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3 mitos e verdades da FIV

por Dr. Augusto Bussab



"Os avanços no desenvolvimento da reprodução assistida – especialmente nas últimas décadas – transformaram profundamente a medicina reprodutiva, que hoje é capaz de atender às mais diversas demandas, incluindo infertilidade conjugal, preservação da fertilidade e o atendimento de casais homoafetivos que desejam ter filhos biológicos. […]"
3 mitos e verdades da FIV

Os avanços no desenvolvimento da reprodução assistida – especialmente nas últimas décadas – transformaram profundamente a medicina reprodutiva, que hoje é capaz de atender às mais diversas demandas, incluindo infertilidade conjugal, preservação da fertilidade e o atendimento de casais homoafetivos que desejam ter filhos biológicos.

As indicações para cada técnica de reprodução assistida variam de acordo com cada uma dessas demandas, e também com a idade do casal, especialmente da mulher.

As três principais técnicas disponíveis atualmente são a RSP (relação sexual programada), a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro) – esta última, considerada a principal, por sua complexidade e abrangência.

Enquanto na RSP e a na IA a fecundação acontece nas tubas uterinas, na FIV esse processo é feito de forma totalmente controlada, em laboratório, com óvulos e espermatozoides previamente coletados. Os embriões obtidos na fecundação são transferidos ao útero na última etapa do tratamento.

Quando são bem indicadas, todas as técnicas têm potencial para conseguir a gestação, contudo, a FIV é o procedimento que apresenta as melhores taxas de sucesso e uma possibilidade maior de intervenções com as técnicas complementares, que tornam suas indicações mais abrangentes que a RSP e a IA.

Apesar de bastante difundidas entre as pessoas, diversos aspectos relacionados à FIV ainda levantam dúvidas e mitos, que confundem aqueles em busca de informações sobre este assunto, por isso vamos esclarecer alguns desses mitos e verdades ao longo do texto a seguir.

Aproveite a leitura!

Com a FIV é possível escolher o sexo biológico do bebê

Este é provavelmente um dos mitos mais disseminados sobre a FIV, embora o Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão que regulamenta a reprodução assistida no Brasil, não permita a seleção de nenhuma característica biológica, incluindo o sexo genético.

A única exceção a esta regra se aplica aos casos em que a FIV é utilizada para a prevenção da transmissão de doenças hereditárias ligadas aos cromossomos sexuais, como a síndrome do cromossomo X frágil.

Nesses casos, o tratamento com a FIV deve incluir o PGT (teste genético pré–implantacional), uma técnica complementar que rastreia o material genético dos embriões em busca de alterações e doenças genéticas.

O PGT pode ser aplicado durante a etapa de cultivo embrionário, e o sequenciamento do DNA embrionário é feito com material genético de células dos embriões, obtidas por biópsia. A técnica por trás do PGT é a NGS (next generation sequencing), que compara trechos do DNA embrionário a sequências já conhecidas, relacionadas a doenças e anomalias genéticas.

Quando o casal já tem conhecimento de doenças hereditárias na família, o PGT busca especificamente por elas, embora o teste seja aplicado também para a identificação de aneuploidias – alterações no número de cromossomos, como acontece por exemplo com a síndrome de Down –, que não são hereditárias, mas consequentes de óvulos e espermatozoides envelhecidos.

A FIV aumenta as chances de gestação gemelar

A afirmação é verdadeira e os motivos pelos quais mulheres em tratamento com a FIV têm mais chances de desenvolver uma gestação múltipla, ou gemelar – com mais de um embrião – estão na transferência embrionária.

Durante a etapa de estimulação ovariana, a dinâmica ovariana da mulher é monitorada por ultrassom transvaginal, que também permite observar as taxas de espessamento do endométrio, fundamental para que a implantação embrionária ocorra.

Contudo, é possível que existam falhas na implantação embrionária, inclusive esse é o motivo de muitos casais realizarem o tratamento com a FIV, que podem diminuir as chances de gestação.

Transferir mais de um embrião é uma das formas de melhorar as taxas de implantação embrionária e, consequentemente, aumentar as chances de gravidez, porém essa prática pode levar a situações em que mais de um embrião consegue se fixar no endométrio, dando início à uma gestação múltipla ou gemelar.

Por isso, o CFM determina como 4 o número máximo de embriões que podem ser transferidos para o útero, após o cultivo embrionário, e esse teto é somente para mulheres com mais de 40 anos, idade em que as taxas de implantação embrionária são naturalmente menores.

Bebês gerados pela FIV são menos saudáveis

O potencial de saúde dos bebês gerados pela FIV é igual aqueles gerados por vias naturais, ou com auxílio das outras técnicas de reprodução assistida.

Todos os procedimentos da FIV têm como objetivo mimetizar ao máximo os eventos que ocorrem para obter uma gestação por vias naturais, com o benefício da possibilidade de seleção de gametas e de embriões, que trabalha na prevenção de doenças genéticas e de situações como abortos de repetição.

A seleção dos óvulos é realizada após a coleta de gametas femininos por punção folicular, e a seleção de espermatozoides pode ser feita com ajuda do preparo seminal e também após a recuperação espermática, para os casos de azoospermia.

Em todos os procedimentos, os melhores gametas são selecionados, diminuindo as chances de falhas na implantação embrionária, inclusive por problemas relacionados à incompatibilidade imunológica entre o endométrio e o embrião.

Além disso, o PGT também atua na seleção de embriões com menos chances de doenças genéticas, o que não acontece nas gestações por vias naturais, nem naquelas obtidas por RSP e IA aumentando, assim, possibilidade de a gestação resultar em um bebê saudável.

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