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Como é feito o espermograma e o que ele pode detectar?

por Dr. Augusto Bussab



"A infertilidade conjugal pode acontecer por diversos fatores femininos e masculinos. Em todos os casos, uma investigação minuciosa é necessária para diagnóstico do problema e indicação do melhor tratamento. Por isso, exames como a ultrassonografia, histerossalpingografia e espermograma são essenciais. Quando há suspeita de infertilidade […]"
Como é feito o espermograma e o que ele pode detectar?

A infertilidade conjugal pode acontecer por diversos fatores femininos e masculinos. Em todos os casos, uma investigação minuciosa é necessária para diagnóstico do problema e indicação do melhor tratamento. Por isso, exames como a ultrassonografia, histerossalpingografia e espermograma são essenciais.

Quando há suspeita de infertilidade masculina, o espermograma é o principal exame solicitado, o que ocorre com frequência, já que 2% dos homens, segundo estudos, apresentam parâmetros seminais anormais e cerca de 40% a 50% são responsáveis pela dificuldade na concepção natural.

Este texto define o exame, sua realização e patologias que é capaz de detectar, principalmente no contexto da infertilidade. Se você está enfrentando dificuldades para engravidar, acompanhe este artigo e descubra se o espermograma pode te ajudar a investigar as causas do problema.

O que é espermograma?

O sêmen é composto por líquidos provenientes da vesícula seminal, próstata, glândula bulbouretral e dos testículos, onde são produzidos os gametas masculinos, isto é, os espermatozoides. Quando há a necessidade de avaliar as condições físicas desses órgãos e a composição do fluido, o espermograma é o principal exame realizado.

A observação é realizada com auxílio de um microscópio, corante e outros equipamentos para identificar parâmetros seminais como cor, volume, concentração e motilidade das amostras coletadas. A análise permite que a equipe médica descubra doenças e anomalias capazes de influenciar negativamente a capacidade de reprodução do homem.

Assim, o exame é solicitado sempre que possam existir condições físicas, imunológicas ou genéticas capazes de interferir na quantidade e qualidade do sêmen — mesmo nos casos em que sejam conhecidos fatores de infertilidade feminina e em processos de reprodução assistida.

Como é realizado o espermograma?

O espermograma é realizado em laboratório ou clínica de reprodução. O paciente coleta uma amostra de sêmen após dois a sete dias sem ejacular. O fluido deve ser depositado em um coletor estéril, obtido, no maior volume possível, via masturbação.

As análises do sêmen serão feitas em laboratório, com auxílio de um microscópio e câmara de Neubauer, sob a qual a equipe médica faz a contagem dos espermatozoides e avalia outros fatores para indicar a qualidade da amostra. O processo é dividido em duas etapas: a macroscópica e microscópica.

Macroscópica

A equipe médica analisa a amostra a olho nu para avaliar a normalidade do sêmen, de acordo com as características seguintes:

  • volume: quantidade do ejaculado;
  • acidez: pH do fluído (com auxílio de uma fita reagente);
  • viscosidade: resistência do fluído ao escoamento;
  • tempo de liquefação: demora do sêmen para se tornar líquido em temperatura ambiente;
  • cor: tonalidade do sêmen.

Microscópica

Devido ao seu tamanho, espermatozoides só podem ser observados com auxílio de um microscópio, por meio do qual a equipe médica avaliar sua:

  • concentração: quantidade encontrada por ml;
  • motilidade: capacidade de movimentação e velocidade;
  • vitalidade: porcentagem de espermatozoides vivos;
  • morfologia: formato das cabeças, partes intermediárias e caudas.

Além desses elementos, podem ser requisitadas análises complementares, caso necessário, para medir as quantidades de leucócitos (células de defesa do corpo) e de compostos como ácido nítrico e frutose.

O espermograma costuma ser solicitado mais de uma vez, para eliminar alterações devido à, por exemplo, doenças ou ao estresse. Em geral, são realizadas duas coletas, em épocas diferentes, mas uma terceira amostra pode ser requisitada caso haja diferenças consideráveis entre as análises.

O que o espermograma pode detectar?

O exame permite a identificação de anomalias no sêmen relacionadas a sua qualidade e a saúde dos gametas, o que pode influenciar a capacidade reprodutiva do homem. O espermograma, portanto, consegue identificar patologias como:

  • oligozoospermia: quantidade insuficiente de espermatozoide no sêmen;
  • azoospermia: inexistência de espermatozoides;
  • teratozoospermia: malformação;
  • astenozoospermia: motilidade reduzida;
  • oligoastenozoospermia: motilidade reduzida e pouca quantidade de espermatozoides;
  • hematospermia: presença de sangue no esperma;
  • leucocitospermia: presença abundante de leucócitos no sêmen;
  • hipospermia: pouco volume de esperma por ejaculação.

Além dessas patologias, o espermograma consegue detectar problemas na próstata do homem. No entanto, para investigações mais minuciosas, o médico pode requerer exames complementares.

Isso ocorre porque informações específicas, como níveis hormonais, fragmentação do DNA espermático, anormalidades cromossômicas e doenças como a varicocele, são indetectáveis pelo espermograma.

A infertilidade, aliás, não pode ser diagnosticada apenas com o espermograma, cujo objetivo é identificar barreiras à capacidade de reprodução masculina, que, em alguns casos, podem ser solucionadas. Mesmo quando não houver tratamento para a patologia, o paciente pode, mediante análise, ter filhos utilizando procedimentos de reprodução assistida.

O espermograma é o principal exame utilizado para identificar problemas relacionados à infertilidade masculina. Para efetuá-lo, o paciente deve ejacular em um pequeno coletor para que o material seja avaliado com auxílio de microscópio, por meio do qual serão avaliadas características que possam indicar a qualidade do sêmen, a existência de patologias e desafios à capacidade reprodutiva do homem.

Se quiser, você pode ler uma versão mais resumida deste artigo. Basta acessar espermograma aqui no site.

 


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