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Infertilidade conjugal: como a reprodução assistida pode ajudar?

por Dr. Augusto Bussab



"A OMS (Organização Mundial da Saúde) define saúde como o estado de bem-estar físico, mental e social de um indivíduo, não apenas a ausência de doença, e isso inclui a saúde reprodutiva, por vezes prejudicada pela infertilidade conjugal. A gravidez é o resultado de um processo […]"
Infertilidade conjugal: como a reprodução assistida pode ajudar?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) define saúde como o estado de bem-estar físico, mental e social de um indivíduo, não apenas a ausência de doença, e isso inclui a saúde reprodutiva, por vezes prejudicada pela infertilidade conjugal.

A gravidez é o resultado de um processo que envolve várias etapas. Para engravidar, o corpo da mulher deve liberar um óvulo de um de seus ovários, o espermatozoide do homem deve fertilizar o óvulo, e esse óvulo fertilizado – o embrião – deve passar pelas tubas uterinas (antes chamadas de trompas de Falópio) em direção ao útero. Então, o embrião deve aderir à camada interior do útero, o endométrio, processo conhecido como implantação embrionária ou nidação.

A infertilidade pode resultar de um problema com qualquer uma ou várias dessas etapas, podendo ser desencadeada por uma ampla gama de fatores.

Para compreender melhor o que é infertilidade conjugal e como as técnicas de reprodução assistida podem ajudar o casal infértil a engravidar, continue a leitura deste texto.

O que é infertilidade conjugal?

Em termos práticos, trata-se do insucesso de engravidar com tentativas regulares sem o uso de métodos contraceptivos no período de um ano – se a mulher tiver menos de 35 anos – ou de seis meses, caso tenha mais do que 35 anos. A infertilidade conjugal é diagnosticada após o casal passar por consultas médicas e exames para identificar os problemas que estão causando a condição.

Mesmo em situações nas quais há gravidez, porém não se consegue levá-la em frente (como ocorre nos casos de abortos de repetição), é possível haver o diagnóstico de infertilidade conjugal.

Quando um ou ambos os parceiros não tiveram filhos anteriormente e é determinada a infertilidade, essa é a chamada infertilidade primária. Já quando houve o nascimento de um filho previamente, mas, depois disso foi identificado o problema de fertilidade, a infertilidade é classificada como secundária.

Ainda, a infertilidade conjugal também pode ser temporária, quando é reversível, ou permanente, casos em que não é possível revertê-la. Porém, nessa situação, pode haver alternativa para superação por meio de técnicas de reprodução assistida.

Hoje, a infertilidade é um dos principais problemas de saúde pública mundial. Entretanto, é importante saber que infertilidade não é sinônimo de esterilidade (ou seja, a incapacidade clinicamente diagnosticada de engravidar).

Como é feito o diagnóstico da infertilidade?

É necessário fazer uma investigação detalhada, que inicia com o exame físico, seguido pela solicitação de outros, laboratoriais ou de imagem, para, então, chegar-se ao diagnóstico.

O fato é que a infertilidade é um problema complexo, que pode ser causado por muitas razões, incluindo genética, doenças, estilo e hábitos de vida, traumas, entre outras.

Oligozoospermia, má qualidade do sêmen, baixa motilidade espermática, defeitos anatômicos como bloqueio nos canais deferentes, infecções que levam à inflamação das vesículas seminais, epidídimos ou próstata e anormalidades genéticas como a síndrome de Klinefelter podem estar entre as causas da infertilidade masculina.

Por sua vez, ovulação irregular, síndrome dos ovários policísticos (SOP), má qualidade do óvulo e obstrução das tubas uterinas devido a infecções ou endometriose são algumas das causas da infertilidade feminina.

Assim, em caso de suspeita de infertilidade masculina, o médico poderá iniciar a investigação solicitando um espermograma, para verificar o volume seminal e a quantidade e qualidade dos espermatozoides e, a partir daí, determinar os próximos passos.

Já para o diagnóstico feminino, comumente a investigação inicia com a avaliação da reserva ovariana, exame que determina a quantidade de folículos com capacidade para ovular. Os folículos são como bolsas que ficam nos ovários e guardam os óvulos. Cada folículo tem um óvulo.

Em ambos os casos, exames de sangue também podem ser requisitados para avaliar a dosagem hormonal e ajudar no diagnóstico.

Assim, se há suspeita de infertilidade conjugal, é fundamental procurar por uma clínica especializada.

Reprodução assistida: recomendações em casos de infertilidade conjugal

Após o diagnóstico e a identificação do fator causador, em muitos casos é possível reverter o problema de fertilidade realizando o tratamento da doença que o ocasionou.

Entretanto, pode ocorrer de tal abordagem não surtir os efeitos esperados ou o fator causador não ser tratável por meio de medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. Nessas situações, as técnicas de reprodução assistida, incluindo a relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV), podem ser indicadas.

As técnicas de reprodução assistida são os mais indicados para o tratamento da infertilidade. Pesquisas indicam que mais de 5 milhões de bebês nasceram com o auxílio desse tipo de tratamento.

De fato, as técnicas de reprodução assistida causaram uma revolução no tratamento da infertilidade, dando novas esperanças para os casais tentantes. Podem ser indicadas diretamente, como tratamento primário, dependendo das causas da infertilidade conjugal, incluindo também a recomendação para casais homoafetivos e pessoas solteiras que buscam maneiras de realizar o sonho de ter filhos.

A indicação é feita com base nos fatores que contribuem para a infertilidade, a idade da paciente, a preferência de tratamento do casal, entre outros.

Entre as técnicas que podem ser indicadas em situações de infertilidade conjugal estão:

Inseminação artificial

Na inseminação artificial (IA), o sêmen do parceiro (ou do doador) é depositado no útero da mulher em momento próximo da ovulação. Esse sêmen passa, antes, por técnicas de preparo seminal para capacitação desses espermatozoides.

Essa técnica, considerada de baixa complexidade, começa com a estimulação ovariana e, se não houver sucesso após algumas tentativas, a fertilização in vitro (FIV) pode ser indicada, que é uma técnica de alta complexidade e oferece melhores taxas de sucesso.

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV, considerada a principal técnica de reprodução assistida, prevê o manuseio in vitro (em laboratório, fora do corpo humano) de óvulos e espermatozoides para a fecundação.

O processo envolve a coleta de óvulos e espermatozoides, que serão fecundados. Os embriões formados são transferidos para o útero da mulher, de acordo com as regras do Conselho Federal de Medicina.

Hoje, a fertilização in vitro é usada para tratar muitos casos de infertilidade, particularmente os mais graves, como mulheres com endometriose avançada e homens com problemas graves na quantidade e qualidade de espermatozoides.

As etapas de um ciclo de tratamento de fertilização in vitro são: estimulação ovariana e indução da ovulação; aspiração folicular e coleta dos espermatozoides, com preparo seminal; fecundação; cultivo embrionário; e transferência embrionária.

Se você quer saber mais informações sobre a FIV, toque aqui.


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