O endométrio é a camada interna do útero e uma das mais importantes para a reprodução. É nele que ocorre a implantação (nidação) do embrião e a formação da placenta, uma estrutura essencial para a nutrição do feto durante a gestação.
Quando há alterações no endométrio, principalmente quando ele é muito fino, a nidação fica comprometida e a gravidez não consegue se sustentar, provocando um aborto espontâneo.
Mas o que é um endométrio fino? Quais são as suas causas? Como tratar esse problema e restaurar a fertilidade da mulher? As respostas para essas e outras perguntas estão neste post!
O que é endométrio fino?
O endométrio fino, basicamente, é a condição ginecológica na qual o endométrio tem uma espessura reduzida, que impossibilita a nidação e o suporte fetal durante a gestação. Ele é diagnosticado quando o ultrassom detecta que a camada endometrial não ultrapassa 7 mm de espessura mesmo na época da ovulação.
Embora a espessura do endométrio se altere com as variações hormonais ao longo do ciclo menstrual, em mulheres pré-menopausa, o esperado é que essa camada tenha entre 10 e 16 mm de espessura no momento da ovulação.
Quais são os sintomas dessa alteração?
Os sintomas do endométrio fino são pouco especÃficos e podem ocorrer em diversas outras patologias, o que pode atrasar o diagnóstico. As queixas mais comuns das pacientes são:
- problemas de fertilidade, com histórico de abortos espontâneos recorrentes;
- ciclo menstrual irregular ou anormal;
- fluxo sanguÃneo reduzido ou ausente durante a menstruação;
- menstruações dolorosas.
E as causas do endométrio fino?
As alterações na espessura do endométrio podem ser causadas por uma série de fatores:
- baixos nÃveis de estrogênio;
- fluxo sanguÃneo local inadequado;
- presença de fibroides uterinos;
- doença inflamatória pélvica;
- distúrbios menstruais que provocam amenorreia;
- lesões no útero devido à  curetagem;
- dilatação uterina devido a partos prévios;
- cirurgias uterinas para retirada de miomas;
- adesões intrauterinas (sÃndrome de Asherman);
- uso excessivo de clomifeno;
- tecido endometrial de baixa qualidade;
- radioterapia pélvica;
- uso prolongado de pÃlula anticoncepcional.
Por que o endométrio fino afeta as chances de gravidez?
Após a fecundação, o zigoto começa a se multiplicar e migra da tuba uterina para a cavidade uterina, na qual se implantará. Para que esse processo de implantação ocorra de forma adequada, o endométrio precisa ter uma espessura de, pelo menos, 8 mm, o que permite ao embrião se fixar adequadamente no útero e formar uma boa placenta.
Mesmo quando se realiza uma fertilização in vitro (FIV), por exemplo, em que a fecundação ocorre no laboratório e os embriões são transferidos diretamente para a cavidade uterina, o processo de implantação tem que ocorrer naturalmente, para que a gestação tenha continuidade.
Isso significa que, mesmo com o uso de técnicas de reprodução assistida (estimulação ovariana, inseminação intrauterina, ovodoação compartilhada, FIV etc.), a gravidez não ocorre quando o endométrio é muito fino.
Como tratar o endométrio fino?
Na maioria dos casos, o uso de medicamentos hormonais, como estradiol e progesterona, é suficiente para induzir a proliferação endometrial, permitindo que ele volte à sua espessura normal e se mantenha assim até a formação da placenta.
Outros medicamentos utilizados são o sildenafil, a pentoxifilina e o ácido acetilsalicÃlico, que melhoram o fluxo sanguÃneo para o útero. Nos últimos anos também vêm surgindo ainda novas possibilidades de tratamento.
Células-tronco da própria paciente podem ser administradas nas artérias uterinas para que cheguem ao endométrio e restaurem o tecido. O plasma rico em plaquetas, também retirado da mulher, pode ser infundido dentro do útero para que as plaquetas liberem fatores de crescimento e citocinas que atraem células reparadoras do sistema imune.
Se a causa do problema for a sÃndrome de Asherman, é necessário realizar também pequenas intervenções cirúrgicas por histeroscopia para retirar as aderências e o tecido cicatricial, podendo ser colocado um balão intrauterino para prevenir o surgimento de novas aderências entre as paredes do útero.
Todos esses tratamentos restauram a espessura do endométrio e permitem que a gestação ocorra mesmo de forma natural, em alguns casos.
Enfim, agora que você já sabe tudo sobre o tratamento do endométrio fino, que tal aprender sobre outra doença relacionada ao endométrio? Baixe agora o nosso E-book sobre endometriose!
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Raiana, não é possÃvel diagnosticá-la ou dar um parecer apenas com seu relato.
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