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Doença inflamatória pélvica (DIP): sintomas

por Dr. Augusto Bussab



"A fertilidade feminina está diretamente relacionada à integridade anatômica dos órgãos e estruturas que compõem o sistema reprodutivo feminino, e também ao perfeito funcionamento dessas estruturas, cujas funções são reguladas hormonalmente pelo sistema endócrino. A maior parte dos órgãos do aparelho reprodutivo das mulheres está […]"
Doença inflamatória pélvica (DIP): sintomas

A fertilidade feminina está diretamente relacionada à integridade anatômica dos órgãos e estruturas que compõem o sistema reprodutivo feminino, e também ao perfeito funcionamento dessas estruturas, cujas funções são reguladas hormonalmente pelo sistema endócrino.

A maior parte dos órgãos do aparelho reprodutivo das mulheres está localizada na região pélvica, que fica na área do abdômen entre o umbigo e a virilha, e estabelece uma ligação com o meio externo do corpo pelo colo do útero, conectado ao canal vaginal.

Ovários, tubas uterinas e o útero são os três órgãos do sistema reprodutivo feminino localizados na região pélvica. Outros, como os intestinos e algumas estruturas do sistema urinário, dividem espaço com eles e estão conectados pelo peritônio, um tecido de preenchimento encontrado em toda a cavidade pélvica.

A maior parte das infecções que afetam a região pélvica, especialmente as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), têm origens externas e chegam a essa região pelo contato com o canal vaginal.

A DIP (doença inflamatória pélvica) normalmente é resultado dessas contaminações, que, quando não tratadas, adquirem uma característica crônica, provocando a instalação de um processo inflamatório generalizado e de longa duração.

Este texto tem como objetivo apresentar os principais sintomas desenvolvidos pelas mulheres acometidas por essa doença.

O que é DIP (doença inflamatória pélvica)?

A DIP é descrita como um processo infeccioso agudo, cuja contaminação acontece por um agente sexualmente transmissível. Isso significa que não existe uma doença única responsável por desencadear o quadro de DIP, e sim que essa síndrome pode ser causada por um espectro de microrganismos, cuja principal semelhança é a via de contaminação.

Por ser uma infecção do trato genital superior cuja contaminação acontece com a prática de relações sexuais desprotegidas, a DIP é resultado da ascensão desses microrganismos, desde o colo do útero, onde provocam quadros de cervicite, em direção ao endométrio, tubas uterinas, ovários e peritônio, causando respectivamente endometrite, salpingite, ooforite e peritonite.

Já que o peritônio é o tecido que preenche os espaços da cavidade pélvica e abdominal, quando a DIP se manifesta como peritonite, pode haver um acometimento de outros órgãos, além daqueles que compõem o sistema reprodutivo feminino.

O principal fator de risco para o desenvolvimento da DIP são as constantes relações sexuais inseguras, ou seja, realizadas sem o uso de qualquer tipo de preservativo de barreira, nomeadamente as camisinhas masculinas e femininas.

Quais são os sintomas da DIP?

As principais bactérias envolvidas nas infecções que podem evoluir para DIP são principalmente a Chlamydia trachomatis e a Neisseria gonorrhoeae, porém, microrganismos como Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma genitalium, ainda que menos recorrentes do que as duas primeiras doenças, também estão incluídas no espectro da DIP.

Para compreender a evolução dos sintomas da DIP, é preciso entender que a doença inflamatória pélvica se refere a um quadro crônico, secundário às infecções causadas por bactérias transmitidas pela via sexual. Ou seja, antes de os sintomas da DIP se manifestarem, podem surgir sinais anteriores indicativos da infecção por essas bactérias.

O fato de algumas doenças como a clamídia serem assintomáticas na maioria dos casos, dificulta a obtenção de um diagnóstico precoce o suficiente para que não evoluam para um quadro de DIP.

Por isso é fundamental para os homens e mulheres sexualmente ativos, a realização de testagens periódicas, com objetivo de identificar possíveis infecções assintomáticas de maneira precoce, possibilitando um tratamento bem-sucedido.

Nos casos em que essas infecções primárias são sintomáticas, é possível que a mulher perceba sinais como a presença de um corrimento amarelado, sangramento espontâneo fora do ciclo menstrual e durante as relações sexuais, além de dor ao urinar ou localizada na região pélvica.

