A reprodução assistida (RA) reúne vários métodos de tratamento para casais com dificuldade de engravidar, não só por diagnóstico de infertilidade, como em razão de outras condições que impedem a concepção natural. Nesse sentido, os casais homoafetivos foram beneficiados com a popularização de técnicas como inseminação artificial e FIV (fertilização in vitro).
A inseminação intrauterina (IIU) é uma das alternativas mais indicadas para casais homoafetivos femininos. Já os homens precisam aderir a procedimentos mais detalhados, como a FIV. Ao longo deste post, você vai entender um pouco mais sobre esse assunto, principalmente sobre como é realizada a inseminação artificial. Confira!
A reprodução assistida
A ciência da medicina reprodutiva avançou consideravelmente nas últimas décadas, tornando real, para muitas pessoas, o sonho de ter um filho. Em resumo, a reprodução assistida engloba uma série de técnicas — aplicadas por profissionais capacitados, em clÃnicas especializadas — para tratamento de infertilidade feminina e masculina.
Os diferentes procedimentos da RA vão desde intervenções de menor complexidade até as técnicas mais avançadas, como a FIV. Para saber qual tratamento é mais adequado para cada situação, os pacientes passam por diversos exames diagnósticos e têm o seu quadro detalhadamente avaliado.
Entre os tratamentos utilizadas na reprodução assistida, estão: FIV; inseminação artificial; doação de óvulos e espermatozoides; útero de substituição; criopreservação de gametas e embriões, entre muitas outras técnicas.
A inseminação artificial como alternativa para casais homoafetivos femininos
Um dos tratamentos mais conhecidos no campo da medicina reprodutiva, a inseminação artificial, ou inseminação intrauterina, é considerada uma técnica de baixa complexidade. Para a realização desse tratamento, não é necessário recorrer a uma estrutura laboratorial com equipamentos especÃficos para a fertilização, como nos processos de FIV.
A inseminação artificial consiste na introdução de uma amostra de esperma diretamente no útero da paciente. Os gametas masculinos utilizados são recebidos por meio de doação e previamente analisados e preparados em laboratório. Conforme a resolução 2168, que normatiza os procedimentos de RA, doadores e receptores não podem conhecer a identidade uns dos outros.
Para realização da IIU, é necessário que a paciente esteja em idade fértil e que não tenha problemas de fertilidade. Esse tipo de tratamento é indicado, principalmente, para mulheres que buscam reprodução independente e para casais homoafetivos femininos.
Como as mulheres já têm útero e óvulos, a inseminação artificial se torna um tratamento de fácil realização. Para os casais homoafetivos masculinos, é necessário passar para uma técnica mais elaborada, visto que os pacientes precisarão ainda de doação de óvulos e útero de substituição. Casais heteroafetivos com algum fator de infertilidade, também precisam recorrer à fertilização in vitro.
A realização da inseminação intrauterina
Até o momento do tão esperado teste de gravidez positivo, a paciente que se submete à IIU passa por algumas etapas. Primeiramente, são necessárias investigações diagnósticas para identificar as condições de saúde da futura mãe.
Os exames permitem avaliar se há alguma disfunção no aparelho reprodutor que possa impedir a gestação. Por exemplo, pelo menos uma das tubas uterinas precisa estar em perfeito funcionamento para que a inseminação seja realizada com êxito.
Outra etapa do tratamento inclui acompanhar o crescimento dos folÃculos ovarianos, por meio de ultrassonografias, para que a IIU seja feita somente quando os óvulos estiverem prontos para a fecundação. A indução à ovulação também faz parte desse processo e depende da ação de medicamentos hormonais para aumentar as chances de sucesso do procedimento.
Enquanto a paciente é acompanhada até o estágio ideal de ovulação, o esperma doado também é preparado. É, então, realizada uma análise da amostra do sêmen do doador para selecionar os espermatozoides que apresentam boa motilidade e que possam favorecer a fertilização.
Após todas as etapas descritas, a inseminação artificial é finalizada com a introdução da amostra de sêmen no útero da paciente. O procedimento é feito em uma sala adequada, com a ajuda de um espéculo que mantém a abertura do canal vaginal — como no exame de papanicolau — e de uma cânula, isto é, um objeto alongado, utilizado para depositar os espermatozoides através do colo uterino.
As chances de sucesso do procedimento
As chances de sucesso da IIU, assim como em outros tratamentos, dependem de alguns fatores, como: idade da paciente; qualidade do material genético masculino; saúde dos órgãos reprodutores da mulher — problemas como alterações nas tubas uterinas e endometriose, por exemplo, podem prejudicar o procedimento.
As taxas de êxito dessa técnica ficam entre 15 e 20% para as mulheres mais jovens. Pacientes com mais de 37 anos têm suas chances reduzidas a pouco mais de 6%. Quando tentativas repetidas não produzem o resultado esperado, a FIV se torna a melhor alternativa, principalmente nos casos de idade avançada, obstrução tubária, endometriose grave, entre outras condições.
Um ponto a favor da FIV, para os casais homoafetivos femininos, é que ambas as parceiras podem participar da gestação. Isso porque é possÃvel utilizar os óvulos de uma das mulheres para que sejam fecundados e transferidos para o útero da outra.
Seja por meio da inseminação artificial, seja com o procedimento da fertilização in vitro, o fato é que as técnicas da medicina reprodutiva aumentam as possibilidades de gravidez para muitos casais.
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