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Exame de sangue beta-hCG

por Dr. Augusto Bussab



"Para os casais que desejam um filho, o teste positivo de gravidez é muito aguardado. Mas você já sabe como funciona o exame de sangue beta-hCG e o que exatamente é avaliado? Existem muitos detalhes sobre esse teste, os quais vamos esclarecer neste post. Antes […]"
Exame de sangue beta-hCG

Para os casais que desejam um filho, o teste positivo de gravidez é muito aguardado. Mas você já sabe como funciona o exame de sangue beta-hCG e o que exatamente é avaliado? Existem muitos detalhes sobre esse teste, os quais vamos esclarecer neste post.

Antes disso, devemos lembrar que quando o casal se depara repetidamente com resultados negativos do teste de gravidez, ao longo de um ano ou mais de tentativas, isso pode ser um indício de infertilidade feminina ou masculina. Nessa situação, é importante procurar um especialista em medicina reprodutiva para realizar uma avaliação detalhada.

Agora, continue a leitura para entender o que é hCG e como é feito o exame de sangue beta-hCG!

hCG e beta-hCG: o que são?

O hCG é um dos hormônios necessários para a manutenção da gestação. Ele começa a ser produzido quando o embrião se prende ao endométrio, tecido que reveste a parte de dentro do útero. A função desse hormônio é manter o corpo-lúteo ativo — para entender o que isso significa vamos relembrar, brevemente, o que acontece durante o ciclo menstrual.

O ciclo feminino é dividido em 3 fases: folicular, ovulatória e lútea. Na primeira fase, os folículos ovarianos começam a se desenvolver, estimulados pelos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH), que são liberados pela glândula hipófise. Na metade do ciclo, um dos folículos atinge o estágio ideal de crescimento, amadurece e se rompe, desencadeando a ovulação.

Na fase ovulatória, então, um óvulo é liberado com a ruptura do folículo mais desenvolvido e é imediatamente captado pela tuba uterina adjacente. Ali, no interior da tuba, os espermatozoides devem encontrar o óvulo para realizar a fecundação que dará origem ao embrião.

A fase lútea é caracterizada pela formação de uma estrutura chamada corpo-lúteo, que resulta das células residuais do folículo ovulado. A função do corpo-lúteo é produzir estrogênio e altas doses de progesterona, hormônios responsáveis por deixar o endométrio receptivo para a implantação embrionária, bem como para a continuidade da gravidez.

Partindo disso, fica mais fácil entender que o exame de sangue beta-hCG é uma ferramenta que analisa os níveis do hormônio hCG no corpo da mulher.

Como é feito o exame de sangue beta-hCG?

O hCG é considerado um importante marcador da gravidez, justamente porque esse hormônio é produzido exclusivamente quando um embrião se implanta no útero — com exceção de raros casos de tumores gonadais que decorrem da proliferação de células germinativas, que também podem ser identificados com o exame de sangue beta-hCG aliado à outras técnicas de investigação diagnóstica.

O beta-hCG identifica e quantifica os níveis do hormônio no corpo da mulher. É feito a partir de amostras de sangue ou de urina, uma vez que o hCG é filtrado pelos rins e parte dele é expelido pelo sistema urinário.

O hormônio hCG tem em sua composição duas grandes moléculas, são as frações alfa e beta. A fração beta tem estrutura única desse hormônio, o que garante a eficácia do exame de sangue beta-hCG. Sua sensibilidade permite a detecção da gravidez a partir de apenas 1 dia de atraso menstrual.

O exame pode ser qualitativo, indicando apenas os resultados “positivo” ou “negativo”, ou pode revelar a concentração do hCG no sangue, sendo assim um teste quantitativo. Nas primeiras semanas de gravidez, os níveis do hormônio aumentam diariamente, e começam a reduzir a partir da 20ª semana.

Alterações no exame de sangue beta-hCG também podem indicar problemas gestacionais, como abortamento, gravidez ectópica e doença trofoblástica.

O beta-hCG também é importante na reprodução assistida?

Sim. O exame de sangue beta-hCG também é necessário para confirmar a gravidez após os tratamentos de reprodução assistida. Além disso, o hormônio hCG tem importante papel na técnica de estimulação ovariana com indução da ovulação.

Todos os tratamentos de reprodução assistida, de baixa e alta complexidade, são iniciados com a estimulação ovariana, são eles: relação sexual programada, inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV). Dependendo do fator de infertilidade, os programas de baixa complexidade também podem ser feitos em ciclos não estimulados, contando apenas com o controle ultrassonográfico da ovulação natural.

A estimulação ovariana é realizada com medicações hormonais que favorecem a função dos ovários, levando ao desenvolvimento de vários folículos. O hCG é administrado para promover a maturação final dos óvulos, quando os folículos estão no tamanho adequado para ovular.

Nos tratamentos com relação sexual programada e inseminação artificial, a ovulação ocorre aproximadamente 35 horas após a administração do hormônio hCG, os óvulos são captados pelas tubas uterinas e a fecundação acontece como no processo natural de reprodução.

Na FIV, os folículos ovarianos são aspirados após a indução com hCG, não permitindo que a ovulação aconteça e os óvulos se dispersem. Após a aspiração folicular, os óvulos são coletados e a fertilização ocorre em laboratório. Os embriões que se formam são transferidos para o útero da paciente depois de 3 a 5 dias de desenvolvimento.

Independentemente da técnica de reprodução utilizada, o exame de sangue beta-hCG é realizado cerca de 2 semanas após o tratamento para confirmar se a implantação foi bem-sucedida, confirmando assim a gravidez.

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