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Dosagem do hormônio antimülleriano: quando fazer e qual o objetivo?

por Dr. Augusto Bussab



"Mulheres ou casais que encontram dificuldades para engravidar buscam as clínicas especializadas em reprodução humana para avaliação da fertilidade e acompanhamento de um especialista. Entre os principais problemas que afetam a fertilidade e devem ser investigados estão as disfunções hormonais e a baixa reserva ovariana, importantes […]"
Dosagem do hormônio antimülleriano: quando fazer e qual o objetivo?

Mulheres ou casais que encontram dificuldades para engravidar buscam as clínicas especializadas em reprodução humana para avaliação da fertilidade e acompanhamento de um especialista.

Entre os principais problemas que afetam a fertilidade e devem ser investigados estão as disfunções hormonais e a baixa reserva ovariana, importantes causas de infertilidade. Dessa forma, é imprescindível solicitar exames de dosagem hormonal para verificar se eles estão em níveis corretos e avaliar a reserva ovariana da mulher.

Neste artigo, falaremos sobre um dos principais exames para avaliar a fertilidade feminina: a dosagem de hormônio antimülleriano. Confira!

O que é a dosagem de hormônio antimülleriano?

Para entender a função da dosagem do hormônio antimülleriano, primeiro é preciso compreender como funciona a reserva ovariana na mulher. É ainda durante a gestação, quando o embrião feminino está se desenvolvendo que ele tem a maior quantidade de óvulos (cerca de 6 milhões), que diminuem gradualmente até o nascimento. Quando o bebê nasce, estima-se que ele tenha cerca de 2 milhões e esse número continua diminuindo. Ao entrar na puberdade, a mulher tem de 300.000 a 500.000 óvulos.

A partir da puberdade, estima-se que a mulher perca em média 1.000 óvulos por ciclo menstrual. Nos últimos 10 a 15 anos de idade reprodutiva, essa perda aumenta. Perto da menopausa, a ovulação passa a não ocorrer com a mesma frequência e o número se aproxima de zero.

O hormônio antimülleriano (HAM ou AMH) é um marcador da reserva ovariana, isto é, ele é capaz de predizer qual a quantidade estimada de óvulos que a mulher possui em seus ovários.

A dosagem é realizada por meio de um exame simples de sangue. Os valores mudam um pouco de acordo com o laboratório, mas de forma geral os níveis são:

  • AMH < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
  • AMH entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
  • AMH entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
  • AMH entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
  • AMH > 4,0 ng/ml: resposta muito alta.

Qual a importância dele para a mulher?

Quanto maior a resposta, maior o número de óvulos e maior a chance de engravidar. Atualmente, o principal uso da dosagem de hormônio antimülleriano tem sido durante as técnicas de reprodução assistida.

O médico especialista solicita o exame com o objetivo de prever uma possível resposta inadequada à estimulação ovariana controlada. Isso o auxilia a calcular a dosagem de medicamento necessária para a indução da ovulação antes da fertilização in vitro (FIV).

Por exemplo:

  • se os valores forem baixos, a estimulação deve ser maior;
  • se os valores forem altos, a estimulação deve ser feita com menos intensidade.

Quando o exame deve ser feito?

As principais indicações para a realização do exame são:

  • mulheres que desejam engravidar e apresentam alguma dificuldade;
  • mulheres com risco de baixa reserva ovariana (idade superior a 35 anos, antecedente familiar de menopausa precoce ou falência prematura ovariana, história de cirurgia ovariana prévia);
  • mulheres que serão submetidas à FIV;
  • mulheres com infertilidade sem causa aparente (ISCA);
  • mulheres que desejam realizar o congelamento de óvulos.

Existem ainda outros marcadores de reserva ovariana além do hormônio antimülleriano, que incluem: contagem de folículos antrais (CFA) e hormônio folículo-estimulante (FSH), bem como o estradiol (E2) e a inibina B.

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