Quando o quadro de DIP está instalado, mesmo as mulheres assintomáticas passam a desenvolver sintomas semelhantes àqueles relatados pelas mulheres na presença das infecções primárias ativas, com a adição febre, fadiga e vômitos e a irradiação da dor abdominal para as costas.

Nos casos de DIP é alta a possibilidade de e a infecção se tornar sistêmica, por isso é recomendado, na presença de qualquer um dos sintomas mencionados, procurar atendimento médico imediatamente. Nos casos mais graves, inclusive, a internação pode ser necessária.

DIP: investigação, diagnóstico e tratamento

A definição do diagnóstico de DIP é feito primeiramente por um exame físico, realizado no próprio consultório, que consiste na palpação da região pélvica e observação sobre a presença de dor.

Caso o exame clínico aponte a possibilidade de uma infecção, é necessário coletar as secreções presentes no colo do útero ou no canal vaginal para a identificação de qual bactéria está causando a infecção, com o objetivo de determinar o diagnóstico.

O tratamento para qualquer tipo de infecção bacteriana é feito com o uso de antibióticos e, para os casos que evoluem para DIP, não é diferente. Por isso, somente a partir do resultado dos exames laboratoriais se torna possível selecionar, de forma adequada, os antibióticos indicados para cada tipo de infecção.

Como a reprodução assistida pode ajudar as mulheres com DIP?

A DIP é um fator de risco conhecido de infertilidade feminina, já que tanto a infecção, como as cicatrizes deixadas após o tratamento, especialmente quando presentes nas tubas uterinas, podem provocar infertilidade.

Para esses casos, a medicina reprodutiva oferece técnicas em reprodução assistida que podem levar mulheres com histórico de DIP a engravidar. Embora nem todas as técnicas possam atender aos diversos casos de DIP, a FIV (fertilização in vitro) propõe uma metodologia que permite a coleta de folículos diretamente dos ovários, permitindo contornar a infertilidade causada principalmente por problemas tubários.

Se a DIP afetar os ovários, é necessário que exames mais aprofundados sobre a integridade desses órgãos mostrem se há a necessidade de a FIV ser realizada com ovodoação.

Quando a função uterina é afetada de forma grave, a FIV também possibilita a gestação com a cessão temporária do útero, já que a mulher pode não conseguir levar a gestação até o final.

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A fertilidade feminina está diretamente relacionada à integridade anatômica dos órgãos e estruturas que compõem o sistema reprodutivo feminino, e também ao perfeito funcionamento dessas estruturas, cujas funções são reguladas hormonalmente pelo sistema endócrino.

A maior parte dos órgãos do aparelho reprodutivo das mulheres está localizada na região pélvica, que fica na área do abdômen entre o umbigo e a virilha, e estabelece uma ligação com o meio externo do corpo pelo colo do útero, conectado ao canal vaginal.

Ovários, tubas uterinas e o útero são os três órgãos do sistema reprodutivo feminino localizados na região pélvica. Outros, como os intestinos e algumas estruturas do sistema urinário, dividem espaço com eles e estão conectados pelo peritônio, um tecido de preenchimento encontrado em toda a cavidade pélvica.

A maior parte das infecções que afetam a região pélvica, especialmente as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), têm origens externas e chegam a essa região pelo contato com o canal vaginal.

A DIP (doença inflamatória pélvica) normalmente é resultado dessas contaminações, que, quando não tratadas, adquirem uma característica crônica, provocando a instalação de um processo inflamatório generalizado e de longa duração.

Este texto tem como objetivo apresentar os principais sintomas desenvolvidos pelas mulheres acometidas por essa doença.

O que é DIP (doença inflamatória pélvica)?

A DIP é descrita como um processo infeccioso agudo, cuja contaminação acontece por um agente sexualmente transmissível. Isso significa que não existe uma doença única responsável por desencadear o quadro de DIP, e sim que essa síndrome pode ser causada por um espectro de microrganismos, cuja principal semelhança é a via de contaminação.

Por ser uma infecção do trato genital superior cuja contaminação acontece com a prática de relações sexuais desprotegidas, a DIP é resultado da ascensão desses microrganismos, desde o colo do útero, onde provocam quadros de cervicite, em direção ao endométrio, tubas uterinas, ovários e peritônio, causando respectivamente endometrite, salpingite, ooforite e peritonite.

