Saber se a adenomiose tem cura é uma preocupação comum entre as mulheres, principalmente aquelas que estão em idade reprodutiva. Para saber se a doença tem cura, no entanto, é preciso primeiro compreendê-la e conhecer as principais estratégias terapêuticas para tratá-la.
Semelhantes à s da endometriose, as causas da adenomiose ainda são objeto de investigação cientÃfica. Suas consequências variam de dores que ocorrem após o perÃodo fértil a desconforto durante o perÃodo menstrual.
Quer entender mais sobre a adenomiose e suas possibilidades terapêuticas? Confira as informações que listamos aqui.
O que é adenomiose?
A adenomiose é uma doença caracterizada pela infiltração das células endometriais na parede muscular do útero denominada miométrio. Essa invasão causa os chamados adenomiomas, o que provoca aumento da zona juncional, detectada nos exames de ressonância magnética.
A infiltração das células pode gerar pequenas ilhotas dentro do endométrio até um extenso comprometimento das paredes uterinas. Existem dois tipos de adenomiose: a localizada, que se restringe apenas a uma parte do tecido do miométrio, e a difusa, na qual a infiltração se espalha por toda a camada muscular uterina.
Quais são as causas?
Antigamente, o aparecimento da adenomiose era associado à multiparidade, ou seja, à mulher que tinha mais de três gestações. O que se sabe até o momento é que as mudanças hormonais discrepantes durante o ciclo endometrial podem favorecer o processo. No entanto, existem outros fatores que devem ser investigados.
Idade (a incidência é maior entre 20 a 30 anos), procedimentos cirúrgicos, como curetagem, abortos espontâneos e dilatação também podem causar a doença. Essa situação se justifica pela introdução de instrumentos durante a cirurgia, fator que poderia romper as barreiras entre endométrio e miométrio e facilitar a implantação das células endometriais.
Sintomas da doença
Para algumas mulheres, a adenomiose é assintomática. Outras, porém, vivenciam cólicas menstruais mais intensas, inchaço abdominal e desconforto. Essas manifestações dependerão da gravidade da doença, sendo a espessura da zona juncional um fator determinante para o aparecimento de alguns incômodos.
PossÃveis complicações
Devido à impossibilidade de implantação do óvulo fecundado, a adenomiose apresenta como principal complicação a infertilidade feminina. Mas fique tranquila: isso não é um impedimento para as mulheres que desejam engravidar! Hoje, já existem opções terapêuticas que podem resolver esse problema: se você suspeita de alguns desses sintomas, não deixe de procurar um médico de confiança.
Alguns pólipos causam irritação na constituição muscular do útero e demais adjacências, levando ao crescimento de nódulos endometrióticos retrocervicais e causando dor e sangramento anormal.
A adenomiose tem cura?
Não há medicamentos para curar definitivamente a adenomiose. Geralmente, é feito apenas o controle sintomático. A única forma de se ver livre da doença é por meio de cirurgia para retirada do útero. Após a confirmação do diagnóstico, que envolve relato dos sintomas e análise radiográfica, o médico determinará a melhor conduta conforme o perfil da paciente.
Mulheres em idade reprodutiva possuem como opção de tratamento o uso de medicamentos a base de hormônios. Eles promovem a diminuição do volume uterino e a apoptose, morte programada do tecido afetado pela adenomiose. Também podem ser prescritos contraceptivos orais combinados e dispositivo intrauterino (DIU) medicamentoso.
Para as mulheres na perimenopausa ou que não desejam ter filhos, a melhor estratégia terapêutica é a histerectomia, que retira o útero. A adenomiomectomia, que consiste na retirada do tecido adenomiótico, está em avaliação, mas ainda apresenta limitações.
Para saber se a adenomiose tem cura, é necessário entender os sintomas de cada mulher. Por isso, consultar um médico é essencial para esclarecer todas as dúvidas e descobrir o melhor tratamento para a paciente.
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