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Espermograma: quando é solicitado?

por Dr. Augusto Bussab



"Quando o casal está tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, ele pode procurar auxílio para investigar as causas da infertilidade. Para isso, existem diversos exames que podem ser solicitados tanto para o homem quanto para a mulher. O espermograma é um deles. […]"
Espermograma: quando é solicitado?

Quando o casal está tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, ele pode procurar auxílio para investigar as causas da infertilidade. Para isso, existem diversos exames que podem ser solicitados tanto para o homem quanto para a mulher. O espermograma é um deles.

O espermograma é o exame padrão para avaliar a fertilidade masculina. Analisa características do sêmen, substância responsável pelo transporte dos espermatozoides até o óvulo, e os espermatozoides, as células reprodutoras masculinas abrigadas no sêmen.

Continue a leitura deste texto até o final para entender mais sobre o espermograma!

O que é espermograma?

O espermograma é um exame realizado para avaliar características do sêmen (análise macroscópica), como volume, liquefação e coloração, e dos espermatozoides (análise microscópica), incluindo concentração, morfologia e motilidade.

É um exame extremamente simples, realizado em laboratório. Geralmente são analisadas três amostras de sêmen coletadas por masturbação com intervalos de mais ou menos sete dias, pois a contagem de espermatozoides pode sofrer uma variação diária.

Veja abaixo os principais critérios analisados pelo espermograma:

Análise macroscópica

  • volume;
  • viscosidade (consistência);
  • pH (acidez);
  • quantidade de frutose, que fornece energia para os gametas;
  • capacidade de coagulação e liquefação;
  • presença de glóbulos brancos, que podem indicar algum tipo de infecção.

Análise microscópica, feita com o auxílio de um microscópio (características dos espermatozoides)

  • concentração: quantidade de espermatozoides por volume de sêmen;
  • morfologia dos espermatozoides: percentual de espermatozoides normais e anormais;
  • motilidade dos espermatozoides: percentual de espermatozoides com motilidade normal;
  • vitalidade dos espermatozoides;
  • número de espermatozoides imaturos.

Qual é a importância do sêmen e dos espermatozoides para a fertilidade masculina?

O sêmen é uma combinação de espermatozoides maduros e fluidos das vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Ele é responsável pelo transporte dos espermatozoides maduros, desde os testículos até o óvulo da mulher.

As vesículas seminais respondem pela produção do fluido seminal que contém aminoácidos, enzimas e frutose, garantindo a nutrição dos espermatozoides durante o trajeto, enquanto o líquido produzido pela próstata contém substâncias importantes para neutralizar o ambiente ácido da vagina.

Pode-se dizer, portanto, que o sêmen é o líquido em que os espermatozoides ficam imersos, nutrindo-os e facilitando o seu transporte até o óvulo.

Os espermatozoides, por outro lado, são as células reprodutoras masculinas (gametas) que compõem o sêmen. Em outras palavras, são células especializadas que se movimentam para penetrar o gameta feminino, unindo-se a ele para formar o zigoto, primeira célula do futuro ser humano. Dessa forma, acontece a fecundação e a gravidez.

Como avaliar a fertilidade masculina?

Existem diversos exames que avaliam a fertilidade masculina. O espermograma é o principal, pois avalia a forma, movimento e concentração de espermatozoides vivos no sêmen e, assim, se há a produção e condições adequadas para que os espermatozoides possam fecundar o óvulo.

No entanto, existem outros exames que também podem ser solicitados, como: dosagem hormonal, teste pós-coital, fragmentação do DNA espermático, exame de anticorpos contra os espermatozoides, entre outros.

O espermograma não é um exame diagnóstico. Ela apenas analisa os parâmetros seminais. Não diagnostica doenças.

Quais são os resultados indicados pelo espermograma?

Os resultados do espermograma podem indicar diferentes condições que resultam em infertilidade masculina, contribuindo para a definição do tratamento mais adequado em cada caso.

  • azoospermia: quando os espermatozoides não estão presentes nas amostras analisadas. Essa condição é considerada uma das principais causas de infertilidade masculina;
  • oligozoospermia: quando há baixa concentração de espermatozoides nas amostras analisadas, o que dificulta a fecundação;
  • astenozoospermia: quando há um percentual alto de espermatozoides com motilidade reduzida;
  • teratozoospermia: quando há um percentual alto de espermatozoides com morfologia anormal;
  • leucospermia: quando há uma grande quantidade de leucócitos no sêmen, o que pode indicar infecções no sistema reprodutor masculino, sugerindo a necessidade de exames complementares para identificar o microrganismo responsável.

Quando o espermograma é solicitado?

O espermograma pode ser solicitado quando há suspeita de infertilidade ou para avaliar o sucesso de procedimentos como a vasectomia, cirurgia de esterilização masculina.

A infertilidade masculina pode ocorrer como consequência de alterações na qualidade seminal, na morfologia e motilidade dos espermatozoides, no processo de produção ou espermatogênese, e de obstruções que dificultam ou impedem o transporte até o óvulo, o que pode ser provocado por diferentes condições.

A varicocele, por exemplo, dilatação das veias do cordão espermático, que sustenta os testículos, pode provocar um aumento da temperatura da bolsa testicular e, assim, comprometer a produção de espermatozoides. Já inflamações que afetam o sistema reprodutor masculino, como a orquite e a epididimite, podem resultar em obstruções comprometendo o transporte dos gametas.

Em boa parte dos casos a infertilidade masculina tem tratamento. Quando não há sucesso ou se os danos forem maiores, ainda é possível engravidar a parceira com o auxílio da reprodução assistida.

As duas principais técnicas de reprodução assistida indicadas para o tratamento da infertilidade masculina são a inseminação artificial (IA), em casos leves e específicos, e a fertilização in vitro (FIV) com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em casos mais graves.

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