Do que depende a taxa de sucesso da FIV?

As técnicas de reprodução assistida envolvem diversos procedimentos que têm o objetivo de possibilitar a gravidez em casais com infertilidade, seja de causas femininas, seja de masculinas. Uma das técnicas mais utilizadas é a fertilização in vitro (FIV), na qual a fertilização do óvulo pelo espermatozoide acontece fora do corpo e o embrião é transferido para o útero.

Os casais que realizam a FIV costumam se preocupar se ela realmente funcionará e quais são as chances de sucesso. Afinal, trata-se de um procedimento delicado, que gera ansiedade no casal que deseja a gravidez.

Para esclarecer as suas dúvidas, falaremos a seguir sobre os fatores que influenciam a taxa de sucesso da FIV. Acompanhe!

Causas da infertilidade

O primeiro passo para a realização de qualquer técnica de reprodução assistida é a consulta com um especialista e o diagnóstico da infertilidade. O médico precisa saber se a infertilidade é causada por fatores da mulher, do homem, de ambos ou sem causa aparente. Só assim será possível definir se a FIV é a técnica recomendada e qual a chance de sucesso.

Se houver problema na qualidade do esperma, poderá ser necessário o uso de esperma de doador, ou de ovodoação, caso a mulher tenha problemas na ovulação. Diagnosticar a causa do problema possibilita que o tratamento seja prescrito e realizado de forma adequada.

Idade da mulher

A idade da mulher — e, consequentemente, a idade dos óvulos — é um dos principais fatores que influenciam na taxa de sucesso da FIV. Isso acontece pois, ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides por toda a vida (embora a idade também afete a qualidade), a mulher já nasce com todos os seus óvulos, que diminuem de número e qualidade ao longo dos anos.

A primeira etapa da FIV consiste na extração dos óvulos da mulher por punção, e depende da sua reserva ovariana. Mulheres mais velhas, principalmente acima de 35 anos, podem apresentar ciclos menstruais anovulatórios, devido à queda de fertilidade.

Nesses casos, pode ser necessária a estimulação ovariana com hormônios ou a obtenção de óvulo de doadora para a realização da FIV. Considera-se que a mulher pode fazer a FIV com os próprios óvulos até por volta dos 43 anos.

Número de tentativas

Como dissemos anteriormente, o tratamento com a FIV é iniciado com a estimulação da ovulação, para posterior extração dos óvulos liberados, que serão fertilizados em laboratório pelos espermatozoides do esperma. A cada ciclo de fertilização, são gerados diversos embriões, que não serão utilizados de uma vez.

Antigamente, mais embriões eram implantados no útero em cada ciclo da FIV. Essa prática tem diminuído na atualidade, devido à regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e à melhora das técnicas de reprodução assistida, com aumento da taxa de sucesso, e devido ao risco da ocorrência de gestações múltiplas, que podem trazer complicações para a mãe e para os fetos. Por isso, os embriões podem ser congelados para serem utilizados em outros ciclos da FIV, sem que a estimulação ovariana e a fertilização sejam feitas novamente.

Acredita-se que a taxa de sucesso da FIV aumente gradativamente com o maior número de tentativas e ciclos. Por outro lado, é preciso ter em mente que essa nem sempre é uma possibilidade para o casal, por motivos financeiros ou devido ao desgaste emocional gerado pela expectativa da gravidez.

Como você viu, a taxa de sucesso da FIV muda de acordo com a realidade de cada casal, que deve ser acompanhado por um médico especialista do início ao fim do processo. Interessou-se pela FIV? Entre em contato conosco e marque sua consulta!