulo, a fecundação, e permitir a gestação natural.
O que é fertilização in vitro?
A FIV é um procedimento em que os óvulos e os espermatozoides são coletados de forma independente e fecundados em laboratório, fazendo com que um embrião se forme. Após esse processo, o embrião é transferido para o útero, e a gravidez segue seu curso natural.
Qual a principal diferença entre inseminação artificial e FIV?
Na inseminação artificial, os espermatozoides precisam se locomover até o óvulo e a fecundação ocorre dentro do corpo da mulher.
Já na FIV, os óvulos e os espermatozoides são colocados juntos em uma placa de Petri ou o espermatozoide é injetado dentro do óvulo pela técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), portanto a fecundação ocorre em laboratório.
Qual técnica é melhor?
Depende. A inseminação artificial é mais simples e mais barata, mas nem sempre é suficiente para que a gravidez ocorra. Ela atinge sucesso em aproximadamente de 25% a 30% dos casos.
Já a FIV é mais complexa, mais cara e demanda a realização de um procedimento cirúrgico para a coleta de óvulos. No entanto, atinge taxas de sucesso mais altas: 45% em média.
Isso significa que a FIV é a técnica mais indicada para os casais que querem engravidar?
Depende do casal. O mais importante é passar pela avaliação de um especialista em reprodução humana para que a causa da infertilidade seja determinada e o melhor tratamento possa ser escolhido.
Quando a inseminação artificial é indicada?
Em geral, a inseminação artificial é a melhor opção quando a infertilidade é provocada por pequenas alterações no sêmen ou distúrbios da ovulação — como na sÃndrome dos ovários policÃsticos, por exemplo —, que podem ser resolvidos com o uso de medicamentos que induzem a liberação de óvulos.
A técnica também pode ser usada por casais homoafetivos femininos ou por mulheres solteiras que querem engravidar com o uso de sêmen de um doador.
Quando a FIV é indicada?
Quando há fatores que impedem o encontro do óvulo com o espermatozoide dentro do corpo da mulher. Isso pode ocorrer por:
- obstruções das trompas, como é o caso da endometriose grave;
- ausência de ovulação por menopausa precoce, idade avançada da mulher ou baixa reserva ovariana;
- alterações graves no sêmen relacionadas à  quantidade ou motilidade dos espermatozoides, como a azoospermia;
- erros genéticos que provocam doenças graves no bebê e tornam necessária uma seleção do embrião antes da implantação;
- uso de óvulos doados, congelados ou de útero de substituição (barriga de aluguel).
​A FIV também é a técnica recomendada para casais homoafetivos masculinos.
Agora que você entendeu a diferença entre inseminação artificial e FIV, aproveite para conferir o passo a passo da fertilização in vitro!
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