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Aborto espontâneo: por que ocorre?

por Dr. Augusto Bussab



"Países em desenvolvimento passam por um grande problema de saúde pública: o abortamento. É popularmente conhecido como aborto, porém o termo correto é “abortamento”, sendo o “aborto” a sua consequência. No Brasil, uma das principais causas de mortalidade materna é decorrente de abortamento. Devido a […]"
Aborto espontâneo: por que ocorre?

Países em desenvolvimento passam por um grande problema de saúde pública: o abortamento. É popularmente conhecido como aborto, porém o termo correto é “abortamento”, sendo o “aborto” a sua consequência.

No Brasil, uma das principais causas de mortalidade materna é decorrente de abortamento. Devido a sua ilegalidade, mulheres procuram clínicas e locais sem segurança para a realização do procedimento, o que acaba trazendo muitos riscos para sua vida.

Porém, cerca de 10% das gestações passam pelo abortamento espontâneo, também conhecido como interrupção involuntária da gravidez. Isso pode acarretar problemas emocionais às mulheres, como a culpa, sentimento de perda e ainda alguns problemas no sistema reprodutivo que podem causar infertilidade.

Este texto trata do abortamento, suas causas e ainda da possibilidade de uma nova gravidez. Continue lendo:

O que é o abortamento?

É caracterizado pela interrupção da gravidez de até 22 semanas, com o feto pesando até 500g. Diferencia-se do aborto, que é o produto eliminado pelo abortamento.

Algumas gestações são interrompidas pela vontade da mulher por meio de clínicas clandestinas e métodos não seguros, já que o procedimento é proibido no Brasil.

Outras vezes, o processo ocorre de forma espontânea — quando a mulher não tem nenhum controle sobre isso — e, em alguns casos, não há explicação determinada.

Causas do abortamento espontâneo

As causas do abortamento espontâneo podem variar muito e envolvem questões como: a idade da mulher, alterações imunitárias, estresse, uso de drogas e cigarro, infecções causadas por vírus e bactérias, entre outros.

A seguir, veja algumas possíveis causas do abortamento e seus respectivos tratamentos:

Anatomia do útero

Cerca de 10% dos abortamentos espontâneos são causados pela formação do útero. Insuficiência do istmo-cervical, útero bicorno, septado arqueado ou deformações no endométrio são causas relacionadas a problemas com o útero.

Em alguns desses casos, pode ser necessária a realização de uma cirurgia para aprimorar a anatomia do útero.

Alterações hormonais

Alterações hormonais, como a falta de progesterona, também são responsáveis por este problema.

Um caso comum é quando a mulher utiliza medicamentos hormonais sem uma orientação médica e pode ser resolvido com o uso de medicamentos que regulem essa quantidade de hormônios no sangue.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

Mulheres diagnosticadas com SOP têm problemas com a ovulação e possuem uma chance maior de abortamento espontâneo.

Com o acompanhamento de um médico, é prescrito o uso de alguns medicamentos que podem evitar um novo abortamento.

Uso de drogas, álcool, cigarro e cafeína em excesso

O uso de drogas, cigarro e bebida alcoólica em excesso durante a gestação tem relação com o aumento dos abortamentos.

O consumo exagerado de alimentos ricos em cafeína também pode contribuir para a interrupção da gravidez.

Doenças na tireoide

O hipertireoidismo, hipotireoidismo e a presença de anticorpos antitireoidianos são alterações da tireoide que podem causar um aborto espontâneo.

Podem ser tratados com o uso de medicamentos e corticoides, sempre com uma orientação médica.

Alterações no cromossomo

Devido a uma má formação dos cromossomos do pai e da mãe, o embrião pode ser originado com uma alteração cromossômica que leve o corpo da mulher a rejeitá-lo.

Devido à boa saúde dos pais, não se aparenta nenhuma razão para a interrupção da gravidez, mas este representa 50% dos casos de abortamento espontâneo.

Infecções causadas por vírus e bactérias

Infecções sexualmente transmissíveis como clamídia, sífilis, entre outras, aumentam o risco do abortamento.

Após a identificação da doença e da bactéria envolvida, são receitados pelo médico os antibióticos para o tratamento.

Uso indevido de remédios

Alguns remédios podem ser prejudiciais à gravidez, por isso é necessário sempre procurar um médico para tirar dúvidas e nunca utilizar de medicamentos sem uma orientação adequada.

Esta medida serve para mulheres grávidas e para as que ainda estão tentando engravidar.

Doença autoimune

Ainda que os pais possuam uma boa saúde, nestes casos, o corpo da mulher acaba reagindo ao embrião como um corpo estranho e ele começa a ser atacado, podendo levar ao aborto.

Para o tratamento, é preparada uma vacina específica para cada mulher, com partes do sangue do parceiro.

São aplicadas duas ou três vezes e então são feitos novos exames para avaliar se o corpo parou de reagir às células do homem. Assim, ela fica apta a uma nova gravidez.

Peso corporal da mulher

Mulheres muito abaixo ou muito acima do peso aumentam o risco devido ao entendimento do corpo de que não está em condições de receber e desenvolver um bebê.

É indicado um acompanhamento com nutricionista para auxiliar no controle do peso e garantir um bom desenvolvimento para o feto.

O abortamento espontâneo também pode ocorrer quando a gravidez for concebida por métodos de reprodução assistida. Alguns fatores como a idade da mulher, podem influenciar nesse aspecto e contribuir para a interrupção da gravidez.

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