Formar uma famÃlia é o sonho de muitos casais homoafetivos, e os avanços da medicina reprodutiva podem tornar esse sonho realidade, para casais de mulheres e de homens.
Desde que a união homoafetiva foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, o Conselho Federal de Medicina (CFM) permitiu que casais do mesmo sexo tivessem acesso às técnicas de reprodução assistida.
Portanto, os casais homoafetivos que pretendem constituir uma famÃlia e desejam ter filhos biológicos podem recorrer aos tratamentos em clÃnicas especializadas.
Neste texto, vamos explicar como isso é possÃvel!
Reprodução assistida para casais homoafetivos
Para casais homoafetivos, a jornada para a paternidade e maternidade pode parecer diferente dos casais heteroafetivos, mas as recompensas são igualmente gratificantes.
No entanto, antes de iniciar o tratamento, os futuros pais devem procurar se informar sobre a as regras do CFM para tomar a decisão de forma mais segura e consciente.
Opções para casais de mulheres
Casais homoafetivos femininos têm duas opções principais para realizar o sonho de começar ou expandir sua famÃlia: inseminação artificial (IIU) e fertilização in vitro (FIV).
Inseminação Artificial
A inseminação artificial (IA), chamada também de inseminação intrauterina (IIU), envolve a introdução do sêmen de um doador dentro do útero da parceira que carregará o bebê. Ele pode ser anônimo, selecionado em bancos de esperma de acordo com as caracterÃsticas do casal ou ter parentesco de até quarto grau com as pacientes, segundo as regras atuais do CFM, desde que não incorra em consanguinidade.
Após a escolha do doador, é iniciada a preparação do sêmen (selecionar e concentrar os espermatozoides com melhor qualidade) e, no perÃodo adequado, será feita a introdução diretamente no útero da mulher (inseminação).
Geralmente, a primeira etapa da técnica é a estimulação ovariana, que estimula o desenvolvimento de mais folÃculos, no máximo 3, aumentando as chances de fecundação. A taxa de sucesso de gravidez para esse tipo de tratamento é de aproximadamente 25% em pacientes de até 35 anos. A técnica não é indicada para mulheres acima dessa idade.
Fertilização in vitro (FIV)
A FIV envolve a fecundação em laboratório e a transferência do embrião (de 1 a 3, dependendo do caso) para o útero da mulher. É o método mais complexo na tecnologia de reprodução assistida.
A fertilização in vitro é recomendada para casais femininos quando uma das mulheres deseja doar os óvulos e a outra carregar a gravidez, procedimento chamado de gestação compartilhada. Também pode ser recomendada quando as chances de gravidez com IA são baixas.
Nesse tipo de tratamento, o casal de mulheres precisará decidir qual parceira carregará a gravidez. Após a decisão, é verificada a saúde de ambas as parceiras, para confirmar a saúde dos óvulos e a capacidade de sustentação da gravidez.
A mulher que vai doar os óvulos é submetida à estimulação ovariana, procedimento em que são utilizados medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento de mais folÃculos e obter mais óvulos maduros para a fecundação. O lÃquido dos folÃculos maduros é coletado por aspiração folicular e os óvulos são selecionados e preparados em laboratório.
Assim como na IA, os espermatozoides do doador também são capacitados pelo preparo seminal. Após a seleção dos melhores gametas, a fecundação é realizada, atualmente, na maioria das clÃnicas, por FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide): cada espermatozoide é injetado diretamente no citoplasma do óvulo.
A FIV proporciona, em média, 40% de chance de sucesso gestacional, os percentuais mais altos da reprodução assistida.
O que é um doador de espermatozoide anônimo?
Um doador de espermatozoide anônimo, como o nome indica, são aqueles em que os futuros pais não conhecerão o doador e vice-versa. Embora sua identidade não seja revelada, informações como raça, religião, pele, educação e histórico médico familiar geralmente estão disponÃveis no banco de esperma.
Esses doadores são previamente avaliados para doenças infecciosas, fatores de risco genético e foram aconselhados sobre a liberação dos direitos dos pais.
Opções de fertilidade para casais do mesmo sexo masculino
No caso de casais homoafetivos masculinos, a única opção é a FIV. Será necessária uma doadora de óvulos e o útero de uma mãe substituta para carregar o bebê. Assim como na IA, a doadora pode ser anônima ou com parentesco de até quarto grau com os pacientes em tratamento. A mesma regra de parentesco se aplica ao útero de substituição, que poderá ser cedido por avós, mães, irmãs, tias, sobrinhas ou primas dos pacientes.
O parceiro que optar por doar os espermatozoides passará por análise de sêmen para verificar parâmetros como a motilidade, morfologia, volume e concentração dos gametas, cujas amostras são posteriormente submetidas ao preparo seminal para a capacitação e seleção dos melhores.
Os embriões formados na fecundação são, então, transferidos ao útero da receptora da gravidez, que também passa por exames para confirmar a capacidade de sustentar a gestação e por preparação do endométrio, garantindo, assim, que esteja pronto para receber o embrião.
Nós podemos esclarecer todas as dúvidas do casal que deseja explorar as opções reprodutivas. As clÃnicas de reprodução humana possuem uma equipe multidisciplinar, com especialistas que trabalham com os casais para definir os tratamentos mais adequados para cada caso. O tratamento sempre é individualizado porque nenhum casal é igual a outro.
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