Mulheres ou casais que encontram dificuldades para engravidar buscam as clÃnicas especializadas em reprodução humana para avaliação da fertilidade e acompanhamento de um especialista.
Entre os principais problemas que afetam a fertilidade e devem ser investigados estão as disfunções hormonais e a baixa reserva ovariana, importantes causas de infertilidade. Dessa forma, é imprescindÃvel solicitar exames de dosagem hormonal para verificar se eles estão em nÃveis corretos e avaliar a reserva ovariana da mulher.
Neste artigo, falaremos sobre um dos principais exames para avaliar a fertilidade feminina: a dosagem de hormônio antimülleriano. Confira!
O que é a dosagem de hormônio antimülleriano?
Para entender a função da dosagem do hormônio antimülleriano, primeiro é preciso compreender como funciona a reserva ovariana na mulher. É ainda durante a gestação, quando o embrião feminino está se desenvolvendo que ele tem a maior quantidade de óvulos (cerca de 6 milhões), que diminuem gradualmente até o nascimento. Quando o bebê nasce, estima-se que ele tenha cerca de 2 milhões e esse número continua diminuindo. Ao entrar na puberdade, a mulher tem de 300.000 a 500.000 óvulos.
A partir da puberdade, estima-se que a mulher perca em média 1.000 óvulos por ciclo menstrual. Nos últimos 10 a 15 anos de idade reprodutiva, essa perda aumenta. Perto da menopausa, a ovulação passa a não ocorrer com a mesma frequência e o número se aproxima de zero.
O hormônio antimülleriano (HAM ou AMH) é um marcador da reserva ovariana, isto é, ele é capaz de predizer qual a quantidade estimada de óvulos que a mulher possui em seus ovários.
A dosagem é realizada por meio de um exame simples de sangue. Os valores mudam um pouco de acordo com o laboratório, mas de forma geral os nÃveis são:
- AMH < 0,16 ng/ml:Â resposta muito baixa;
- AMH entre 0,16 e 1,0 ng/ml:Â resposta baixa;
- AMH entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- AMH entre 2,0 e 4,0 ng/ml:Â resposta alta;
- AMH > 4,0 ng/ml:Â resposta muito alta.
Qual a importância dele para a mulher?
Quanto maior a resposta, maior o número de óvulos e maior a chance de engravidar. Atualmente, o principal uso da dosagem de hormônio antimülleriano tem sido durante as técnicas de reprodução assistida.
O médico especialista solicita o exame com o objetivo de prever uma possÃvel resposta inadequada à  estimulação ovariana controlada. Isso o auxilia a calcular a dosagem de medicamento necessária para a indução da ovulação antes da fertilização in vitro (FIV).
Por exemplo:
- se os valores forem baixos, a estimulação deve ser maior;
- se os valores forem altos, a estimulação deve ser feita com menos intensidade.
Quando o exame deve ser feito?
As principais indicações para a realização do exame são:
- mulheres que desejam engravidar e apresentam alguma dificuldade;
- mulheres com risco de baixa reserva ovariana (idade superior a 35 anos, antecedente familiar de menopausa precoce ou falência prematura ovariana, história de cirurgia ovariana prévia);
- mulheres que serão submetidas à  FIV;
- mulheres com infertilidade sem causa aparente (ISCA);
- mulheres que desejam realizar o congelamento de óvulos.
Existem ainda outros marcadores de reserva ovariana além do hormônio antimülleriano, que incluem: contagem de folÃculos antrais (CFA) e hormônio folÃculo-estimulante (FSH), bem como o estradiol (E2) e a inibina B.
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