A infertilidade é um problema que atinge muitas pessoas em todo o mundo. Muitos casais sonham em ter filhos e encontram dificuldades para engravidar de forma natural.
Essa situação pode ser causada tanto por fatores masculinos quanto femininos, e está relacionada a doenças, ao mau funcionamento do sistema reprodutor ou até mesmo a hábitos de vida, genética e intervenções cirúrgicas.
Quando se fala sobre infertilidade feminina, algumas das principais causas têm relação com a baixa reserva ovariana, que representa o número de óvulos que a mulher ainda tem disponÃveis para ovulação.
É comum que ela diminua com o tempo, mas existem outros fatores que podem intensificar a queda da reserva, fazendo com que se encontre maior dificuldade para engravidar. Um desses fatores são os endometriomas, doença que afeta os ovários.
Neste texto você encontra informações detalhadas sobre os endometriomas e entende qual sua relação com a infertilidade:
O que são endometriomas?
Antes de falar sobre os endometriomas, é preciso entender o que é o endométrio e a endometriose.
O endométrio é um tecido muscular que reveste a parede interna do útero. Em todo ciclo menstrual ele tem sua espessura aumentada para que um embrião possa se fixar ali e dar inÃcio a uma gestação. Se não há embrião, ele descama e é eliminado pela menstruação, e então o ciclo recomeça.
Existem casos em que parte do tecido descamado sofre um desvio quando deveria ser eliminado, e ao invés disso acaba atingindo outros órgãos ou outras partes do útero. Quando isso acontece, as células do endométrio continuam se desenvolvendo e sendo estimuladas a cada ciclo, causando inflamações locais. Essas são as caracterÃsticas da endometriose, uma das principais causas da infertilidade feminina.
A endometriose é classificada em diferentes tipos, dependendo da localização de suas lesões e do seu grau de gravidade. Um dos tipos da doença são os endometriomas.
Os endometriomas são cistos que se formam nos ovários pelo acúmulo de tecido endometrial. Eles são preenchidos por sangue e têm tamanhos variados, ficando maiores durante o perÃodo menstrual.
Os cistos são benignos e as chances de se transformarem em um câncer são muito pequenas. Apesar disso, é importante tratá-los para amenizar os sintomas e, principalmente, para preservar a fertilidade da mulher.
Sintomas dos endometriomas
Os endometriomas causam alguns sintomas bastante incômodos, mas algumas vezes são confundidos com caracterÃsticas comuns da menstruação. É importante prestar atenção nos sinais do corpo e procurar um médico caso haja qualquer suspeita, para evitar que a doença se desenvolva e gere consequências mais graves.
Os principais sintomas são:
- Dores intensas no perÃodo menstrual;
- Fortes cólicas abdominais;
- Fluxo menstrual mais intenso e sangramento fora do perÃodo;
- Corrimento vaginal escuro;
- Dores fortes durante as relações sexuais.
Outro sintoma dos endometriomas é a infertilidade. Muitas mulheres só são diagnosticadas com a doença quando procuram um médico com o objetivo de investigar a infertilidade e têm os cistos identificados após a realização de alguns exames.
Qual a relação entre endometriomas e infertilidade?
Tanto os endometriomas em si quanto o tratamento da doença podem provocar infertilidade feminina. Os cistos podem causar prejuÃzos aos ovários, afetando a ovulação, reduzindo a reserva ovariana e prejudicando a qualidade dos óvulos.
O fato de os hormônios provocarem o desenvolvimento e aumento dos endometriomas, faz com que parte dos tratamentos disponÃveis seja hormonal. Em casos menos graves, a indicação pode ser o uso de anticoncepcionais, com o objetivo de inibir a ovulação.
Porém, além de ser um tratamento que apenas ameniza os sintomas e evita o crescimento dos cistos, sem curá-los, ele não pode ser indicado para as mulheres que estão tentando engravidar.
Nos casos mais graves, ou para as mulheres que buscam uma gestação, há a indicação cirúrgica para a retirada dos cistos. O grande problema é que a cirurgia também pode afetar a reserva ovariana, e o procedimento requer um imenso cuidado para não tornar a mulher infértil.
De qualquer forma, mesmo os profissionais mais experientes indicam a realização da preservação social da fertilidade antes de realizar a cirurgia.
Preservação social da fertilidade e reprodução assistida
A preservação da fertilidade consiste em congelar os óvulos da mulher, para que possam ser utilizados futuramente em um procedimento de FIV (fertilização in vitro). Isso garante que a paciente tenha a possibilidade de gerar um filho futuramente, mesmo que o tratamento afete sua fertilidade.
O procedimento de congelamento de óvulos é simples. A paciente é submetida a alguns medicamentos hormonais, com o objetivo de estimular um número maior de folÃculos para que, no momento da ovulação, mais de um óvulo seja liberado. Estes óvulos serão coletados e criopreservados, podendo se manter assim por muitos anos.
Se, após o tratamento de endometriomas, a mulher não conseguir engravidar naturalmente, pode-se optar pela FIV.
Para realizar a fertilização in vitro, os óvulos são descongelados e os gametas masculinos são coletados para que a fecundação aconteça. Esse procedimento é feito em laboratório, e os embriões formados são cultivados por alguns dias, até estarem prontos para serem transferidos para o útero materno.
Aquelas que não realizaram a preservação social da fertilidade também têm a possibilidade de engravidar por meio da FIV, mas é necessário avaliar cada caso em especÃfico para verificar se é possÃvel utilizar seus próprios óvulos ou se há indicação para a ovodoação.
Se busca mais informações sobre o assunto, leia o conteúdo sobre endometriose aqui no site.
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