Dr. Augusto Bussab | Reprodução Humana | WhatsApp
Ebook SOP Baixe agora o e-book sobre Síndrome dos Ovários Policísticos e entenda tudo sobre essa doença! Clique Aqui!
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta agora! Clique Aqui!

Doação de óvulos na FIV: como é feita?

por Dr. Augusto Bussab



"A reprodução assistida reúne um conjunto de técnicas que aumentam as chances de gravidez para casais com diversos problemas de infertilidade. A técnica indicada para os casos mais complexos é a fertilização in vitro (FIV), e somente ela permite a doação e a recepção de […]"
Doação de óvulos na FIV: como é feita?

A reprodução assistida reúne um conjunto de técnicas que aumentam as chances de gravidez para casais com diversos problemas de infertilidade. A técnica indicada para os casos mais complexos é a fertilização in vitro (FIV), e somente ela permite a doação e a recepção de óvulos.

A doação de sêmen já acontece na medicina há mais de um século. Os avanços nas técnicas de reprodução assistida trouxeram também a possibilidade de engravidar com doação de óvulos e doação de embriões.

Nas últimas décadas, a doação de óvulos tem representado um valioso recurso para mulheres que desejam engravidar, mas não conseguem realizar esse sonho utilizando seus próprios gametas.

Leia este texto na íntegra e entenda como a doação de óvulos é realizada na FIV!

O que é doação de óvulos ou ovodoação?

A ovodoação é uma técnica complementar nos tratamentos com FIV que se tornou uma realidade a partir de muitos estudos nas áreas de genética e biologia celular. O congelamento de óvulos, que também pode ser necessário nos casos de doação, também é resultado dos avanços na medicina reprodutiva, sendo hoje uma prática possível por meio de vitrificação.

A doação de óvulos é uma opção para mulheres que não podem reproduzir com seus próprios gametas, seja por baixa quantidade seja por baixa qualidade das células reprodutivas. Algumas das disfunções relacionadas a isso podem ser superadas com estimulação ovariana — outra importante técnica de reprodução assistida —, enquanto em outras situações não há possibilidade de reverter o problema e fazer a recuperação dos óvulos.

Em resumo, a doação de óvulos é indicada em casos de:

  • esgotamento da reserva ovariana, em razão de idade materna avançada ou falência ovariana prematura (menopausa precoce);
  • baixa qualidade dos óvulos, de modo que também não se formam embriões com boa qualidade;
  • ausência congênita dos ovários ou decorrente de ooforectomia (cirurgia para retirada dos ovários);
  • realização de quimioterapia ou radioterapia;
  • alto risco de transmissão de doenças genéticas;
  • reprodução de casais homoafetivos masculinos, que precisam tanto de ovodoação quanto de útero de substituição (barriga de aluguel);
  • falhas repetidas em ciclos de FIV, sem que nenhum outro fator esteja implicando nesses resultados.

Quais são as formas de fazer a doação de óvulos?

A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que orienta os serviços de reprodução assistida, afirma que a doação de óvulos pode ser feita de duas formas: ovodoação voluntária ou compartilhada.

Assim diz a resolução: “É permitida a doação voluntária de gametas, bem como a situação identificada como doação compartilhada de oócitos em RA (reprodução assistida), em que doadora e receptora compartilham tanto do material biológico quanto dos custos financeiros que envolvem o procedimento de RA”.

Vamos explicar melhor como funcionam as duas formas de doação de óvulos:

Ovodoação voluntária

Podemos dizer que a doação voluntária de óvulos é um gesto altruísta. A doadora apenas doa seu material genético, sem nenhuma troca ou recompensa. Ao menos no Brasil, as práticas de doação de gametas e embriões, bem como a barriga de aluguel, não podem ser feitas com caráter lucrativo ou comercial.

A doadora precisa realizar uma série de exames — avaliação da reserva ovariana, testes genéticos, sorologias etc. — para confirmar boas condições de doar seus óvulos. A avaliação psicológica também faz parte do protocolo.

O procedimento de doação de óvulos começa com a estimulação ovariana, técnica realizada com medicações hormonais que levam ao amadurecimento de múltiplos óvulos. Antes que a doadora tenha a ovulação, é feita a aspiração dos folículos ovarianos e os gametas são identificados em laboratório e congelados. Assim, o material fica em criopreservação até que seja escolhido para o tratamento de algum casal.

Ovodoação compartilhada

A ovodoação compartilhada é realizada no contexto em que a doadora e a receptora estão em reprodução assistida, mas, enquanto a receptora apresenta deficiência de gametas, a doadora está em tratamento por outro fator de infertilidade feminina ou masculina. Assim é feita uma troca entre as mulheres, que compartilham tanto dos óvulos quanto dos custos do tratamento.

Nesse contexto de doação de óvulos, enquanto a doadora realiza a estimulação ovariana, a receptora inicia a preparação do endométrio — parte interna do útero — com medicamentos à base de progesterona para deixá-lo receptivo aos embriões.

Dos dois tipos de ovodoação, a compartilhada é a mais realizada. Na verdade, há uma escassez de doadoras voluntárias, configurando um desafio para os tratamentos que necessitam de doação de óvulos.

Por que a ovodoação é feita somente no contexto da FIV?

Depois que os óvulos são retirados dos ovários, não é possível recolocá-los para que a mulher passe pelo processo natural de ovulação e fecundação. Sendo assim, a ovodoação pode ser realizada somente em um tratamento por FIV, no qual os óvulos são fertilizados em laboratório. São os embriões já pré-desenvolvidos que são colocados no útero para que ocorra a implantação e a gravidez.

Dessa forma, vemos que a doação de óvulos na FIV é uma técnica que aumenta as possibilidades de gestação para mulheres que não podem utilizar seu próprio material genético, mas que querem passar pela experiência de gestar.

Quer informações ainda mais detalhadas? Receba gratuitamente nosso e-book sobre ovodoação!


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Prxima leitura
Mórula, embrião e blastocisto: qual é a relação?

A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]

Ler mais...