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Alterações seminais e infertilidade: qual a relação?

por Dr. Augusto Bussab



"A reprodução humana acontece em diferentes etapas e, para que aconteça com sucesso, depende de alguns fatores, inclusive a saúde do homem e da mulher. No homem, é essencial que o sêmen seja de boa qualidade e tenha um número adequado de espermatozoides para que […]"
Alterações seminais e infertilidade: qual a relação?

A reprodução humana acontece em diferentes etapas e, para que aconteça com sucesso, depende de alguns fatores, inclusive a saúde do homem e da mulher.

No homem, é essencial que o sêmen seja de boa qualidade e tenha um número adequado de espermatozoides para que a fecundação aconteça. O espermograma é o exame utilizado para avaliar as condições seminais.

Dessa forma, é possível identificar aspectos de motilidade e morfologia dos gametas masculinos. Essa análise fornece resultados detalhados dos componentes do sêmen e, assim, informações sobre a fertilidade do homem.

Homens que encontram dificuldades para alcançar a gravidez geralmente passam por essa investigação para determinar a origem do problema. Posteriormente, são encaminhados para o tratamento mais adequado, incluindo as técnicas de reprodução assistida, se for o caso.

Entre as principais causas da infertilidade masculina, encontram-se as alterações seminais. Quando o sêmen não apresenta boas condições, o caminho até a gestação pode ser mais complicado, mas ainda possível.

No texto a seguir, conheça mais detalhes sobre as possíveis alterações seminais e entenda como elas podem causar a infertilidade masculina.

O que são alterações seminais?

Alterações seminais são caracterizadas quando os resultados das análises do sêmen não apresentam números considerados normais. Se os resultados são alterados (em comparação com os parâmetros de normalidade), significa que o homem pode enfrentar dificuldades para engravidar a parceira de maneira espontânea.

Por meio do espermograma, os aspectos do sêmen são avaliados, sendo observadas características macroscópicas: o volume do fluido ejaculado, pH, viscosidade, coloração, entre outros; e microscópicas: a concentração dos espermatozoides, vitalidade, motilidade ou capacidade de se locomover e morfologia ou forma (devem apresentar cabeça oval, peça intermediária e cauda).

Alterações seminais podem ocorrer devido a diversos fatores, como doenças, traumas físicos nos testículos, desequilíbrio hormonal, estilo de vida, procedimentos cirúrgicos, entre outros.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece alguns parâmetros que devem ser comparados aos resultados do espermograma. Os valores normais para cada aspecto são:

  • volume maior ou igual a 1,5 ml por ejaculação;
  • pH maior ou igual a 7,2;
  • cor esbranquiçada e aspecto viscoso;
  • concentração de espermatozoides maior ou igual a 15 milhões por ml;
  • pelo menos 58% dos espermatozoides devem estar vivos (vitalidade);
  • mais de 32% dos gametas devem ter motilidade progressiva (deslocar-se de forma correta);
  • mais de 40% dos gametas devem ter motilidade progressiva ou não progressiva (quando se desloca, mas em círculo, por exemplo, não para a frente).

Tipos de alterações seminais

Existem diferentes tipos de alterações seminais, identificadas a partir do efeito que causam nos gametas dos homens. Algumas podem dificultar ou impedir o processo de reprodução, resultando em infertilidade masculina. Entre as principais encontram-se:

  • necrozoospermia: o percentual de espermatozoides vivos é baixo;
  • teratozoospermia: um número elevado de gametas apresenta deficiências morfológicas;
  • astenozoospermia: alterações na motilidade dos espermatozoides;
  • oligozoospermia: quando a concentração dos gametas é abaixo da esperada;
  • azoospermia: ausência total de espermatozoides no sêmen ejaculado.

Qual a relação delas com a infertilidade?

A presença de alterações seminais não necessariamente vai causar infertilidade masculina, sendo a sua interferência relativa ao tipo de condição encontrada nas análises do sêmen.

Um dos principais fatores de infertilidade no homem é a azoospermia, quando não são encontrados espermatozoides no sêmen ejaculado. Além disso, quando sua motilidade e morfologia estão alteradas, o paciente pode encontrar mais dificuldades para engravidar a parceira.

Quando o homem procura auxílio da medicina reprodutiva para alcançar a gravidez, passa por essa investigação a fim de descobrir os motivos que o levaram a tal condição. Além do espermograma, pode ser realizado também o teste de fragmentação do DNA espermático para analisar questões genéticas que podem afetar a sua fertilidade.

Como a reprodução assistida pode ajudar homens com alterações seminais?

Após identificar as causas do problema, o paciente é encaminhado à técnica de reprodução assistida mais adequada para seu caso. O tratamento sempre é individualizado.

Nesse caso, duas técnicas são indicadas para infertilidade masculina: a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). Ambas são muito eficientes e buscam o problema de quem sofre com alterações seminais, mas a IA só pode ser indicada para casos leves de alterações seminais.

A IA é uma técnica de baixa complexidade em que a fecundação acontece de maneira natural nas tubas uterinas, por isso é indicada quando as alterações seminais são leves. Após a coleta do sêmen, ocorre um preparo seminal e são selecionados os melhores gametas.

A mulher passa pela estimulação ovariana para aumentar o número de óvulos liberados e, no momento mais fértil, os espermatozoides são inseridos no útero, encurtando o caminho até as tubas uterinas.

Em casos mais graves de infertilidade, recomenda-se a FIV por se tratar de um método mais complexo. A maior parte de seus procedimentos é feita em laboratório, incluindo a fecundação. Além disso, homens com azoospermia podem ter os espermatozoides recuperados diretamente dos testículos, local em que são produzidos, e dos epidídimos, ductos em que são armazenados após a produção.

A técnica também tem início com a estimulação ovariana e o sêmen também passa pelo preparo seminal para que assim sejam selecionados os gametas de maior qualidade.

Após a coleta e seleção dos gametas, cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Dessa forma, as chances de a fecundação ser bem-sucedida são mais altas.

Os embriões formados permanecem em cultivo até que alcancem o tamanho e desenvolvimento ideais para a sua transferência ao útero.

As duas técnicas são muito eficientes, principalmente quando bem indicadas, e auxiliam diferentes pessoas com o sonho de ter um filho biológico.

Toque aqui e conheça outros fatores de infertilidade masculina que afetam a busca pela gravidez!


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