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Como hábitos de vida podem afetar a fertilidade?

por Dr. Augusto Bussab



"Muitos são os fatores responsáveis pela infertilidade em homens e mulheres: problemas genéticos, doenças adquiridas, como ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e outras infecções ou inflamações, malformações do sistema reprodutivo, disfunções do sistema endócrino, que causam desequilíbrio hormonal, e também hábitos de vida não saudáveis. Além […]"
Como hábitos de vida podem afetar a fertilidade?

Muitos são os fatores responsáveis pela infertilidade em homens e mulheres: problemas genéticos, doenças adquiridas, como ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e outras infecções ou inflamações, malformações do sistema reprodutivo, disfunções do sistema endócrino, que causam desequilíbrio hormonal, e também hábitos de vida não saudáveis.

Além de prejudicar a fertilidade por si só, a manutenção de maus hábitos de saúde pode também agravar doenças e condições preexistentes. Em muitos casos, pequenas mudanças no cotidiano podem melhorar a fertilidade e colaborar com os tratamentos dessas outras condições e doenças que podem causar problemas para engravidar.

O objetivo deste texto é mostrar como hábitos de vida podem interferir na fertilidade de homens e mulheres, dando inclusive dicas de como preservar a fertilidade. Aproveite a leitura!

Por que os hábitos de vida são prejudiciais à saúde?

Uma rotina estressante prejudica todas as funções fisiológicas do corpo. Entre elas, a fertilidade é uma das mais prejudicadas.

Sedentarismo

O sedentarismo é definido por hábitos que subentendem a ausência ou a diminuição das atividades físicas no cotidiano que resultem numa redução de gasto calórico normal.

Nos homens, o sedentarismo, que prejudica também o sistema vascular, pode causar problema na irrigação dos testículos e das glândulas anexas ao sistema reprodutivo – glândulas bulbouretrais, próstata vesículas seminais –, o que resulta em prejuízo para a produção de espermatozoides e também podem afetar principalmente a função da próstata.

Obesidade

Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em 2018 estimou que cerca de 55,7% dos brasileiros está acima do peso, e aproximadamente 20% dos adultos são considerados obesos.

O metabolismo da testosterona está relacionado à obesidade, já que este é um hormônio presente no tecido adiposo, bem como na pele e no complexo formado com folículo piloso, alguns dos órgãos-alvo da sua atuação hormonal. Essas alterações podem levar a anovulação, em mulheres, e também a uma redução na produção de espermatozoides, nos homens.

A obesidade pode agravar doenças preexistentes, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), que causa infertilidade por anovulação. A SOP é uma doença de origem multifatorial, porém a obesidade está presente na maior parte das mulheres portadoras da síndrome, aproximadamente 70%, aumentando a severidade deste quadro.

Má alimentação

Além de causar os prejuízos já mencionados decorrentes de um quadro de obesidade, a má alimentação também pode gerar deficiências nutricionais e interferir no metabolismo hormonal, especialmente ligado às funções reprodutivas.

Casais que recorrem à orientação nutricional têm mais chances de conseguir uma gestação do que casais que não recebem esse tipo de orientação.

Mulheres que consomem mais verduras, peixes, frutas e azeite de oliva têm mais sucesso reprodutivo, ao passo que dietas com excesso de carboidratos refinados favorecem a infertilidade.

Uma boa nutrição é também imprescindível para que haja estabilidade na síntese de DNA, fundamental principalmente na produção de gametas viáveis, e consequentemente, para o sucesso da gestação como um todo.

Distúrbios do sono 

A melatonina é considerada o principal hormônio relacionado à saúde do sono, e tem o metabolismo controlado pelas variações de luz que ocorrem entre dia e noite (ciclo circadiano) e a manutenção das concentrações normais desse hormônio é o que faz com que as pessoas durmam bem.

A boa irrigação tanto dos folículos quanto do ovário é fundamental para o bom desenvolvimento dos oócitos, já que é pela irrigação sanguínea que tanto nutrientes quanto outros hormônios acessam essa estrutura.

Além disso, os distúrbios do sono aumentam o estresse oxidativo nas células do corpo como um todo, o que pode acarretar problemas com a fertilidade inclusive masculina, já que o estresse oxidativo prejudica também a formação dos espermatozoides e o bom funcionamento das glândulas anexas.

Cigarro, álcool e outras drogas

A infertilidade em homens e mulheres é conhecidamente prejudicada pelo uso, especialmente desregrado, do cigarro, do álcool e de outras drogas.

Nas mulheres, essas substâncias provocam alterações principalmente relacionadas a foliculogênese, especialmente o tabaco, que aumenta as taxas de apoptose (morte celular programada) dos folículos e pode causar insuficiência ovariana precoce.

Nos homens, o tabagismo está associado à redução da qualidade do sêmen, incluindo uma diminuição na concentração de espermatozoides e alterações na motilidade, morfologia e função espermáticas.

Além disso, o consumo de tabaco durante a gestação pode aumentar os riscos de abortamentos espontâneos e perdas gestacionais por expor o bebê à diminuição da oxigenação no metabolismo placentário, que resulta em problemas na oxigenação e no fornecimento de nutrientes para o bebê durante a gestação.

O álcool prejudica a gestação porque essa substância atravessa a barreira placentária e atinge o bebê, que possui tanto o metabolismo quanto mecanismos de desintoxicação muito mais lentos do que o indivíduo adulto – e, nesse sentido, o cérebro do bebê é um dos principais órgãos prejudicados pelo consumo de álcool durante a gestação.

Exposição à radiação e outras substâncias tóxicas

Este é um problema enfrentado principalmente por homens e mulheres que passam pelos tratamentos oncológicos que incluem a radioterapia e a quimioterapia. Como a função desses tratamentos é interferir na multiplicação celular típica do câncer, seus efeitos colaterais afetam também a formação de gametas.

Atualmente, a medicina reprodutiva permite que pessoas submetidas a esses tratamentos possam fazer a preservação oncológica da fertilidade por meio do congelamento de óvulos, sêmen e até mesmo de embriões, coletados antes dos tratamentos.

O que pode causar infertilidade?

A infertilidade masculina e feminina pode ser causada também por outros problemas de saúde, de origem genética ou adquirida.

Nos homens, a infertilidade se manifesta principalmente por um quadro de azoospermia, que pode ser causado por problemas na produção de espermatozoides, na secreção dos líquidos glandulares, especialmente na próstata, e por problemas obstrutivos, como aqueles causados pelas ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), com destaque para clamídia e a gonorreia.

Nas mulheres, a fertilidade é afetada por distúrbios ovulatórios que causam anovulação, por alterações uterinas, especialmente endometriais, que podem levar a falhas na implantação embrionária logo após a fecundação, ou malformações, como útero septado.

Em ambos os sexos, a interatividade também pode ser causada por distúrbios hormonais decorrentes de alterações nos hormônios sexuais e tireoidianos, normalmente de origem genética.

Hábitos saudáveis colaboram para a saúde como um todo

É sempre bom relembrar que a manutenção de bons hábitos de vida é benéfica para o corpo como um todo e não somente para manutenção das funções reprodutivas.

Para saber mais acesse nosso link.


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