Dr. Augusto Bussab | Reprodução Humana | WhatsApp
Ebook SOP Baixe agora o e-book sobre Síndrome dos Ovários Policísticos e entenda tudo sobre essa doença! Clique Aqui!
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta agora! Clique Aqui!

FIV: conheça as 5 etapas para engravidar

por Dr. Augusto Bussab



"Muitos casais, cujo planejamento familiar inclui filhos biológicos, podem apresentar dificuldades quando dão início às tentativas para engravidar, gerando preocupação com a possibilidade de um diagnóstico de infertilidade conjugal. A infertilidade conjugal pode ser decorrente de quadros de infertilidade masculina, inclusive assintomática, de infertilidade feminina, […]"
FIV: conheça as 5 etapas para engravidar

Muitos casais, cujo planejamento familiar inclui filhos biológicos, podem apresentar dificuldades quando dão início às tentativas para engravidar, gerando preocupação com a possibilidade de um diagnóstico de infertilidade conjugal.

A infertilidade conjugal pode ser decorrente de quadros de infertilidade masculina, inclusive assintomática, de infertilidade feminina, ou da associação desses dois fatores.

Algumas vezes não é possível identificar as causas da infertilidade conjugal, situações denominadas ISCA (infertilidade sem causa aparente).

Entretanto, atualmente a reprodução assistida – com destaque para a FIV (fertilização in vitro) – oferece saídas para praticamente todos os casos de infertilidade.

Assim como as demais técnicas de reprodução assistida, a FIV é dividida em etapas sequenciais, em que o sucesso de uma fase, depende de que as etapas anteriores tenham sido igualmente bem-sucedidas.

Acompanhe a leitura do texto a seguir e conheça melhor quais são as 5 etapas da FIV para conseguir uma gestação.

O que é a FIV (fertilização in vitro)?

A FIV é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade, que realiza a fecundação fora do corpo da mãe, em laboratório, de forma controlada, com posterior transferência dos embriões, já em processo de desenvolvimento, para a cavidade uterina.

Essa é considerada a técnica mais abrangente e com melhores taxas de gestação, quando comparada com a RSP (relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial), e pode ser indicada para as mais diversas demandas reprodutivas.

Como é feita a indicação para FIV?

Assim como acontece com as demais técnicas de reprodução assistida, a investigação sobre as causas da infertilidade deve sempre preceder a indicação da FIV, inclusive para identificar a necessidade de utilizar as técnicas complementares tratamento, como preparo seminal, preparo endometrial, PGT (teste genético pré–implantacional), entre outras.

Após o estabelecimento de um diagnóstico mais preciso sobre a infertilidade conjugal, a FIV costuma ser indicada para casos de infertilidade masculina severa, incluindo azoospermia obstrutiva ou não obstrutiva, e para infertilidade feminina por anovulação, obstrução tubária e problemas com a receptividade endometrial.

A FIV pode ser indicada também para casais homoafetivos e pessoas solteiras que desejam ter filhos biológicos, assim como as que precisam passar por tratamentos oncológicos e desejam preservar a fertilidade. Mulheres que desejam adiar a maternidade podem recorrer à preservação da fertilidade.

Quais são as 5 etapas para engravidar com a FIV?

Como as demais técnicas de reprodução assistida, a FIV também é dividida em etapas. Nesse caso, são cinco: estimulação ovariana e indução da ovulação, punção folicular e preparo seminal, fecundação em laboratório, cultivo embrionário e transferência dos embriões. Vamos conhecer um pouco melhor cada uma delas.

Estimulação ovariana

Etapa compartilhada também com as demais técnicas de reprodução assistida, a estimulação ovariana na FIV é feita, contudo, com protocolos que incluem dosagens mais robustas dos medicamentos hormonais para estimular a ovulação.

São administradas versões sintéticas das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) ou análogos do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), substâncias que agem em regiões específicas do sistema nervoso central, estimulando os ovários a desenvolver e amadurecer um número maior de folículos.

A estimulação ovariana deve ser monitorada por ultrassonografia transvaginal, que indica o momento ideal para realizar a coleta de dos folículos maduros.

Punção folicular e preparo seminal

A coleta dos folículos é feita por punção folicular, um procedimento simples, em que uma agulha especial, conectada a um túbulo com uma seringa em sua outra extremidade, é inserida por via transvaginal até os ovários, de onde punciona os folículos ovarianos por sucção. Os óvulos são, então, preparados e selecionados em laboratório.

Os gametas masculinos podem ser obtidos, na FIV, tanto por masturbação quanto por recuperação espermática. As amostras de sêmen são submetidas ao preparo seminal, que gera subamostras com maior concentração de espermatozoides saudáveis.

Os homens com azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen) podem também obtê-los por recuperação espermática, com as técnicas PESA, MESA, TESE e Micro–TESE.

Fecundação

Após a coleta e seleção dos gametas, a fecundação é realizada em ambiente laboratorial e de forma totalmente controlada.

Na FIV clássica, os gametas são colocados em uma placa de vidro, contendo meio de cultura adequado para que estas células não sejam danificadas no processo, e a fecundação pode acontecer de forma natural.

Porém, esse método é menos utilizada hoje, a preferência é a realização do processo por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Nesse método, cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, possibilitando, assim, mais chances de sucesso e, consequentemente, a formação de um número maior de embriões.

Cultivo embrionário

O cultivo embrionário tem início assim que a fecundação acontece, e dura de 2 a 6 dias após esse evento, etapa de desenvolvimento chamada blastocisto.

Durante essa etapa é possível aplicar o PGT, que rastreia os embriões obtidos em busca de anomalias genéticas que possam inviabilizar a implantação embrionária, a gestação ou até mesmo gerar um bebê com problemas genéticos, hereditários ou não.

Transferência embrionária

A última etapa da FIV é a transferência de embriões, realizada no D5 (blastocisto) ou no D3 (clivagem) do cultivo embrionário, dependendo das especificidades de cada caso.

Para que a transferência seja feita, é necessário que o preparo endometrial tenha ocorrido sem intercorrências, o que pode não acontecer, inclusive, devido à influência da etapa de estimulação ovariana na dinâmica hormonal da mulher.

Nestes casos, realiza-se o freeze–all, um procedimento em que todos os embriões são congelados e a transferência é feita em outro ciclo reprodutivo, que apresente um melhor preparo endometrial.

Após a transferência embrionária, espera-se que ao menos um embrião consiga realizar a implantação embrionária e dar início à gestação.

Taxas de sucesso

As taxas de sucesso da FIV são as maiores entre as técnicas de reprodução assistida, embora seja impossível garantir que a gestação vá obrigatoriamente acontecer após um tratamento com a FIV.

Isso acontece porque alguns fatores podem interferir nas taxas de sucesso dessa técnica, como a idade da mulher e problemas mais severos relacionados à receptividade endometrial, que podem levar à aborto de repetição.

Leia mais sobre a FIV tocando este link.


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Pr¨®xima leitura
Mórula, embrião e blastocisto: qual é a relação?

A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]

Ler mais...