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Infertilidade feminina: a cólica menstrual pode ser sintoma de infertilidade?

por Dr. Augusto Bussab



"Grande parte das mulheres sofre com cólicas menstruais, seja de alta ou baixa intensidade. Apesar de ser um desconforto normal, em algumas situações essas dores podem ser sintomas de algo mais grave. Dores intensas e incapacitantes podem indicar problemas que causam infertilidade, como a endometriose. […]"
Infertilidade feminina: a cólica menstrual pode ser sintoma de infertilidade?

Grande parte das mulheres sofre com cólicas menstruais, seja de alta ou baixa intensidade. Apesar de ser um desconforto normal, em algumas situações essas dores podem ser sintomas de algo mais grave.

Dores intensas e incapacitantes podem indicar problemas que causam infertilidade, como a endometriose. É necessário que se faça uma investigação a fim de determinar a causa dessas dores, para que seja possível definir o melhor tratamento o quanto antes.

Neste conteúdo você terá mais informações sobre o que são as cólicas menstruais e como elas podem interferir na fertilidade da mulher. Leia:

O que são cólicas menstruais?

As cólicas menstruais podem surgir aproximadamente entre seis meses a um ano após a menarca, e costumam ser irregulares neste período.

É comum o surgimento delas um pouco antes ou no momento em que o sangramento se inicia a cada ciclo, durando cerca de 3 dias. Podem começar fortes e melhorarem com o passar do tempo ou continuarem incomodando, dando alguns momentos pequenos de trégua.

Normalmente, as cólicas são mais intensas e comuns nos 3 primeiros anos após a primeira menstruação e costumam melhorar depois dos 20 anos ou após a gestação e o parto.

Ao longo do tempo, as mulheres foram intimidadas, sendo levadas a acreditarem que a menstruação era algo constrangedor. Com isso, muitas vezes elas se sentam obrigadas a esconder seu desconforto para não tocar no assunto, inclusive com seus médicos.

Hoje há um extenso trabalho de empoderamento feminino e naturalização da menstruação e todos os assuntos que a envolvem. É muito importante que as pacientes se sintam à vontade para informar ao médico a sua condição, seu nível de dor e com que frequência ela aparece em sua vida.

Quais são as causas das cólicas?

Um excesso de prostaglandinas — compostos liberados pelo endométrio durante a preparação para sua eliminação — é um possível causador das temidas cólicas. Elas auxiliam o útero na contração e relaxamento para que o endométrio possa descamar e vir a ser eliminado na menstruação.

É um processo normal no ciclo, porém, quando em excesso, causa dor intensa e desconforto durante as contrações fortes do útero.

Outro ponto fundamental, é o fato de o fluxo sanguíneo ser reduzido e o suprimento de oxigênio para o tecido muscular do útero diminuir, causando assim as dores.

Uma das causas dessas fortes cólicas é a endometriose, uma doença muito comum entre mulheres em idade reprodutiva e que pode causar a infertilidade.

Ainda não é possível explicar o motivo de algumas mulheres sentirem essas cólicas e outras não. Alguns fatores podem indicar quando elas estarão predispostas a passarem por isso e são: aquelas que tiveram uma menarca precoce; as que possuem sangramentos intensos e de longa duração e aquelas que têm seus ciclos irregulares.

Algumas situações pessoais também podem influenciar, como a idade (geralmente atinge mulheres com idade inferior a 30 anos), tabagismo, baixo peso, infecção pélvica e esterilização.

Como diminuir ou aliviar as cólicas menstruais?

Uma das principais alternativas para as mulheres com este problema é o uso de métodos contraceptivos hormonais, como o anticoncepcional. Ele age impedindo o acúmulo e a descamação do endométrio.

Porém, algumas mulheres optam por não tomar esses remédios, principalmente em casos em que desejam engravidar.

Neste caso, algumas atitudes podem auxiliar na diminuição da dores intensas e desconforto causado pelas cólicas. São eles:

  • Calor: uma bolsa térmica ou panos quentes na região abdominal;
  • Mudanças na alimentação: uma dieta com baixo teor de gordura e rica em vegetais;
  • Alívio do estresse: pessoas estressadas têm mais chances de sentir dores de cólicas;
  • Prática de atividades físicas: os exercícios auxiliam aumentando o fluxo sanguíneo para o abdômen;
  • Evitar o uso do cigarro: o fumo aumenta as chances de a mulher passar por este desconforto e esse risco tende a aumentar com o tempo, caso ela não pare de fumar;
  • Autocuidado: conversar sempre com seu médico, procurar atividades que lhe façam bem ou realizar uma massagem abdominal também podem ser boas opções.

Adotando essas práticas, é possível reduzir a inflamação, aumentar o fluxo sanguíneo, bloquear a dor e limitar a produção de prostaglandina. Em casos mais graves quando a paciente possui a endometriose, é necessário que se faça o tratamento, a fim de aliviar os sintomas e evitar a infertilidade.

Quando as cólicas são consideradas incomuns?

Por serem normais durante este período, algumas mulheres acabam não dando a devida importância ou não sabendo identificar quando há a necessidade de procurar um médico.

Em casos em que as cólicas forem tão intensas a ponto de não amenizarem com o uso de analgésicos ou quando afetarem sua rotina e te impedirem de realizar coisas normais do dia a dia como trabalhar e estudar, é preciso que se procure ajuda médica.

Também é indicado o auxílio de um médico quando as dores surgirem abruptamente, de forma intensa e com duração elevada.

Quando as cólicas menstruais indicarem uma doença, como a endometriose, é possível realizar seu tratamento por meio de medicamentos ou cirurgia. Quando não houver sucesso e, ainda assim, a mulher não conseguir engravidar, são indicadas as técnicas de reprodução assistida.

Saiba mais sobre a infertilidade feminina na leitura do texto sugerido aqui no site.


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