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Anticoncepcional: quando utilizar na reprodução assistida?

por Dr. Augusto Bussab



"O anticoncepcional pode exercer importante papel durante a reprodução assistida. Entenda como."
Anticoncepcional: quando utilizar na reprodução assistida?

Anticoncepcional ou método contraceptivo são os métodos utilizados para inibir o ciclo reprodutivo da mulher e impedir uma gravidez indesejada.

O anticoncepcional foi desenvolvido inicialmente com o objetivo de evitar a gestação, mas muitos efeitos colaterais ocorriam.

Com muitos estudos e investimentos ao longo do tempo, esses efeitos colaterais foram reduzidos e o anticoncepcional passou a ser indicado para outras finalidades, como controle hormonal.

Desde então, seu uso vem sendo associado a outros procedimentos, sendo um deles a fertilização in vitro (FIV).

Essa associação, que parece paradoxal, tem aumentado as possibilidades de gravidez para casais inférteis em alguns casos.

Ao ser utilizado durante a reprodução assistida, o anticoncepcional colabora para inibir hormônios que podem atrapalhar o processo de FIV.

Seu uso, no entanto, deve ser recomendado pelo médico responsável, que fará o acompanhamento necessário para garantir sua eficácia.

Este texto tem o objetivo de explicar a relação entre a utilização de anticoncepcional e a reprodução assistida.

Quais são os benefícios do anticoncepcional?

O uso de anticoncepcional apresenta comprovados benefícios para as mulheres, inclusive evitar a gravidez. Dependendo do anticoncepcional, os índices se aproximam de 100%.

Além disso, ele também auxilia a regular o ciclo menstrual da mulher, contribui para a diminuição de cólicas e da TPM e melhora a saúde da pele.

Seu uso também é importante para reduzir o fluxo menstrual.

Quais são os tipos de anticoncepcionais?

Antes de explicar como o anticoncepcional pode auxiliar a reprodução assistida, é necessário explicar quais são os diferentes tipos de anticoncepcionais.

Ressaltamos a importância de consultar-se com um médico antes de optar por um desses métodos.

1. Pílula anticoncepcional

Esse é o método mais conhecido e mais utilizado para evitar uma gravidez indesejada. Essa pílula possui hormônios semelhantes aos produzidos pelos ovários da mulher, e sua função é inibir a ovulação.

Desse modo, o óvulo não estará pronto para ser fecundado.

É importante lembrar-se de tomar as pílulas de acordo com o tempo indicado.

2. Implante anticoncepcional

Esse implante é feito por meio de um pequeno tubo de plástico introduzido na parte interna do braço da mulher.

Ele será o responsável por liberar hormônios que impeçam a ovulação e dificultem a fecundação dos óvulos pelo espermatozoide.

Seu uso é recomendado principalmente para mulheres que não têm o costume de tomar pílula e podem não fazê-lo corretamente.

3. Dispositivo intrauterino (DIU)

O DIU é um dispositivo implantado no corpo da mulher pelo ginecologista e tem a função de alterar quimicamente o endométrio, de modo a dificultar a entrada dos espermatozoides.

Ele pode permanecer no corpo da mulher durante cinco anos, e é uma técnica eficaz que não causa desconforto.

Existe o DIU de cobre e o hormonal, conhecido como Mirena.

Cada um tem particularidades que devem ser avaliadas para a indicação do método. No entanto, atualmente o mais utilizado é o Mirena devido a seus benefícios.

4. Anticoncepcional injetável

A injeção anticoncepcional é realizada no músculo do braço ou da perna.

Ela liberará hormônios que impedem a ovulação.

Existem dois tipos de anticoncepcional injetável, sendo um aplicado mensalmente e o outro a cada três meses.

Utilização de anticoncepcional na reprodução assistida

Os anticoncepcionais podem ser utilizados antes do procedimento de FIV como forma de corrigir possíveis disfunções hormonais que possam dificultar a implantação do embrião, já que os hormônios naturais do corpo da mulher podem interferir no funcionamento das medicações utilizadas durante a FIV.

Nesses casos, as pacientes são orientadas a fazer o tratamento com a pílula antes que ocorra a estimulação ovariana, primeira etapa da FIV, realizada para que os ovários produzam um número maior de óvulos.

Esses óvulos ficam dentro dos folículos, bolsas localizadas nos ovários que crescem a cada ciclo menstrual.

A segunda etapa da FIV é a coleta dos óvulos para que o processo de fecundação possa ser feito.

O médico então orienta a paciente a parar de tomar as pílulas anticoncepcionais e faz exames de sangue e ultrassonografia para garantir que está tudo certo.

Efeitos colaterais

Alguns dos possíveis efeitos colaterais ligados ao uso de anticoncepcional são o ganho ou perda de peso e aumento da irritabilidade e da sensibilidade.

Seu uso também está ligado a dores de cabeça, leves alterações do estado de ânimo e, em alguns casos, diminuição da libido.

Esses efeitos colaterais dependerão do corpo da mulher e do modo como o anticoncepcional agirá em seu corpo.

A pílula anticoncepcional e os demais métodos não têm interferência na fertilidade da mulher, pois provocam apenas a infertilidade transitória.

Esse mito surgiu devido ao fato de mulheres que já apresentavam fatores de infertilidade utilizarem a pílula.

Ao suspender o uso desse método, a mulher deve ser capaz de engravidar novamente, o que nem sempre acontece.

O uso de anticoncepcional pode ser um grande aliado para garantir o sucesso da FIV e deve ser orientado pelo médico responsável pelo procedimento.

Caso tenha dúvidas acerca do uso de anticoncepcional durante a reprodução assistida, deixe-nos um comentário aqui no post.

 


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