O sêmen, também conhecido como esperma, é o lÃquido ejaculado pelo pênis após o estÃmulo sexual. Ele carrega os espermatozoides e algumas substâncias produzidas para a sua proteção e nutrição durante todo o seu percurso pelo sistema reprodutor feminino até o óvulo.
Quando alguma condição provoca alterações seminais, o processo de reprodução pode ser comprometido. Existem doenças que levam à infertilidade masculina e dificultam o alcance da gravidez, entre elas as que causam interferências no processo de produção dos espermatozoides ou na qualidade deles.
A espermatogênese, produção dos gametas masculinos, envolve diferentes fatores, incluindo a atuação de alguns hormônios, parte essencial desse processo. Além disso, eles devem estar saudáveis e ser transportados sem nenhum obstáculo para que cheguem até às tubas uterinas e possam fecundar o óvulo.
Algumas condições, como a astenozoospermia, podem influenciar a fertilidade do homem e resultar em dificuldades reprodutivas.
Entenda, neste texto, o que é astenozoospermia, como pode interferir na fertilidade e os tratamentos indicados. Boa leitura!
Quais são os tipos de alterações seminais?
A reprodução humana é um processo complexo que compreende diferentes etapas. Para acontecer de forma adequada, é necessário que homens e mulheres tenham uma saúde reprodutiva adequada.
No homem, a produção dos gametas deve acontecer de maneira saudável e o sêmen deve estar em boas condições. No sêmen, há espermatozoides, lÃquido produzido pelas vesÃculas seminais, glândulas bulbouretrais e pela próstata. É transportado pelos ductos deferentes e, posteriormente, ejaculado pela uretra.
O espermograma é o exame realizado para avaliar esse material biológico e identificar possÃveis alterações que possam causar infertilidade masculina.
Existem diferentes tipos de alteração seminal. Entre as principais estão:
- azoospermia: quando não existe espermatozoides no sêmen ejaculado;
- oligozoospermia: quando a concentração de gametas masculinos no sêmen é mais baixa do que o considerado normal;
- teratozoospermia: percentual alto de espermatozoides com morfologia inadequada para o processo de reprodução;
- astenozoospermia: percentual alto de espermatozoides que não têm motilidade suficiente para alcançar o óvulo.
O exame é o primeiro realizado durante a investigação da infertilidade. Quando são identificadas alterações, outros complementares podem ser solicitados para detectar a causa e definir o melhor tratamento.
Astenozoospermia
A astenozoospermia, portanto, é uma condição em que os espermatozoides não têm motilidade adequada para se deslocar até os óvulos nas tubas uterinas, local em que a fecundação acontece.
Nesse caso, ainda que sejam encontrados gametas em quantidade suficiente, o número de células sexuais móveis com capacidade de locomoção é baixo. Sendo assim, não conseguem realizar a fecundação.
A astenozoospermia é diagnosticada quando o número de espermatozoides com motilidade progressiva, espermatozoide móveis com progressão para a frente, está abaixo do valor de referência, que é 32%.
Esse problema pode ser causado por diferentes fatores, como o avanço da idade, má alimentação, temperatura inadequada dos testÃculos, obstruções após a vasectomia, tratamentos oncológicos e doenças como a varicocele.
Qual a relação da astenozoospermia com a redução da fertilidade?
A motilidade é um aspecto muito importante dos espermatozoides, pois é o que possibilita a sua movimentação regular em direção ao óvulo no corpo da mulher. Quando apresentam normalidade, movem-se de forma progressiva até o gameta feminino.
Na astenozoospermia, os gametas masculinos podem não apresentar motilidade suficiente ou adequada para esse processo. Sendo assim, a fecundação pode não acontecer. Quando os tratamentos não possibilitam a normalização do problema e a restauração da fertilidade, a reprodução assistida pode aumentar as chances de engravidar a parceira.
Como a reprodução assistida pode ajudar em casos de infertilidade por astenozoospermia?
Existem técnicas de reprodução assistida capazes de auxiliar pacientes com astenozoospermia. Nesse caso, a técnica indicada é a fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).
Na FIV com ICSI, além de os espermatozoide serem capacitados e os melhores selecionados pelo preparo seminal, cada um é avaliado individualmente, em movimento, por um microscópio de alta magnificação. Só depois dessa análise o espermatozoide selecionado é injetado diretamente no óvulo. Isso aumenta as chances de sucesso da concepção.
Preparo seminal
O preparo seminal utiliza diferentes métodos para selecionar os melhores gametas para o tratamento.
Nesse procedimento podem ser utilizados três métodos: lavagem simples, migração ascendente (swim-up) e gradiente descontÃnuo de densidade. A escolha varia de acordo com os parâmetros apontados pelo espermograma.
Na FIV, após a fecundação, os embriões formados são cultivados por alguns dias em laboratório e posteriormente transferidos ao útero. Isso pode ser feito em dois estágios de desenvolvimento desses embriões: D3 ou clivagem, que acontece entre o segundo e o terceiro dia, ou blastocisto, entre o quinto e sexto dia de desenvolvimento do embrião.
A transferência de embriões é a última etapa do tratamento e depois dela espera-se que o embrião, já na cavidade uterina, implante-se naturalmente no endométrio, camada que reveste internamente o útero, para dar inÃcio à gestação.
Siga o link e saiba mais sobre a fertilização in vitro (FIV) e quando a técnica é indicada para o tratamento de infertilidade masculina ou feminina!
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