Já que o peritônio é o tecido que preenche os espaços da cavidade pélvica e abdominal, quando a DIP se manifesta como peritonite, pode haver um acometimento de outros órgãos, além daqueles que compõem o sistema reprodutivo feminino.

O principal fator de risco para o desenvolvimento da DIP são as constantes relações sexuais inseguras, ou seja, realizadas sem o uso de qualquer tipo de preservativo de barreira, nomeadamente as camisinhas masculinas e femininas.

Quais são os sintomas da DIP?

As principais bactérias envolvidas nas infecções que podem evoluir para DIP são principalmente a Chlamydia trachomatis e a Neisseria gonorrhoeae, porém, microrganismos como Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma genitalium, ainda que menos recorrentes do que as duas primeiras doenças, também estão incluídas no espectro da DIP.

Para compreender a evolução dos sintomas da DIP, é preciso entender que a doença inflamatória pélvica se refere a um quadro crônico, secundário às infecções causadas por bactérias transmitidas pela via sexual. Ou seja, antes de os sintomas da DIP se manifestarem, podem surgir sinais anteriores indicativos da infecção por essas bactérias.

O fato de algumas doenças como a clamídia serem assintomáticas na maioria dos casos, dificulta a obtenção de um diagnóstico precoce o suficiente para que não evoluam para um quadro de DIP.

Por isso é fundamental para os homens e mulheres sexualmente ativos, a realização de testagens periódicas, com objetivo de identificar possíveis infecções assintomáticas de maneira precoce, possibilitando um tratamento bem-sucedido.

Nos casos em que essas infecções primárias são sintomáticas, é possível que a mulher perceba sinais como a presença de um corrimento amarelado, sangramento espontâneo fora do ciclo menstrual e durante as relações sexuais, além de dor ao urinar ou localizada na região pélvica.

Quando o quadro de DIP está instalado, mesmo as mulheres assintomáticas passam a desenvolver sintomas semelhantes àqueles relatados pelas mulheres na presença das infecções primárias ativas, com a adição febre, fadiga e vômitos e a irradiação da dor abdominal para as costas.

Nos casos de DIP é alta a possibilidade de e a infecção se tornar sistêmica, por isso é recomendado, na presença de qualquer um dos sintomas mencionados, procurar atendimento médico imediatamente. Nos casos mais graves, inclusive, a internação pode ser necessária.

DIP: investigação, diagnóstico e tratamento

A definição do diagnóstico de DIP é feito primeiramente por um exame físico, realizado no próprio consultório, que consiste na palpação da região pélvica e observação sobre a presença de dor.

Caso o exame clínico aponte a possibilidade de uma infecção, é necessário coletar as secreções presentes no colo do útero ou no canal vaginal para a identificação de qual bactéria está causando a infecção, com o objetivo de determinar o diagnóstico.

O tratamento para qualquer tipo de infecção bacteriana é feito com o uso de antibióticos e, para os casos que evoluem para DIP, não é diferente. Por isso, somente a partir do resultado dos exames laboratoriais se torna possível selecionar, de forma adequada, os antibióticos indicados para cada tipo de infecção.

Como a reprodução assistida pode ajudar as mulheres com DIP?

A DIP é um fator de risco conhecido de infertilidade feminina, já que tanto a infecção, como as cicatrizes deixadas após o tratamento, especialmente quando presentes nas tubas uterinas, podem provocar infertilidade.

Para esses casos, a medicina reprodutiva oferece técnicas em reprodução assistida que podem levar mulheres com histórico de DIP a engravidar. Embora nem todas as técnicas possam atender aos diversos casos de DIP, a FIV (fertilização in vitro) propõe uma metodologia que permite a coleta de folículos diretamente dos ovários, permitindo contornar a infertilidade causada principalmente por problemas tubários.

Se a DIP afetar os ovários, é necessário que exames mais aprofundados sobre a integridade desses órgãos mostrem se há a necessidade de a FIV ser realizada com ovodoação.

Quando a função uterina é afetada de forma grave, a FIV também possibilita a gestação com a cessão temporária do útero, já que a mulher pode não conseguir levar a gestação até o final.

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