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Idade e infertilidade feminina: há mesmo relação?

por Dr. Augusto Bussab



"É comum a todas as mulheres a diminuição da fertilidade com o passar dos anos. Isso acontece porque todas já nascem com a quantidade total de óvulos que terá em toda a sua vida, e a cada ciclo menstrual este número diminui. Aos 30, essa […]"
Idade e infertilidade feminina: há mesmo relação?

É comum a todas as mulheres a diminuição da fertilidade com o passar dos anos. Isso acontece porque todas já nascem com a quantidade total de óvulos que terá em toda a sua vida, e a cada ciclo menstrual este número diminui. Aos 30, essa queda passa a ser ainda mais acentuada e diminui as chances de gravidez.

Os óvulos diminuem em quantidade e qualidade e a gestação natural fica um pouco mais distante. Quando é alcançada, seus riscos são maiores, podendo haver malformações, síndromes ou mesmo abortos espontâneos.

Um procedimento que pode auxiliar a evitar esses riscos é a avaliação de reserva ovariana. Funciona como um tipo de “previsão da longevidade feminina” e é realizado por meio de alguns testes.

Saiba mais sobre essa avaliação e como a idade da mulher influencia a fertilidade feminina.

Reserva ovariana

A reserva ovariana é a quantidade de folículos existentes no ovário em uma determinada idade.

É importante ter conhecimento desses números quando a mulher for passar por procedimentos de reprodução assistida, pois seu sucesso está ligado, de certa forma, à reserva ovariana da mulher.

Existem algumas formas de avaliar essa reserva, entre elas estão:

  • Observar a dosagem do hormônio folículo estimulante (FSH) no sangue. Quanto mais alto, menor é a reserva ovariana;
  • Dosagem do hormônio antimülleriano no sangue. Quanto menor for, menor a reserva;
  • Quantidade de inibina B, semelhante ao antimülleriano. Quanto menor esse número, menor é a reserva;
  • Contagem dos folículos ovarianos por ultrassonografia quando a mulher estiver próxima da menstruação. Quanto maior for esse número, maior a reserva ovariana.

É um aspecto que depende do número inicial de folículos que a mulher possui e da velocidade com que eles são perdidos ao longo do tempo.

A quantidade de folículos depende de alguns fatores genéticos. Já a velocidade da diminuição pode ter influência de alguns aspectos ambientais, como a exposição a ambientes muito tóxicos — como a quimioterapia, radiações, entre outros.

Infertilidade

Quando um casal passa um ano tentando engravidar sem utilizar métodos contraceptivos e não obtém sucesso, chamamos de infertilidade. Em casos de mulheres acima de 35 anos, esse tempo é reduzido para seis meses.

Ainda assim, não é necessário desistir totalmente da maternidade pelo fato de a reserva ovariana ser reduzida, já que isso não impossibilita a mulher de alcançar a gravidez.

Sabendo dessa dificuldade para engravidar por meios naturais com o avançar da idade, sugere-se a procura de um médico para que ele auxilie na busca pela reprodução e indique a melhor opção.

Tratamentos de infertilidade feminina

Em alguns casos não são necessários tratamentos de alta complexidade. Fazer o regulamento de vitaminas e hormônios e realizar alterações na dieta da paciente pode ser o suficiente para obter sucesso.

Já em outros casos, aplicam-se procedimentos mais complexos. Existem técnicas muito avançadas de reprodução assistida que permitem um conforto maior à mulher e um apoio para aquelas que já estão fragilizadas pela frustração da busca pela gravidez.

As técnicas de reprodução assistidas que existem atualmente são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). Ainda, é possível utilizar procedimentos complementares como a doação de gametas, entre outros.

O importante nesta situação é tentar manter a calma para analisar todas as possibilidades tranquilamente e escolher a opção mais adequada para o casal.

Alguns hábitos podem também ajudar ao casal na preservação da fertilidade, pois manter o corpo e a mente saudáveis pode auxiliar na manutenção da saúde dos indivíduos, incluindo a saúde sexual. Entre eles podemos listar aqui:

  • Parar o consumo de cigarro e de outras drogas: algumas toxinas encontradas neles são prejudiciais ao organismo e isso inclui o risco de desenvolver um câncer e comprometer a qualidade dos espermatozoides e óvulos;
  • Medicamentos: é importante ficar atento ao uso de alguns medicamentos, pois eles podem alterar a produção de gametas, tanto masculinos quanto femininos. Deve-se conversar com seu médico para que ocorra a alteração de dosagem adequada do uso desses remédios;
  • Alimentação balanceada: auxilia na manutenção do corpo saudável, mantendo um equilíbrio;
  • Prática de exercícios físicos: aliada à prática da boa alimentação, praticar exercícios ajuda a manter o peso ideal, tendo em vista que obesidade influencia nos níveis hormonais, causando a síndrome metabólica, e a magreza em excesso interrompe a ovulação da mulher.

Preservação social da fertilidade

No caso de mulheres que planejam engravidar perto ou depois dos 35 anos ou daquelas que não têm planos de engravidar, mas querem ter essa possibilidade no futuro, a opção mais indicada é a preservação social da fertilidade por meio da criopreservação de óvulos.

É possível coletar uma quantidade de óvulos, selecionar os mais saudável e congelá-los por alguns anos. Assim, quando a mulher decidir engravidar, ela tem seus óvulos preservados e com a mesma qualidade que tinham antes do congelamento.

Alinhando todas as informações passadas neste texto, é possível compreender melhor a influência da idade da mulher na infertilidade e como ela pode buscar alternativas para mudar esta situação e conseguir engravidar.

O importante é não desistir no primeiro obstáculo e saber que existem outras opções viáveis para a realização do sonho de serem pais, seja por métodos naturais ou laboratoriais.

Aqui no site, você também encontra mais sobre a infertilidade feminina e quais outros fatores podem comprometer ou interferir na gravidez.

 


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